Uma bela chantagem

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Eu olho para Ilda sem saber o que dizer, de imediato a Leandra:

- não sei, pergunte a Mikaela.

As duas olham pra mim, esperando uma resposta. A Leandra não me espera falar.

- eu simplesmente não sei como eu cai, a Mikaella veio me ajudar, acho que quebrei a perna.
- é.. Pode ter sido, pois a senhorita está com dores e não consegue se levantar. (Falo por fim)

A Ilda rapidamente chama Caio para levá-la ao hospital, eu a acompanhei. Leandra não falou nada o caminho todo e Ilda não pode ir conosco. No hospital, os médicos a levaram, ficamos eu e Caio na espera.

- o que aconteceu? (Caio me pergunta)
- olha realmente não sei te dizer, mas que fique entre nós.

Ele concorda com a cabeça.

- bom, essa semana eu vi a Leandra aos abraços com um homem casado, ela veio me instigar e eu lhe dei o que merecia. Ela não gostou óbvio e supostamente ficou com medo que eu contasse a alguém. Por fim, hoje eu estava limpando a escada e ela veio me ameaçar apertando meu braço e em questão de segundos, lá estava ela no fim da escada, provavelmente ela quebrou a perna e irá me chantagiar.

Caio não responde nada e não parece estar surpreendido.

- pode contar comigo, caso algo aconteça. Eu vejo muita coisa nessa casa.

Ficamos em silêncio.
Depois de um bom tempo, o médico vem nos avisar que a Leandra apenas quebrou a perna direita e ja está podendo nos receber. Já no quarto, ela pede para que Caio saia, ele me olha e entendo o que ele quer dizer.

- bom. (Ela começa a falar) você me empurrou da escada, sabemos disso.
- sabemos que foi bem assim. (A corrijo)
- pode provar? (Levanta uma sombrancelha)

Não respondo nada e fecho a cara.

- pois bem, você terá que fazer o que eu mandar, a não ser que queira ser despedida.

Apenas concordo com a cabeça.

- vejo você amanhã.
- amanha? (Amanha eh meu dia de folga)
- domingo também.

Suspiro irritada.

- agora pode ir, quero descansar.

Vou em direção a porta, mas ela se abre, é a família inteira, júnior me da um sorriso daqueles, mas não tenho tanto ânimo assim, sorrio amarelo. Ele pega em meu braço para me impedir de sair.

- está tudo bem? (Ele me pergunta)
- sim. (Tento tranquilizá-lo) vou deixá-los a sóis.

E saiu do quarto, Caio está ao lado da porta.

- como foi? (Ele me pergunta)
- ela é a pior pessoa.

Saimos dali para conversar melhor e vou lhe contando o que ela quer.

- nessa vida há muita gente ruim, mas não se deixe levar por elas, em meio a tantas folhas há boas formigas tentando fazer seu trabalho. (Ele diz por fim)

Deixe existir amorOnde histórias criam vida. Descubra agora