Que dia em?!

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Chego em casa e vou direto para o quarto; a Mara já esta dormindo e a Evelly está se ajeitando para dormir, quando ela me vê.

- ei. (Diz ela)

Volto-me para o som que escuto, olho para ela e assimilo que esta falando comigo.

- oi. (Sorrio)
- o que aconteceu? (Pergunta ela)
- nada. Só estou cansada.

Deito-me com a roupa que estou mesmo, a Evelly continua fazendo perguntas, mas nem sei o que ela ta dizendo, meus pensamentos estão longe.
Na manhã seguinte, assim que acordo olho a hora e já são 10 horas, olho em volta e não vejo nenhuma das duas. Levanto-me, tomo um banho relaxante,lavo o cabelo, visto um vestido azul claro, depois de pentear o cabelo volto ao banheiro e escovo os dentes. Saiu do quarto e vou direto para a cozinha, não tem ninguém também, vejo na geladeira um bilhete.

**Mikaella, fomos visitar a sua tia Berenice, a Evelly também veio conosco. Não quis te acorda, bjs, chego a noite.**

Nossa! Que pessoas são essas? Que me deixa aqui sozinha? Uf. Bom, não tem ninguém em casa, entao vou sair ne, cansei de ficar sem fazer nada. Volto ao quarto e troco o vestido azul por um vinho ,coloco minha rasteirinha favorita e pego minha bolsa. Assim que saiu, fecho os olhos e sinto aquela brisa gostosa no rosto e aquele cheiro bom. Aaar.. Sorrio como louca. Vou na cidade dar uma volta nas lojas, ver o que há de novo. Entrando de loja em loja, assim passo o dia, como besteiras na rua para não ficar de estômago vazio.
Ja está anoitecendo, e sabe estou um pouco cansada, mas ainda não quero ir para casa, continuo andando. Olho no relógio e já são 8 horas da noite, acho que por hoje já chega, o pé ja começa a doer. Passando em frente a uma livraria já fechada, paro e vejo alguns livros na vitrine, quando começa a chover. Olho para cima e fecho os olhos saboreando essa sensação maravilhosa, amo chuva. Ando sem pressa, quando passo por uma boate, bar, não sei bem o que seja, um rapaz é praticamente expulso de la, totalmente bêbado, quando me vê começa a me olhar estranho, tento sair dali, mas meu pé dói e não consigo andar rápido, o rapaz se aproxima e me agarra.

-me larga. (Praticamente grito)
-que isso docinho. Shiiiuu. (Diz ele)

Ele tenta me beijar, mas desvio de suas tentativas.

-não. Não. (Falo repetidamente)

Mas ele parece não se importar com o que falo, já estou ficando cansada. Acho que não vou aguentar muito ficar em pe, as coisas começam a girar, e a única coisa que vejo antes de apagar é alguém socando a cara do rapaz.
Abro os olhos devagar, a claridade está incomodando um pouco, quando estou ciente que estou no meu quarto e há tantas pessoas ao redor: minha mãe sentada ao meu lado na cama, nos pés a Evelly e a Mara, e do lado da minha mãe em pé está Júnior e atrás dele um rapaz que não conheço, o único que não vejo é o meu pai.

- você está bem? (Diz minha mãe preocupada)
-sim. (Respondo,ainda sem entender muito bem)

Ela relaxa.

-mas o que aconteceu? (Olho pra todo mundo com cara de dúvida)
-um cara bêbado te agarrou,você desmaiou, ai esse bonitão te trouxe pra casa. (Fala Mara apontando para Júnior)

Ele olha para ela e fica sem graça e então olha pra mim e ele fica sério, pois não consigo achar graça em nada.

-vocês podem nos deixar a sós? (Falo apontando para Júnior)

Todos fazem expressões de que nem estavam ali. Assim que todos saem, voltou-me para ele, minha expressão é séria, não sei o porque mais sinto que estou furiosa, com raiva dele, não sei.
Ele fica impaciente e passa as mãos nos cabelos.

- sabe, eu fiquei bastante preocupado com você, quando vi aquele cara te agarrando e depois você desmaiando nos meus braços, senti vontade de socar ele mais ainda, mas você era mais importante no momento e.. (Ele fala, mas eu o interrompo)
-para. (Falo levantando a mão)

Ele me olha com uma expressão indecifrável.

-quem você acha que é? O salvador da pátria? Como foi que você apareceu lá? Tava me seguindo? (Falo em tom ignorante)
-porque está brava comigo?  Se não fosse eu que tivesse aparecido, não sei onde você estaria agora. (Fala ele no mesmo tom)
-nossa, parabéns pelo ato heroico. (Bato palmas) só porque você me beija, acha que tem o direito de se achar o dono da verdade em relação a mim? (Reviro os olhos)
-caramba. (Diz ele irritado) você nem ao menos sabe dizer obrigado. E não, não acho que tenho o direito, mas eu me importo com você e quero que fique bem. (Ele diminui o tom de voz)
Ele senta ao meu lado na cama e pega minhas mãos, eu as puxo, ele olha para baixo exasperado.

-obrigada. (Falo me sentindo mal por o ver assim)

Ele levanta a cabeça e olha pra mim. Fixo o olhar nele e uma lágrima desce, limpo-a, ele com a sua mao carinhosamente passa em meus olhos, nisso não aguento e desabo em lágrimas, ele se aproxima de mim e choro em seu peito.

-desculpa. (Falo ainda chorando)

Ele levanta minha cabeça segurando com as duas mãos,fixa o olhar e me beija, como se fosse o último.
Nos afastamos ,ele beija minha testa e me abraça.

-as vezes passamos por situações que nos fazem dizer coisas que não queremos, mais sabe, o que é mais bonito nisso tudo?
-o que? (Pergunte assim que me afasto dele)
-é que saibamos reconhecer que erramos.

Deixe existir amorOnde histórias criam vida. Descubra agora