No dia seguinte a Ilda me manda fazer a limpeza no quarto do Júnior, só pode ser brincadeira,penso.Bato na porta, ninguém responde, resolvo entrar, ele está dormindo. Começo limpando ao redor do quarto, para por fim chegar perto de sua cama. Assim que chego em sua mesinha ao lado da cama, ele toca em mão braço fazendo com que eu olhe para ele.
- você acordou. Vou mandar trazerem seu café da manhã.
- não. (Ele diz fechando os olhos)Fico ali parada sem saber o que fazer. Ele me manda sentar ao seu lado, com cuidado sento-me. Ele pega minha mão e beija, fico totalmente sem reação.
- eu fiquei tão preocupado.
Me mantenho em silêncio.
- fico feliz que esteja bem. (Ele sorri)
Fico apenas o olhando.
- você não vai falar nada? (Ele me olha esperando alguma coisa)
- obrigada. (Sorrio fraco, puxando minha mão)Ele olha para mim sem entender.
- o que houve?
- prefiro manter distância. (Falo querendo me levantar)Ele me segura pelo braço para que eu não saia do lugar.
- porque você está assim?
- estou sendo apenas quem sou, uma simples empregada.
- que história é essa? (Ele diz se irritando)
- você mesmo quem disse. (Levanto-me)
- e você acha que se eu realmente não te amasse eu teria ido atrás de você? (Diz ele se sentando)
- você realmente quer discutir isso? (Reviro os olhos) olha, sinceramente eu te agradeço pelo o que fez por mim e peço mil desculpas por ter acontecido isso com você, mas acho que não tem um nós aqui a muito tempo.Ele me observa tentando encontrar palavras.
- eu sei o que eu falei, e foi um grande erro. Me perdoa.
- eu perdoo sim. Mas esquece que existiu alguma coisa entre nós.
Ele me olha sem querer entender.
- bom, acho que ja terminei aqui.
- espera. (Ele diz)Viro-me na direção dele.
- sim?
- é isso que você quer?
- é assim que tem que ser.Saiu dali o mais rápido possível, assim que fecho a porta, respiro profundamente e as lágrimas querem chegar aos meus olhos. Não devo chorar, tenho que aceitar isso.
Chego na cozinha quase chorando, as meninas querem saber o que houve, mas invento qualquer desculpa.
Os dias se passam e fica cada vez mais difícil olhar para Júnior. Na limpeza da sala, o Júnior está no sofá lendo um livro, é difícil fingir que ele não está aqui. Quando passo pelo sofá, ele toca em meu braço, olho para ele, e olha nos meus olhos.- olha pra mim e diz que não me ama. (Ele diz)
Engulo seco, não sei o que dizer.
- por favor me solta.
Olho para sua mão em meu braço.
- eu sei que você me ama, então o porque disso? Nao faz sentido.
- eu preciso ir, tenho muita coisa pra fazer ainda.Ele me olha mais uma vez e solta meu braço, saiu dali o mais rápido possível.
Duas semanas depois recebemos a notícia de que teremos que preparar um grande jantar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Deixe existir amor
RomanceSou uma simples garota no meu primeiro emprego e sabe,acho que meu patrão se apaixonou por mim. Não,que eu não queira,mas sinto que aos poucos ele irá me conquistar. Porém há essa controvérsia, ele é rico e eu uma simples empregada. É complicado,mas...