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CHEGAMOS ATÉ a recepção do hospital, que tem um piso de porcelanato, tão branco que chega a arder os olhos, a bancada é um mármore bege, â esquerda tem uma lanchonete e depois um corredor cheio de portas, aonde são os quatros. Uma enfermeira passa na nossa frente então eu e a Myllena vamos para o balcão.
— Bom dia, com licença — chamo a recepcionista. — Meu pai, Norman Clouseau Highgate, está internado aqui. Meu irmão, Jack Highgate, está como acompanhante. Eles vieram por volta das onze e meia.
— Bom dia, só um momento, vou verificar. — Ela dá um sorriso e abaixa os olhos para a tela do computador. — Ele está no apartamento 109, mas no momento está em uma Ressonância Magnética. Podem esperá-lo aqui na recepção ou no quarto, é no final do corredor 3, vire à esquerda. — Ela entrega para mim e para Myllena então vamos.
Seguimos em direção ao quarto, Jack está sentado na poltrona azul claro que tem ao lado da cama. Ele está mexendo no celular. Myllena chega perto, eles dão um beijo rápido e ela senta ao lado dele e eles ficam de mãos dadas. Eu dou um beijo em sua bochecha e fico de pé ao lado da cama. O quarto é pequeno, mas limpo e arejado. Tem um frigobar com duas garrafas de água sem gás, um iogurte de maçã e uma banana. Um armário pequeno com mais uma coberta e um travesseiro brancos. No banheiro tudo é compacto e muito bem limpo, com toalha de banho e resto novas e brancas. Volto para o quarto.
— O que você acha que causou isso? — Ele estava bêbado? Jack, me conta a verdade! — Eu realmente estou parecendo louca, uma maníaca atrás de uma resposta.
— Não sei. — Ele aperta a mão da Myllena. — Acho que não. Ele estava bebendo água, se levantou e caiu no chão. Não estava levantando então eu peguei ele e trouxe. Logo os médicos fizeram vários exames e agora está fazendo outro.
— Uma Ressonância Magnética — completo.
— Agora a gente tem que esperar o médico falar o que realmente é. Vamos parar um pouco. Já eles voltam — Myllena intervém.
Ficamos em silêncio por uns dez minutos. Eu não descarto nenhuma possibilidade de meu pai ter bebido. Logo que eu paro de pensar um pouco nisso, meu celular vibra, mensagem da Lori.
Mana, o que aconteceu? Tudo bem?
Oi, mana. O pai está fazendo uns exames, estamos esperando aqui no quarto, quando ele estiver aqui vou falar com o médico e eu falo com você. Está bem?
Me fala tudo o que acontecer aí.
E a mamãe?
Ela está bem, assistindo televisão, esperando notícias.
Ah, tá. Bom, até depois então. Tchau.
Tchau.
— Quem era? — Myllena pede.
— A Lori. Querendo saber das coisas... — Nessa hora uma enfermeira entra com o meu pai, ajudo ele à deitar na maca e arruma o soro.
— Ele está um pouco cansado agora, não cansem mais ele, por favor. Um de cada vez. — Ela sai do quarto.
Ficamos conversando, na verdade, ele não fala muita coisa. Peço para o Jack e a Myllena saírem, porque eu quero falar com ele à sós, mas na hora que eu vou começar a falar alguma coisa o médico entra na sala.
— Bom, senhor Norman, o seu estado é bom. O resultado da Ressonância Magnética sairá no final da tarde. Vai precisar passar a noite aqui. — Ele escreve algumas coisas em uma prancheta e deixa na mesa ao lado da maca.
— Posso falar com você? — peço, e ele assente.
Saímos do quarto, Jack e Myllena entram.
— Por que deu isso nele? É bebida?
— Não, Senhorita...
— Clary.
— Não, Senhorita Clary, não é nada de bebida. Ele simplesmente teve uma queda de pressão, mas para todos os efeitos, eu resolvi fazer alguns exames mais avançados, porque se há algo que precisa ser identificado, que seja com antecedência, caso precise de tratamento.
— Está bem. — Solto um suspiro de alívio. — Obrigada.
Entro no quarto e sorrio para o meu pai. Aliviada pelo fato de a bebida não ser a causa disso tudo.
— Podem ir, vão ver a Lori e a mamãe. Eu cuido dele. Ele vai dormir aqui, não tenho problema com isso — falo.
— Tá bom. — Jack se levanta. — Tchau, pai. Melhora logo.
— Tchau, Norman — Myllena assente com um sorriso no rosto e os dois saem de mãos dadas.
Não conversamos muita coisa. Uma hora depois trazem o almoço e eu o ajudo. Ele dorme e eu converso um pouco com a Lori por telefone. Acabo pegando no sono na poltrona. Quando acordo o meu estômago está roncando de fome. Lembro que não almocei, vim direto e não comi nada. Saio para ir à lanchonete comprar um lanche.
Pego um suco de laranja, um sanduíche natural de peito de peru e tomate e me sentei em uma mesa. Como meu lanche bem tranquila. Depois de meia hora volto para o quarto. Assim que chego na porta ouço uma voz feminina, mas não era uma conversa de enfermeira.
— Ah, meu benzinho, eu sinto muito por ver você nessa situação. Melhora logo e a gente volta para casa, amorzinho. Tudo bem? — Olho de relance e pelo jeito percebo que é a amante dele, não aguento, o meu sangue ferve tanto que entro com tudo e encaro ela, furiosa.
— Escuta aqui, vadia. Você sabe o que fez com a família dele? Pelo jeito não, né? Olha aqui, a ex-mulher dele tem câncer, vive em uma cama há dois anos. A filha dele ficou péssima e se afundou na bebida, e o outro filho se mudou porque ficou com raiva dos pais, foi morar em Nova York. Você, por acaso, sabe quem causou tudo isso? Exato. Você. Eu só não te xingo de outras coisas porque eu sei que não leva à nada. Eu só quero que você suma. Saia da vida da gente. Do meu pai e dos meus irmão. Sai daqui agora. Eu não quero te ver nem pintada de ouro — prossigo, ela está calada e paralisada. — Para com esse show. Você não ama nada. Dá para ver na sua cara. Sabe que ele recebeu uma indenização gigante por causa de um acidente na Usina que trabalha, não sabe? Pelo jeito você não tem noção de como é destruir uma família. Agora saí daqui antes que eu dê um tapa na sua cara. Quer saber.... — Abro a mão e dou um tapa na cara dela, tão forte que fica a marca dos meus dedos, os cabelos loiros de mexem pelos olhos e ela coloca as duas mãos em cima do hematoma. Sai me xingando baixinho.
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Contratada Para Amar | concluída
RomancePode a vida de uma garota virar de cabeça para baixo por causa de um pequeno contrato? Podem as pessoas da sua própria família se virarem contra você? A resposta para essas e mais perguntas é sim. A vida de Clary Highgate vira de pernas para o...