Voltando a rotina

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Passo horas conversando com aquela senhora que eu mal conhecia, mas que me fez ficar mais calma. Com a coragem que ela me fez tomar, levo-a até seu quarto. Antes que eu vá embora, ela me diz:

- força querida, tudo vai melhorar de agora em diante.

Ela beija minha testa.
Chego no quarto, a cara da Evelly é de horror. Ela pega em meus braços.

- onde você estava? Quer me matar do coração?
- relaxa menina. Eu estou bem, não estou?!

Ela me fuzila furiosa.

- onde estava? (Ela cruza os braços)
- fui ver o Júnior. (Reviro os olhos)

E ela se cala e me olha em reprovação.
No dia seguinte recebo alta, mas quem dera que fosse cedo da manhã, já passava das 2 horas da tarde. Então antes que eu vá embora decidi me despedir da senhora que  foi tão boa comigo noite passada. Seu quarto era o 406,ao entrar vejo a cama vazia, logo em seguida entra uma enfermeira.

- para onde foi a senhora que estava aqui noite passada? (Pergunto-a)
- recebeu alta para ser tratada em casa. (Diz a enfermeira)

Decido não ver o Júnior antes de ir. A evelly me acompanha, pegamos um táxi. No caminho a Evelly recebe uma ligação e fica muito eufórica.

- quanta felicidade. (Falo pra ela)

Ela desliga o celular.

- advinha quem acordou? (Diz ela com os olhos brilhando)
- nossa!Agora posso relaxar. (Exclamo e depois minha alegria se esvai um pouco)
- o que foi?(ela pergunta)
- nada. Estou feliz que ele tenha acordado.
- não estou vendo isso. (Ela me instiga)
- este é o nosso fim. Ele havia terminado comigo e depois do que a mãe dele disse, prefiro não interferir na vida dele.
- não vai nem lutar? (Ela quase grita comigo)
- pra que? (Falo em desânimo)
- UÉ. (Ela pensa um pouco) você o ama?
- sim. (Falo baixo olhando para minhas mãos)
- então porque desistir tão fácil?
- estou cansada de tudo isso.

Ela resolve não discutir mais nada. Assim que chegamos na minha casa, vou direto para o quarto tomar um bom banho. Quando saiu, a Evelly trouxe um lanchinho para comermos. Eu não estou muito para papo e logo pego no sono.
No dia seguinte estou pronta para ir trabalhar.

- onde vai? (Pergunta Evelly)

A Evelly dormiu aqui em casa, por conta de toda confusão que ainda não entendi direito. E só me dei conta agora que a Mara voltou pra casa dela.

- trabalhar. Pra onde mais eu iria?!

Não demora muito e logo estou na casa,talvez por estar com os pensamentos bem longe. Assim que entro, o Victor corre até mim e me abraça.

- hey, calma ai. (Falo sentindo um pouco de dor)

Ele se afasta e pedi desculpas.

- você está bem? (Ele pergunta)
- estou melhor. (Sorrio)
- sim. (Fala ele lembrando de algo) mês que vem estarei cursando arquitetura. (Seu sorriso vai de orelha a orelha)
- nossa, fico feliz. Seu pai concordou?
- a gente conversou bastante, digamos. (Ele ri e me acompanha até a cozinha)

As meninas assim que me veem, correm feito loucas, Victor rir com a reação delas.

- até depois Mikaella. (Ele diz e se vai)

Sorrio.

- menina, que sufoco foi esse?! (Diz Caroline)
- você está bem? (Pergunta Érica)
- porque veio trabalhar querida? (A Verônica pergunta)

Abro a boca e em seguida fecho, elas ficam num expectativa só.

- uma de cada vez, pode ser? (Digo por fim rindo)

Elas passaram um bom tempo me fazendo perguntas. Então a Ilda entra na cozinha.

- admirável o trabalho de vocês. (Fala ela em tom de deboche)

As meninas se afasta e voltam ao que estavam fazendo antes da minha chegada.

- você pode ficar aqui na cozinha hoje. (Diz Ilda para mim) desejo melhoras. (Ela conclui e sai)

A Caroline e a Érica viram para mim com cara de espanto, e a Verônica pelo o que posso ver estar rindo da situação.
Resolvo fazer uma sobremesa: Brownie de chocolate com leite condensado. Enquanto pego os materiais, as meninas conversam.

- o Júnior acordou ontem do coma e já está em casa, isso é bom não é? (Fala Caroline com Érica)

No momento eu estou abrindo uma das caixinhas com a faca e quando escuto o que a Caroline disse, fico desorientada e corto meu dedo. Como assim o Júnior já está em casa? Não tenho muito tempo para pensar, meu dedo começar a sangrar bastante. A verônica me ajuda.

- tava demorando. (Diz Caroline sorrindo)

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