06. Novas Sensações

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DEFINITIVAMENTE sou tomada por uma sensação estranha, meu corpo todo treme, não sei exatamente pelo que ou o motivo pelo qual isso está acontecendo

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DEFINITIVAMENTE sou tomada por uma sensação estranha, meu corpo todo treme, não sei exatamente pelo que ou o motivo pelo qual isso está acontecendo. Não é possível que em duas horas que nos conhecemos ele tem algum tipo de efeito sobre mim. Ele me guia para o fundo do salão, no qual uma porta de uns três metros de largura e dois de altura levam a um jardim magnífico — contendo vários tipos de flores como Orquídeas, Copo-de-leite, Margaridas, Girassóis. Uns três passos para a frente há um banco de madeira envernizado, extremamente liso, mas muito lindo, com algumas rosas vermelhas em volta dos nossos pés. É como se eu tivesse viajado para um Universo diferente, completamente vazio, onde não tem pessoas, somente o cheiro maravilhoso das flores ao meu redor.

      — Então... Clary. — Ele rodeia o lugar com os olhos e em seguida vira-se para mim. O olhar dele é tão fundo, que eu me sinto em um exame de raio-x. — O que está achando da festa?

      — Ah, eu estou amando — respondo, com um toque de empolgação, mas me contenho. — Quer dizer... estou achando legal, na verdade, eu nunca fui em una dessas, sabe. Eu acho que a festa mais chique que eu fui na minha vida toda foi a minha festa de formatura da faculdade.

      — Você é jornalista, não é? — Apenas assinto. — Formou quando?

      — Me formei no final do ano passado. É...

      — Legal.

      Parece que o assunto morre. Se bem que nem temos o que falar, nem se quer nos conhecemos. Teria que ser ao contrário: quando não se conhecem não conseguem ficar sem se falar para se conhecerem melhor, mas, na verdade, isso não acontece comigo, porque essa pessoa com quem eu estou conversando é o meu futuro marido. Isso é muito estranho, definitivamente. Eu vou ficar com alguém por escolha do meu pai. Estou me sentindo aquelas garotas de antigamente, que os pais escolhiam o noivo e você era obrigada a casar aos quatorze anos. De certa forma, eu poderia ter conhecido ele, em uma outra situação, em uma outra hora, por acaso.

      — Você quer mesmo fazer isso, Clary? — A voz dele primeiro ecoa pelos meus ouvidos e depois em cada célula de mim, mais tarde eu entendo que ele está me chamando. — Clary, você está bem? Está cansada? — De repente, eu escuto o que meu pai me disse: 4° Não pareça confusa, tudo o que eles disserem você apenas concorda.

      — Eu estou bem sim. Eu estou um pouco cansada. Será que posso ir embora, eu... — Começo a me levantar antes que eu o bombardeasse com um monte de xingamentos, que nem sou capaz de pensar agora. — Até mais, Mike.

      Não deixo ele falar, apenas saio arrumando novamente a saia do vestido, procuro meu pai pelo salão, demoro um pouco, mas vejo que ele está falando com uns caras que parecem empresários extremamente bem sucedidos.

      — Pai — cochicho perto dele. — Pai.

      — Foi um prazer conhecê-los. — Eles apertam as mãos uns dos outros e então meu pai coloca a mão em minha cintura e saímos de perto deles.

      Ele me obriga a me despedir dos pais e da irmã de Mike. Todos dizem que me adoraram e que eu sou uma garota incrível. Mal podem esperar para me ver em uma reportagem. Pelo menos algo nós temos em comum: também quero me ver em uma reportagem. O meu trabalho no Green Hall Hotel não está sendo um dos melhores, inclusive eu demorei para fazer o meu chefe aceitar que eu precisava vir nessa festa. Contei a situação do casamento e ele assentiu, mas vou precisar trabalhar à tarde no próximo final de semana. Até lá espero que a Lori esteja boa em cuidar da mamãe. Na verdade, a mamãe entende que eu preciso trabalhar, eu dou um remédio antes de sair, se ela precisa de soro eu coloco e quando acaba ela sabe como fechar, ou eu falo com a nossa vizinha, Dora, e ela vai lá de vez em quando.

      Finalmente​ chegamos em casa depois da festa, meu pai insistiu para que ele voltasse de carro para casa, não quis me opor já que ele sabe o que faz. Começo a entrar em casa assim que vejo o carro dobrar a esquina, mas ouço a voz da Violet.

      — Uau, Clary. Aonde você foi assim, toda arrumadinha. Quer dizer... tão linda! — Ela vem me abraçando e mexendo no meu cabelo, me examinando como seu eu fosse um extraterrestre e eu dou risada dela.

      — Você está parecendo uma cientista maluca examinando uma doença nova. — Damos risada novamente e eu a abraço. — Eu estava em uma festa com o meu pai. — Ela arqueia uma das sobrancelhas. — Longa história, Vi. Depois a gente conversa, são três da manhã. Você viu se a Lori saiu?

      — Se eu mentir vai fazer você ficar feliz?

      — Ela saiu, né? — Reviro os olhos.

      — Sim, mas foi há uns minutos...

      — Minutos, Violet? Certeza?

      — Sim, tenho. Ela precisava fazer alguma coisa?

      — Cuidar da minha mãe enquanto eu saí. A Lori​ vai me causar problemas de novo. Enfim, desculpa, Vi, obrigada. Amanhã a gente se fala.

      — Que horas você volta do Hotel?

      — Lá pelas sete. Vamos fazer alguma coisa?

      — Vamos tomar um café, eu pago.

      — Ótimo, até amanhã.

      — Até, amiga.

      Nós nos abraçamos e eu entro em casa. Eu só espero que a Lori realmente tenha saído há minutos e não horas, porque eu não estou em casa há sete horas, se algo podia acontecer, com certeza aconteceu e eu não posso deixar nada acontecer com a minha mãe.

       — Lori, eu te mato se acontecer alguma coisa com a mamãe, tá! — digo, quase em voz alta enquanto eu desfaço a trança do meu cabelo.

      Tiro o salto e jogo no meu quarto e corro para o quarto da minha mãe. Ela está deitada, sem soro e respirando fraco.

      — Mamãe?

      Mexo nela e consigo virá-la de lado, sua respiração volta ao normal e ela dá uma piscada e abre os olhos.

      — Lori.

      — Não, mamãe, sou eu... a Clary. Lembra de mim?

      Ela estende a mão para o meu rosto e dá um suspiro.

      — Mamãe?

      — Clary... sim... a sua irmã cuidou tão bem de mim que eu achei que fosse você, quase confundi as duas.

      — Sabe aonde ela foi?

      — Não.

      Reviro os olhos e eu não quero nem pensar onde ela pode estar agora.

      — Ah, mamãe, logo você vai fazer a cirurgia e as quimioterapias, em breve, mamãe. — Dou um beijo em sua testa, fico ali mais uns minutos, mas ouço a porta bater. — Lori?

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Contratada Para Amar | concluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora