Scarlet McCall é uma adolescente normal que tem uma melhor amiga, Stella Stilinski. Numa noite, as duas ficam a saber que foi encontrado metade de um corpo na floresta e partem à procura da outra metade, mas Scarlet é mordida por um lobisomem. A par...
Entro na sala principal da clínica veterinária, com a Denise apoiada em mim. Aproximamo-nos da mesa de metal e ela pousa o braço. A sua ferida estava, agora, a sangrar, e a infeção já se tinha espalhado pelo braço todo.
- Bem, isso não parece ser resolvido com uma boa noite de sono ou um chá – Digo, fazendo de tudo para não me impressionar.
- Se a infeção chegar ao meu coração, eu vou morrer – Afirma a Denise, respirando a custo.
- E a palavra "positividade" não consta no teu vocabulário.
- Se ela não chegar a tempo com a bala... - A Denise abre todas as portas dos armários e gavetas, à procura de algo – Última opção.
- Que é... - Arqueio as sobrancelhas e vejo-a a pegar numa pequena serra elétrica.
- Tu cortares o meu braço.
Pisco os olhos, tentando-me fazer acreditar que não tinha ouvido bem, mas tinha mesmo ouvido bem. Pego na serra e ligo-a. Assusto-me com o barulho e desligo-a imediatamente.
- Oh meu Deus – Pouso a serra na mesa – E se tu sangrares até à morte?
- Vou-me curar, se isso resultar – Diz a Denise, amarrando um fio na zona do braço onde supostamente ela queria que eu cortasse.
- Não sei se eu vou conseguir fazer isso – Franzo o nariz.
- Porque não?
- Por causa da carne cortada, a serragem do osso, e, principalmente, o sangue!
- Tu desmaias só por veres sangue?!
- Não, mas talvez ao ver um braço cortado!
- Então vamos fazer assim – A Denise respira ofegante – Ou tu cortas o meu braço, ou eu corto a tua cabeça.
- E sabes que mais? Estou a ficar mesmo cansada das tuas ameaças, e...
Ela inclina-se na mesa e puxa-me pela gola da camisola, fazendo-nos ficar a centímetros.
- Ok, ok, eu faço isso! – Digo logo, e vejo-a a começar a agir estranhamente – Denise? – Ergo o sobrolho. Ela inclina a cabeça em direção ao chão e começa a vomitar um líquido preto.
- Santo Deus, o que raios é isso?!
- É o meu corpo a tentar curar-se sozinho – Ela tosse e, de seguida, olha para mim – Tens que fazer isso agora.
- Olha, eu não sei se consigo...
- Apenas o faz! – Grita.
- Oh meu Deus, está bem, está bem – Pego na serra e ligo-a – Ok, aqui vamos! – Encosta a serra ao braço da Denise mas, felizmente, ouço a voz da Scarlet a chamar o meu nome.
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