A chegada dele

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Hoje as horas estão passando rapidamente,já conheci a tal Margarida,ela é uma ótima pessoa,acho que vou me dar super bem com ela. Dividimos os cômodos que iriamos limpar,eu com a parte de baixo e ela com a parte de cima. Foi tranquilo limpar tudo,até agradável com o fone no ouvido. Terça,mais um dia tranquilo,às 10:00 horas a porta da casa se abre e pensei que fosse os patrões,mas eram seus filhos. O rapaz entra tão euforicamente,parece estar feliz em estar de volta,porém não percebe que estou no caminho e me derruba; em seguida sua irmã se aproxima e diz:

- nossa,que recepção.
- deixe-me ajudar.(diz o rapaz estendendo a mão)
- deixe o cavalheirismo de lado Júnior,ela sabe muito bem se levantar sozinha.

Eu olho para ela normalmente,sem mostrar algum sentimento. Ele continua com a mão estendida.

- vamos,pegue minha mão.(ele diz)

Me ajeito e levanto-me sozinha.

- viu Júnior para que serve ser bonzinho com a criadagem?(diz Leandra)

Ele me olha com compaixão enquanto pego os materiais e me dirijo para cozinha. Leandra sobe para o quarto,em seguida ele também para o dele. Fiquei tensa o resto do dia com o acontecido,medo talvez de ser despedida. Continuei meus afazeres,tudo estando limpo fui até o jardim conversar um pouco com Victor,ele estava cuidando de umas rosas maravilhosas. Sempre amei essas rosas,mas nunca soube o nome delas,foi então que ele disse como se tivesse lido meus pensamentos.

- Rosa Osiria,magnífica em sua forma e em seu perfume. As pétalas lindamente sombreadas desta flor dá a impressão de que elas são tingidas artificialmente. Suas pétalas são vermelho escuro por dentro e por fora são brancas e prateadas,dando à flor um esquema de cores em dois tons. Quando a tocamos a parte vermelha interior das pétalas temos uma sensação suave como a de veludo e a parte branco dá a sensação de cetim.(disse ele)

E o resto do dia vai embora e logo estou em casa. Quando me deito penso na situação horrível pela qual passei. Aquela garota é totalmente estilo rica mal amada,mas seu irmão,é um pote de bondade,seu olhar para mim tao sereno. Espero que enquanto eu estiver por lá não o veja muito.
No dia seguinte amanheci um pouco indisposta,nariz escorrendo e espirrando,mas mesmo assim fui trabalhar,não podia deixar de ir. Depois de um tempo,a senhora Ilda veio me perguntar o que eu tinha e disse-lhe que era apenas um resfriado.

- controle seus espirros garota. Não quero a casa suja ao invés de limpa.
- sim senhora.
- continue,e não quero ver uma faísca de sujeira.(falou arrogantemente)

De repente ouço uma voz vindo de longe,que dizia:

- o que está acontecendo?
- nada senhor. Só estou dizendo a esta moça para ter cuidado ao limpar.(responde Ilda)
- está tudo bem senhorita?(Júnior me pergunta)
- sim senhor.(respondo-lhe e logo em seguida espirro)

Ele pergunta novamente se esta tudo bem e digo-lhe que sim,em seguida ele se vira e vai direto para cozinha e enquanto isso Ilda me olha como se fosse minha mãe me passando um carão.

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