Capítulo 3

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     Um dos principais motivos pelo qual voltei foi para finalmente desvendar o mistério da morte de Agus. Ninguém me tira da cabeça de que aquele acontecimento não foi um ato de desbancar outra impressa, mas sim atingir outro alguém.
       Depois de esperar Mariana dormir finalmente chegou a minha hora de investigar essa trama. Meus amigos ainda demorariam um bom tempo a voltar, o que me daria algumas horas de vantagem.
       A pouco tempo, após hackear as câmeras de segurança da cidade obtive algumas imagens de Ducler em mais um negócio de contrabandos. Não tenho lá um plano feito, mas pretendo descobrir ao máximo tudo o que puder, a começar por sua base.
       Depois de invadir o apartamento dos meninos que ficava bem em frente ao nosso, e praticamente roubar as chaves do carro de Diogo, saio em alta velocidade pela rua.
       
      Acho que ele não vai se importar se pegar emprestado.

     Pelo menos agora eu sei dirigir. Uma pequena dádiva aprendida com Felipe , um mestre em corridas. E como dizem, o aluno sempre supera o mestre.
    Até que para carros ele tem bom gosto, afinal um Bentley, era um rápido é um belíssimo automóvel.
     Rapidamente começo a me afastar da cidade. Após ter várias bases destruídas pela OSCU ele acabou estabelecendo a nova base em lugares, que segundo pessoas normais, estaria abandonado. Como por exemplo, a fábrica de sabonetes que não era muito longe daqui.
     Escondo o carro no meio de folhagens, para seguir caminhando.

-Droga, deveria ter vindo de tênis! - digo com dificuldade de andar no meio das raízes de árvores.

      Logo uma pequena claridade é vista em meio a um campo vasto de pastagens que deduzo ser exatamente o lugar que procurava.
    Ao contrário das outras bases, está se encontra em um lugar totalmente plano e sem árvores ao redor, o que seria ainda mais difícil de invadir. Tenho que admitir que desta vez, eles foram espertos. Mas também tenho meus truques.
        Retiro da bolsa o antigo uniforme do qual usei para invadir a primeira base com Jack  e visto.
       Estando camuflada como um deles, não foi tão difícil de entrar e logo já estava na sala  de computação colocando meu plano em prática, e claro, que não pude deixar de recolher algumas informações a mais.
      Terminado o serviço me levanto para sair daquele lugar, mas algo da errado, pois todos os alarmes começam a soar.

-Impressionante como eu nunca consigo sair de um lugar andando ! - murmuro.

    Observo os corredores e alguns guardas corriam com suas armas em direção contrária de onde estava. Saio  tomando outro caminho para evitar qualquer encontro desnecessário e como supostamente trabalhava ali, o jeito foi caminhar de vagar enquanto tomava rumo a saída.

-Ei você! Por que não foi ao seu posto?! - grita um soldado.

   Me viro rapidamente, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa um tiro ultrapassa seu coração. Ainda um pouco assustada, vejo seu corpo desfalecido dar lugar a figura sorridente de Alfie.

-O que faz aqui seu idiota?! - indago.

-Não deveria falar assim com quem acabou de te salvar...

-Eu não precisava da sua ajuda, podia muito bem ter resolvido isso sozinha. - olho o cadáver. - E sem precisar matar alguém!

-Deu pra ver...

   Reviro os olhos, e volto a me movimentar em direção a saída, pelo som, percebo que estou sendo seguida por ele.

-Posso saber o que estava fazendo aqui? - pergunta.

-Eu quem pergunto.

-É confidencial.

-Digo o mesmo.

-Não acha que depois de eu ter salvado sua vida, o mínimo que  me deve é um "Obrigada".

Agente Morgan 2Onde histórias criam vida. Descubra agora