Livre pra melhor ou pior?

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Por fim me deixaram ali com o rosto machucado e doendo bastante, no que será que a Evelly se meteu.
Passo a noite ali naquela cadeira horrorosa, meu corpo já se encontra cansado, eles voltam novamente. Não! Não aguento mais apanhar. No mesmo instante escuto um estrondo vindo de longe, dois deles saem para ver o que estava acontecendo. Não demora muito, e o cara recebe algo no celular e no mesmo instante ele tira a corda dos meus pés e venda meus olhos e vai me empurrando para algum lugar. Escuto muito barulho, uma agonia só.

- Mikaella. (Alguém grita meu nome, é  a Evelly)
- Evelly. (Grito de volta, ja querendo ir ao seu encontro)

O cara na mesma hora me puxa com brutalidade que termino ficando de joelhos.

- aqui está o dinheiro, soltem ela. (Essa voz me lembra alguém)

Eu não acredito que o Júnior veio.

- soltem ela. (Outra pessoa grita)

Quantas pessoas a Evelly chamou, até o Victor está aqui, fico imaginando o alvoroço que se ocorre.

- tudo bem, vamos entegar na mesma hora. (Um dos caras diz me fazendo levantar)

Vamos caminhando devagar, quando a polícia entra no ambiente fazendo maior alarde, na mesma hora sou arrastada para trás e sinto algo em minha cabeça. Ele tira a venda dos meus olhos e posso perceber a real situação em que me encontro. Júnior tenta se aproximar.

- não se aproxime, senão eu mato ela.

Agora realmente percebo que tenho uma arma apontada para minha cabeça, nesse momento fecho os olhos, pedindo a Deus para não morrer. Eu continuo de olhos fechados ali, só pedindo para que tudo acabe bem. Não sei o que a polícia falou, mas acabou convencendo aos três homens para que me solte, e ele me empurra, continuo com as mãos amarradas. Júnior fica me conduzindo para que eu chegue até ele, assim que ele me puxa para perto dele desamarra minhas mãos; não demora muito e ouço dois disparos, sinto nos corpo irem ao chão.
Quando abro os olhos, estou num hospital, tento me levantar, mas a Evelly me impede.

- o que aconteceu? (Pergunto-a)
- você estava muito machucada e levou um tirou no braço.
- ai. (Sinto a dor) por que me fez lembrar?

Ela rir.

- seus pais estão  chegando. (Ela diz)

Balanço a cabeça e mantenha-me em silêncio. Ela pigarreia.

- o que foi? (Pergunto-a)
- é  que... (Ela faz pausas)
- diz logo. (Fico irritada)
- o júnior também levou um tiro. Pronto, falei.
- e como ele está? (Pergunto em choque)
- essa é parte difícil. (Ela respira) ele entrou em coma.

Eu não consigo me mecher, não sei o que falar ou o que fazer.

- quero vê-lo agora. (Já estou pronta para sair da cama)
- não. Espera. Seus estão chegando.

Ela me abraça. E eu estou tão em choque que não consigo chorar.

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