Conhecendo um pouco mais

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E fomos caminhando, ele foi falando sobre sua infância e tal, até o momento não estava entendendo o porque dele mim contar essas coisas. Chegamos em um parque ao ar livre; há poucos bancos, mas sentamos em um de frente para um lago, onde alguns patos nadavam.

- eu tive uma infância feliz sabe, apesar de uma parte dela meus pais estarem sempre trabalhando.(diz ele)
- entendo. Posso te fazer uma pergunta?
- além dessa?(diz ele com ironia sorrindo para mim)
- sim. La na igreja eu te vi chorando, há algo errado?
- sabe, as vezes acontecem coisas que fazem do nosso controle. Eu estou num momento difícil, mas vai passar eu tenho fé.

Sorrio para ele.

- agora fale um pouco de você.(diz ele)
- ah, não tem muito que falar não.
- tenho certeza que sim.
- bem: sou filha única, tenho pais que me amam, sonho um dia ser uma escritora, tenho 20 anos, solteira, estou no meu primeiro emprego, não sou muito de sair a não ser com uma boa companhia.

Faço uma pausa, ele está olhando para mim esperando mais.

- ah, sou morena, estatura mediana, olhos castanhos, cabelos pretos e longo,magra - não magra demais, mas magra ideal, acho que só.

Ele olha para mim rindo.

- escritora é?( diz ele)
- disso tudo, você só decorou isso?(falo rindo) sim, este é o meu sonho. E o seu?(continuo)
- queria ser advogado, mas meu pai diz que é perda de tempo e que é melhor eu me dedicar aos negócios da empresa.
- complicado.
- sou 3 anos mais velhos que você. Ah, já reparou nos meus olhos azuis? São demais não?

O jeito dele falar me faz gargalhar, ele também não aguenta e ri junto.

- rir faz bem a saúde.(diz ele)
- nossa, já está anoitecendo, acho melhor eu ir.
- eu te acompanho.

E vamos caminhando, as vezes falávamos, as vezes ficávamos em silêncio e quando menos esperávamos chegamos na minha casa.

- foi muito bom conversar com você, espero ter outros momentos como esse.
- digo o mesmo.(falo para ele)

E ficamos nos olhando.

- não quer entrar?(falo nos fazendo voltar ao normal)
- não não, obrigado. A família me espera para o jantar.
- que honra não?

Sorrimos um para o outro e então ele se vai.
Quando sento-me na cama, sinto meu pé reclamar, por incrível que pareça enquanto caminhava não senti uma dorzinha sequer, estranhamente bom.

Deixe existir amorOnde histórias criam vida. Descubra agora