Capítulo 11 - Samantha

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Decidi não levar minha faca, uma vez que eu odiaria perder minha arma preferida e minha melhor proteção durante uma lutazinha medíocre. Faço careta ao mantê-la debaixo da cama.

O dia parece ter diminuído; há alguns minutos atrás eu estava treinando com Ethan, e agora estamos na garagem fazendo os preparativos.

Minha mochila é lotada de armas, munições e facas, o que achei um pouco desnecessário, já que eu poderia acabar com os robôs corpo a corpo. Coloco mais duas facas nos coldres nas coxas e jogo a jaqueta por cima do ombro, olhando de relance para meus tênis e pensando que precisava de outro par.

- Sofia, você arrumou sua mochila? - Pergunta Lílian a Sofia, que está amarrando o cabelo.

- Você quer dizer sua mochila? - fala Sofia sorrindo e finalizando o nó. - Sim, eu arrumei. E acho bom você tomar cuidado, está um pouco pesada.

Lílian sai do quarto revirando os olhos. Pego a mochila e Sofia ergue algo em minha direção, uma... lixa de unha.

- Segura pra mim? – pede, já largando o objeto em minha mão e se abaixando para amarrar as botas.

Eu rio, aceitando o objeto e o colocando em meu bolso. Me perguntando onde ela conseguiu algo tão inusitado assim.

A loira sinaliza para sairmos do quarto; eu segurando minha mochila pela alça da direita, e Sofia cantarolando uma música animadamente enquanto veste sua blusa de frio. Caminhamos até a porta de saída, na garagem. Ethan segura um pente de balas na boca enquanto monta a arma, mas isso não o impede de sorrir para mim e Sofia. Jason pega bombas de gás, pousando o arco nas costas apenas por um segundo para cumprimentar Sofia. Max coloca o comunicador no ouvido, encaixando duas armas nos coldres subaxilares. Ele escuta Lian com atenção enquanto o garoto explica como fazer os comunicadores funcionarem caso perdessem contato. Lílian está ao lado de Max, fingindo que escutava enquanto carregava uma arma e brincava com os sais naturalmente. Ele lhe entrega um comunicador e uma arma, e Lílian aceita quando Max lhe passa uma faca para amolar os sais.

Subitamente, minha cabeça começa a latejar.

Ethan caminha na minha direção e eu sorrio para cumprimentá-lo. Usa uma blusa preta, jaqueta, calças jeans e tênis. O cordão com a cruz balança em seu pescoço enquanto ele coloca a pulseira com o número quatro no pulso.

- Assim que passar por essa porta não tem volta. Então se quiser desistir agora é só falar - implica sorrindo.

- Eu não desisto tão fácil – retruco.

Ele me entrega um comunicador.

- Prove isso pra mim.

Respiro fundo enquanto o portão se abre. Eu precisava provar a todos que iria ajudar. Precisava provar que também estaria com eles. E isso me deixa nervosa.

Ao meu lado, Ethan cutuca minhas costelas levemente.

- Hmm, sabe, Sam, buscar os seus amigos não significa que você precise ir embora.

- Ethan, eu te ajudo em uma missão, e você arruma o localizador pra mim - digo firme. - Esse é o plano.

Ele assente, se afastando por fim.

Esse é o plano.

Max se vira para nós, gesticulando com a mão:

- Vamos rodar, otários.

O ar do lado de fora está frio. O vento é úmido e forte. Dirigimos até um viaduto, a paisagem completamente destruída e sombria. O Esquadrão 22, de Ed, posiciona as bombas de gás, que serão ativadas assim que o caminhão passar. Quando as bombas forem acionadas, os Esquadrões 4 e 15 vão entrar atirando e depois saquear o caminhão. Outros Esquadrões também vão roubar outros caminhões não muito longe daqui, o que torna ainda mais fácil caso algum Esquadrão precisasse de ajuda.

A Rebelião {1°Vol. Da trilogia A Rebelião}Onde histórias criam vida. Descubra agora