Capítulo 36

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Acordo sentindo minha cabeça latejar e o sol entrando por algum lugar do cômodo, incomodando minha vista.

-Finalmente acordou! - comemora Kat.

-Argh...fecha essa janela!

-Não é a janela, é a luz do quarto.

-Então fecha essa luz!

Ela ri.

-Toma esse remédio, vai te fazer bem.

Engulo uma pastilha colorida com um pouco de água.

-Onde estamos?

-Em um hotel.

-Como assim? - pergunto, levantando bruscamente.

Sinto minha cabeça receber alfinetadas de dor com o movimento  brusco.

-E o que aconteceu? Recebi uma pancada de 5 kg? Ou melhor, 15?

-Digamos que você bebeu de mais ontem anoite, e como não sabia onde morava, te trouxe à esse hotel.

-Droga! Meus amigos devem estar preocupados. Vamos!

Descemos até o estacionamento, mas não antes de pagar o hotel com o dinheiro que Kat carregava. Não permiti que gastasse meu dinheiro, afinal essa dor de cabeça teria de valer a pena em alguma coisa boa!

-Eu dirijo. - digo pegando as chaves.

-Você está de resaca!

-Estou de resaca, não morta!

Em pouco tempo, já estavamos em casa, e assim como suspeitava, ela estava vazia. No horário desses  provavelmente as aulas estariam iniciando.

-Você se incomoda de ficar no meu quarto até eu voltar? - indago. - Tenho que ir pra escola...

-Claro que não! Adoro ficar confinada! - diz irônica.

-É só por algumas horas Kat!

- Está bem, mas não pense que não vou fuçar nas suas coisas!

(...)

Bato na porta, esperando permissão para entrar. E após uma boa bronca dada pelo atrasos, sento-me atrás de Sara e do lado de Mariana.

-Senhorita Morgan, sem óculos dentro da sala.

Óculos escuros foi o único meio, ou ideia que tive para esconder a evidente resaca marcada nos meus olhos e tira-los seria a última coisa que gostaria de fazer nesse momento.

-Não me ouviu?

Retiro os óculos de vagar, evitando olhar no rosto dos demais, e encarando as costas de Sara.

-Voltando ao assunto inicial. - retomá.- Como vocês já sabem, terão uma semana de férias por conta dos feriados próximos, e durante esse período, quero um trabalho sobre os filósofos pré-socráticos.

   Reviro os olhos, é assunto que não acaba mais. Inclino a cabeça sobre a mesa, fechando os olhos e procurando relaxar. Por mais que ninguém esteja gritando, a falta do óculos faz meu cérebro fritar com pontadas. Tenho que parar de fazer esse tipo de coisas.

-Algum problema Srt. Morgan? Está sentindo alguma coisa?

-Tédio. - sussuro.

-O que disse?

-Nada, dor de cabeça.

-Acoselho a visitar a enfermaria!

-Estou bem assim...

-Por favor, não quero ter problemas com alunos desmaiando na minha aula.

-Já disse que estou bem, se acaso passar mal eu vou. - insisto.

Agente Morgan 2Onde histórias criam vida. Descubra agora