Agente Morgan 2

Capítulo 7

-Vocês dois! Será que Não podem viver em paz?! - indaga Luiz.

      Ok, estou levando sermão do meu pai e  do meu chefe. Qual seria o pior?

-Desculpe senhor... Isso nunca aconteceu. Mas essa menina é insuportável! - defende Alfie.

-Eu?! Desculpe refrescar a sua memória, mas foi você quem começou a briga! - digo.

-Porque você invadiu meu quarto!

-Que história é essa Natasha? - indaga Jack, que também tentava dar um fim a discussão.

-Esse imbecil estava me escondendo coisas. Então fui descobrir por mim mesma... - explico dando pouca importância ao assunto.

-Claro e depois eu que...

-PAREM! - grita Luiz. - A partir de hoje encarrego Jack, de apenas deixar vocês saírem em campo se forem juntos!

-Que? Nem pagando! - exclamo.

-É isso ou fora de campo durante três meses Morgan ! - continua.

         Me chamou de Morgan. A coisa ta feia por meu lado!

-Esta bem...

-Ótimo! Agora se me der licença, Agente Handrick, preciso falar com a Agente Morgan. -

-Sim senhor...

     Ao ouvir o som da porta se fechando, anunciando que Jack e Alfie já não estavam mais alí, olho novamente para o meu pai, um pouco brava por sua decisão.

-Nem me olhe assim mocinha! Você merece! Já estou cansado de lidar com suas confusões!

-Não disse nada.

-Então avisa a sua cara, porque acho que ela não percebeu isso ainda. - Diz, numa tentativa falha de usar sarcasmo.

-É... Com certeza meu lado sarcástico tirei da minha mãe. Você é péssimo nisso! - digo fazendo uma careta ao final da frase.

-Preciso falar com você minha filha. - fala, sem se importar muito com o que acabara de dizer.

-Sou todo ouvidos...

-Bem... É uma notícia boa... Pelo menos pra mim, porque depende muito de como você vai recebe-la...

-Desembucha logo!

      Ele retira alguns papéis da sua mesa e me entrega com uma caneta. Recebo tudo sem entender muito bem o objetivo, esperando que ele explicasse melhor sobre o que se tratava.

-Bom, se você assinar esses papéis, A partir de hoje você será Natasha Kenet Morgan. - anuncia feliz. - Mais conhecida como minha filha... Aceita? - pergunta indeciso.

     Faço uma careta quando a ideia me vem à cabeça.

-Não gostou né? Bom, eu sabia! Eu sem..

-Ei! Calma! - intervenho. - Não é isso, é que... Bom... Eu não queria perder o sobrenome da minha mãe... Por mais bobo que pareça, essa é uma das poucas coisas que tenho dela...

     Ele sorriu compreensivo, mas ao mesmo tempo feliz por não ter sido rejeitado.

-Nisso você pode ficar tranquila. Você vai ter  os três sobrenomes... Natasha Kenet Brook Morgan, soa bem não acha?

-Sim... Meio cumprido, mas soa bem! - digo feliz.

       Tomo apoio na mesa e assino os espaços aod quais ele apontava, entregando em seguida a folha que comprovava minha nova identidade.
      Abraço meu chefe com carinho, sabendo da sorte que tive em tê-lo como pai.

(...)

    Chego em casa e encontro Sara preparando o jantar enquanto conversava com Mariana
     Elas me olham curiosas, e constato que sim, minha felicidade era evidente.

-Pra quem acabou de levar uma bronca você está muito feliz. - diz Mariana, erguendo uma sobrancelha.

-Estão olhando para a nova Natasha Kenet Brook Morgan. - digo.

-Ta de brincadeira?!

-Claro que não! Acabei de assinar os documentos!

     Elas sorriem felizes me espremendo em um abraço. Minha opinião sobre elas terem mudado e não me aceitarem do jeito que sou, estava totalmente errada.  Ambas continuam sendo ótimas amigas.

-Que cheirinho é esse? - indago .

-Sara está fazendo a janta. - diz Mari.

-E posso saber o que teremos pra hoje?

-Arroz com purê de mandioca e carne na panela... - responde.

Pov.Alfie

     Foi um grande susto quando soube da morte do meu irmão de consideração, vim pra cá em busca de pistas sobre sua morte, mas não foi uma decisão fácil de tomar. Afinal meus pais necessitavam da minha ajuda no negócio da família. Por sorte, o salário do meu novo emprego é ótimo, e isso anda ajudando a suprir as necessidades deles.
      Posso dizer,  que de um certo modo, foi uma decisão acertada, já fiz amizades incríveis que sei que vou poder levar para toda a vida. Exceto é claro, aquela garota insuportável.

        Natasha.

     Não sei como meu primo pôde namorar alguém assim, até onde a conheço, ela não é uma pessoa agradável de se conviver. Inspira confiança, mas nada além disso.
       A minha diversão é irrita-la, e sinto que ela sente o mesmo. Adora me irritar com apelidos, ou provocações sem sentido.