Sinto meus olhos fechados se incomodarem com o leve calor do sol que atingia o carro, obrigando-me a levantar.
Olho para lado e vejo Diogo ainda dormindo no seu acento.-Acorda aí dorminhoco! - digo calma.
Ele senta um pouco sonolento e boceja tão alto que temi pelos vidros do carro.
-Pelo jeito você dormiu bem. - sorrio .
-Sim... Esse banco é bem confortável! Que horas são?
-Não sei... Esqueci meu celular em casa, mas provavelmente são oito horas...
-Como sabe?
-É só olhar a posição do sol...
-Me surpreendo a cada minuto. Nossa ! Você está horrível!
-Obrigada pela delicadeza. - sorrio irônica.
- Temos que curar esses seus ferimentos!
-Em casa fazemos isso, do jeito que estamos, se entrarmos em qualquer farmácia seremos presos.
-Tem razão, então pé na tábua moçinha!
(...)
-O porteiro quase morreu com o nosso apocalipse Zumbi. - digo rindo enquanto entramos na nossa sala.
-Temos que tomar cuidado com esse tipo de coisa, qualquer dia desses ele chama a polícia!
-Não duvido nada!
Encontro meu celular em cima do balcão da cozinha, mesmo lugar que o deixara antes de sair. Mas com um aviso na tela.
" Na minha sala já".
-Quem é?
-Meu pai... Temos que ir...
-Como ele soube qu... - ele para o ver a câmera da sala e acena sem graça.
-Antes eu vou tomar um banho e tirar esse suor misturado com sujeira e sangue do meu corpo. - digo só aí sentindo o quanto necessitava de um banho.
-Eu vou fazer o mesmo.
Após um banho demorado, retirando toda aquela sujeira do corpo e pensando em uma boa resposta ao nosso desaparecimento, termino o banho sem nenhuma boa mentira para contar.
Saio do quarto e junto de Diogo, entro no elevador.-Já pensou em uma boa desculpa? - indago.
-Você que tem o dom da mentira, não eu!
-Não é dom da mentira!
-Tanto faz!
-Ai que frio! - digo ajeitando minha jaqueta na costas.
Saímos do elevador, rumo a sala de Luiz um pouco tensos com a bronca que estavamos prestes a levar.
Retiro a jaqueta amarrando-a na cintura.-Já passou o frio?
-Sim! Passou o frio porque estamos cada vez mais perto do inferno e faz muito calor! - digo vendo que finalmente chegamos ao nosso destino.
-Pronta?
-Não.
-Vamos logo Natasha!
Vários rostos na sala nos encaravam, e todos estavam bravos e preocupados, exeto Diana que se divertia com a cena. Meu pai e o resto da turma permaneceram em silêncio observando os hematomas deixados pela briga em algumas partes que a roupa lhes permitia ver.
-Começem a se explicar! - diz Luiz.
Pelo tom de voz, descidi não fazer nenhuma brincadeira, mas apenas ocultar a verdade.
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Agente Morgan 2
ActionVolume 2 Depois de grandes perdas, Natasha volta mais madura e segura de si, enfrentará um novo desafio. Reencontros, novos amores e muitas lutas preencherão o seu último ano no colegial. A sua missão é encarar o que está por vir, e junto com os...