Primeiro encontro

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Na manhã de domingo, levantei cedo, escovei os dentes e fui para a cozinha, meu pai não tinha saído ainda para trabalhar.

-bença pai. Bença mãe. (Falo me sentando na mesa)

Os dois respondem na mesma hora.

-Deus te abençoe.

Sorrio. Encho meu copo com suco de maracujá e tomo, logo aparece a Mara e a Evelly e nos acompanham a mesa. Assim que meu pai termina, levanta da mesa, beija minha cabeça e a da minha mãe.

-se cuida. (Ele diz pra mim)

Antes que ele saia, vejo-o carregando malas.

-não vai trabalhar? (Grito da cozinha) -viagem de negócios. (Diz ele, manda um beijo para mim e fecha a porta)
-ele vai demorar muito mãe?
-vai passar uma semana fora. Logo logo ta de volta. (Diz ela)

Tiro a tarde para ler no sofá, mas acabo dormindo. Sinto alguém me balançar, abro os olhos e vejo a Mara.

-esqueceu que tem um encontro hoje? (Diz ela)
-que horas são?
-17:30.
-nossa. (Falo dando um salto e indo para o quarto)

Tomo um banho. Quando saiu do banheiro, olho para a cama e vejo um vestido sobre ela. Preto e branco, da cintura pra baixo branco e a parte cima preto, vestido longo por sinal.

-foi tua mãe que escolheu. (Diz Evelly) -nem lembrava desse vestido.

Visto-me e vou procurar algo para colocar nos pés, a Mara ja está com uns saltos na mão: tinha alguns traços dourados. O cabelo a Evelly faz um coque e deixa alguns fios soltos, maquiagem básica.

-como estou? (Digo assim que termino)
-linda. (Diz Mara com uma cara feliz)
-maravilhosa. (Diz Evelly) vai la e arrasa amiga. (Continua ela)

Pouco depois minha mãe chega.

-uau. (Diz ela me observando) seu príncipe ja chegou.

Assim que estou fora de casa, ele está encostado no carro. Ele me olha dos pés a cabeça.

-sem palavras. (Diz ele depois de um tempo)
-obrigada. (Sorrio)

Ele pega minha e a beija, abre a porta do carro para mim, entro, ele da volta e entra.

-onde vamos? (Pergunto)
-surpresa. (Pisca o olho para mim)

O lugar que vamos é um restaurante a céu aberto, de longe sinto a brisa do mar. Sentamos, ele pede o jantar e aguardamos chegar.

-amanhã ta de volta ne? (Ele pergunta)
-sim. (Faço uma cara de quem não gostou)
-não gostou?
-é que eu já estava me acostumando a acordar tarde.

A comida enfim chega.

-já que você gosta tanto de livros, qual o seu favorito? (Pergunta ele)
-Dom Quixote de la Mancha. Ja ouviu falar?
-sim. Mas nunca li.
-recomendo. Foi por ele que me apaixonei por livros.
-humm,senhora intelectual.
-eu tento. (Digo jogando uma mecha de cabelo para trás)

Ele rir.

-você cada vez mais me surpreende. (Diz ele sorrindo)
-e você não vi nada que eu presume-se. (Digo arqueando as sombrancelhas)
-e eh? (Diz ele levando a mão ao queixo)

Abaixo a cabeça comendo um pouco mais, com uma cara bem cínica.
Quando menos espero ele me puxa pelo braço e me arrasta para uma ponte perto dali,nem terminamos o jantar, e então ele coloca a mão nos olhos. Assim que tira a mão, vejo um jogo de luzes e água jorrando parecendo dançar, pouco minutos depois e ele me puxa para perto dele, me olha nos olhos e pergunta:

-surpreendeu? (Pergunta ele se sentindo)
-nada que eu não tenha visto. (Retruco)

Ele faz uma cara sem graça, virando o rosto. Viro o seu rosto para que ele olhe para mim.

-você não surpreende, você faz o inusitado. (Falo)

E assim nossos lábios se encontram, quando seu celular toca.

-alô? (Diz ele ao atender)

Ele faz uma expressão de preocupado.

-jefferson.. Jefferson. Droga! (Diz ele apertando o celular forte e andando de um lado para outro)
-o que aconteceu? (Falo parando em frente a ele)
-lembra do meu amigo? Pois bem, ele acabou de sofrer um acidente e enquanto falávamos ele parou de falar. E o pior, eu nem sei onde ele está.
-calma. Vamos procurá-lo. (Falo segurando seu rosto para que se acalme)

Ele me abraça e diz:

-não sei o que seria de mim sem você.

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