Ele descobriu tudo

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Chego em casa exausta. Quem aquela garota pensa que é? Bato o pé no chão do quarto e fecho as mãos, isso é muito irritante.
Olho as horas já são 6:07 ,a noite passou muito rápido. Cuido e vou tomar meu café da manhã.

-acordada tão cedo filha? (Pergunta minha mãe  colocando o café na mesa para o meu pai)
- pois é.
- mas hoje não é sua folga? (Ela pergunta junto a mesa)
- "era" ne mãe, mas hoje vão precisar de todos lá.
- ânimo minha filha, quando se está de mau humor, as coisas não melhoram de nenhuma forma. (Diz meu pai apertando minha mão)

Saiu de casa menos irritada, resolvo ir andando, bem devagar, quero que ela arranque os cabelos de esperar, sorrio comigo mesmo. Após 20 minutos de caminhada, uma moto para ao meu lado, eu paralizo, tirando o capacete o reconheço.

- quer me matar? (Bato em seu ombro)
- desculpe. (Diz Victor rindo) carona?
- nada mal em. (Sorrio como uma criança ganhando um doce)

Ele me da o outro capacete para que possa usá-lo e ele acelera. Seguro em sua cintura, é liberdade o que sinto, como se eu voasse apenas com a direção do vento, igual uma pipa lá no céu sendo empinada por um garoto. Assim que chegamos, desço da moto e entrego-o o capacete.

- pensei que ficaria com medo, pela alta velocidade. (Diz ele surpreso e feliz)
- eu gosto de adrenalina.

Entro na casa, pelos fundos é claro, encontro apenas a Verônica, no mesmo momento a Margarida entra na cozinha.

- ah, a senhora Leandra te procura a um tempão. (Diz ela)

Concinto e vou para o quarto dela, abro a porta, ela está de olhos fechados, quando os abre e me vê:

- onde estava? Isso são horas? (Diz ela irritadíssima)
- tive problemas com o transporte.
- não importa, troque os lençóis da cama.

Olho para ela sem entender.

- to falando sério. (Ela diz arqueando as sombrancelhas)

Troco os lençóis e em poucos minutos termino, ela me manda trazer o seu café da manhã. Desço e vou até a cozinha.

- verônica?
- sim. (Ela responde)
- você pode preparar o café da Leandra?
- claro. Ela está com os nervos a tona.
- eu que o diga. (Suspiro)

Depois de tudo pronto, subo até seu quarto. Assim que ela começa bebendo o suco de laranja ela cospe e cai justamente em mim, pois estou na sua frente. AF, que irritante essa criatura.

- está horrível. (Ela diz)
- foi a verônica que preparou tudo, tenho certeza de que está uma delícia.
- leve. Perdi a fome.

Retiro a bandeja e levo para a cozinha. E o resto do dia foi assim, ela me fazendo de escrava, cheguei em casa morta.

- minha filha, que cara é essa? (Me mãe pergunta ao me ver)
- exausta mãe, exausta. (Respondo sem dizer mais nada, indo para o quarto)

As noites estão voando, já se é domingo. Dia horrível, está sendo um dia pior que outro, não sei se vou aguentar muito tempo.
Hoje acordei em cima da hora,mais uma semana se iniciando. Chegando lá, vou direto para o quarto dela, pois sei que ela está me aguardando. Hoje foi inusitado, me pediu para que lavasse seus pés com umas lavadas que ela tinha, a olhei incrédula, voltamos no tempo da escravidão. Comecei a fazer o que ela pediu, aliás mandou, quando de repente a porta se abre. Salva pelo gongo, alguém vai fazer ela tirar o foco de mim,mas... Mas. Eu fico paralisada.

- Mikaella você pode nos deixar a sós? (Diz Júnior me fazendo voltar a realidade)

Deixe existir amorOnde histórias criam vida. Descubra agora