Deixe existir amor

Um dia encantador

- bom, acho que chegou minha hora. (Falo interrompendo a conversa, dando um sorrisinho)

Quando preparo-me para ir embora Júnior me segura pelo braço.

- onde você vai? (Diz ele)
- hoje volto ao trabalho, esqueceu? (Falo cruzando os braços, levantando uma sombrancelha)

Ele faz uma cara de quem se lembra de algo.

- hoje o dia é de folga.
- oi? (Falo como se não tivesse entendido) você quer que a Ilda me mate?
- quem da a ordem superior sou eu, esqueceu? (Ele fala fazendo o que eu tinha feito a pouco tempo, cruzando os bracos e levantando uma sombrancelha)
- uau. (Dessa vez quem esta surpreendido é o Jefferson)

Caímos na gargalhada. Nos despedimos dele e saímos do hospital.

- onde você vai me levar? (Pergunto)
- surpresa. (Diz ele com um sorriso malicioso)

Ele vai por um caminho que não conheço, parece distante onde ele quer me levar.

- desculpa. (Diz ele olhando rapidamente para mim)
- pelo o que? (Pergunto sem entender)
- por nosso jantar ter sido interrompido, é que..

Eu não o deixo terminar.

- esqueça isso. O importante é que seu amigo está bem e estamos aqui agora.

Ele sorri sem tirar os olhos da estrada.

- bom. Para onde vamos? (Viro-me no assento para ficar de frente para ele)

Ele me olha curioso com minha curiosidade.

- bem curiosa você ne? (Ele diz)
- não achas que tenho o direito de saber para onde estou indo? Ou será que estou sendo sequestrada?
- não seria uma má idéia em? (Ele me olha fuzilando meus olhos)

Bato em seu ombro e sorriu.
O lugar parece ser longe mesmo, um bom tempo depois ele para o carro num lugar em que nunca estive antes.

- vamos? (Diz ele para mim)

Saímos do carro, ele me guia para um restaurante que parece ser... Bem perto de uma praia. Chegamos exatamente na hora do almoço, Júnior pede o prato principal da casa. Enquanto aguardamos aprecio a vista que tenho de onde estou, uma praia onde há poucas pessoas, a brisa do mar me invade e eu fecho os olhos para apreciar.
- gosta? (Pergunta Júnior)

Eu volto para realidade.

- hum.. Sim, sim. Muito. (Respiro relaxamente na minha cadeira)

Nossa comida chega. Começamos a comer, o peixe está maravilhoso.

- você sabe que hoje será o nosso último dia juntos ne? (Falo para ele, sem tirar os olhos da comida)

Quando olho para cima, vejo o Júnior paralisado.

- co.. como? (Ele gagueja ao dizer)

Eu começo a rir.

- não entendo a graça. (Diz ele encostando em sua cadeira com a mão no queixo)
- amanhã bobo. A Ilda.
- ah. (Ele relaxa)
- o que você pensou? (Falo rindo)
- você queria que eu tivesse um infarto, é isso?

Começo a rir novamente, as vezes ele é  tão bobo. Terminamos de comer, ele paga a conta e saímos do restaurante. Um pouco distante, ele para e tira do bolso um lenço, eu olho sem entender, então ele coloca nos meus olhos como uma venda.

- para onde vamos? (Pergunto tocando nos meus olhos vendados)

Ele pega minha mão para guia-me.

- surpresa princesa.

Acho que 10 minutos de caminhada e alguns tropeços em predras, chegamos, pois ele tira o lenço dos meus olhos e posso ver o quão maravilhoso é o lugar. A praia está deserta, fico pensando se ele mandou todas as pessoas saírem só para que fiquemos sozinhos. Algumas pedras enormes e médias embelezam o lugar, a água parece nós chamar de tão linda que está com o sol fazendo contraste sobre ela.

- o que achou? (Diz ele)
- encantador. (Sorrio para ele)

Ele pega minha mão e caminhamos um pouco pela praia. No começo eu percebo que ele fica a me observar. Olho para ele e sorriu com vergonha, ele me olhando assim fico sem jeito. Continuo olhando a praia, então ele me para ainda segurando minha mão, fazendo com que olhe para ele. Ficamos alguns segundos nos encarando.

- minha! (Diz ele colocando a mão no meu rosto)

Eu aprecio esse toque, inclino a cabeça na direção de sua mão e fecho os olhos e aproveito o momento. Quando abro os olhos decido brincar com ele um pouquinho.

- quem disse que sou sua? (Falo com um sorriso cínico)

Ele arregala os olhos.

- não estamos namorando, esqueceu? (Digo me afastando de costas)
- não? (Diz ele com um olhar sedutor)
- oficialmente não. (Falo e corro)

Sinto ele correr atrás de mim, olho para atrás algumas vezes fazendo um ziguezague na praia,mas ele me alcança me agarando na cintura.

- não tem pra onde fugir. (Sinto um sorriso de vencedor atrás de mim)
- ta bom, ta bom. Você venceu.

Ele me solta, quando tento correr, ele percebe e segura meu braço, mas por desastre meu, meu pé não se equilibra e por questoes de segundos caiu sobre ele, ele segura meus bracos para que não fuja e me puxa para mais perto dele, nossos olhos se fixam, nossas respirações ficam mais fortes, sinto nossos lábios se aproximarem. Quando percebo que ele suavizou a força nos meus braços, essa é a hora de fugir, consigo levantar e correr, posso escutar ele dizer:

- pfff..  Você não desisti nunca?
- nunca. (Grito)

Ficamos na praia até anoitecer, sentados, ele com o braço por cima do meu ombro e eu o segurando na cintura. Encosto minha cabeça em seu peito, sinto ele se inclinar e beijar minha cabeça.

- maravilhoso. (Falo levantando a cabeça e olhando para ele)
- o que?
- tudo. (Sorriu e fecho os olhos)

Ele beija minha testa e depois me abraça forte. Gostaria de ficar pra sempre assim com ele, é adorável estar com ele. Nos levantamos e fomos em direção ao carro, dessa vez ele não vendou meus olhos.

**********
Olá pessoas. Obrigada por acompanharem essa história, para deixar mais emocionante deixo que leiam escutando essa música: This Town (Niall Horan)
-não foquem muito na tradução-
Que faz parte das músicas tema do casal. Essa é uma delas.
Beijos!