16. Adiantar?

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962 palavras

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— Papai! — Lori dá um sorriso e pula no colo dele, o abraçando como se ele tivesse dado à ela a melhor notícia do ano, considerando que pode ser verdade, também o abraço

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— Papai! — Lori dá um sorriso e pula no colo dele, o abraçando como se ele tivesse dado à ela a melhor notícia do ano, considerando que pode ser verdade, também o abraço. Olho para a minha mãe, ela está sentada à ponta da mesa, com os braços cruzados e o olhar vago.

— Que fique bem claro que eu não vou voltar com você — minha mãe insiste na hipótese de que ninguém merece uma segunda chance, a não ser que essa pessoa seja seu filho, além disso, ninguém mais merece uma segunda chance, ou seja, para ela as pessoas precisam ser boas no primeiro contato, caso contrário, ela te odiará eternamente.

      Há coisas com que eu não concordo sobre os pensamentos da mamãe, mas mesmo assim não discuto.

Depois de alguns minutos a minha mãe acaba dormindo e meu pai fica a tarde inteira conversando com a Lori no sofá. Eles estão tão entretidos que nem ligam quando eu e o Jack quase quebramos a cozinha fazendo bolo.

— Você não precisa voltar ao trabalho? — ele me pergunta, enquanto me ajuda a bater o bolo.

— A minha colega de trabalho vai cumprir o meu horário.

— Mas e daí, você não recebe menos?

— Contando que o nosso chefe só aparece lá em duas situações: ou quando é dia de pagamento ou quando alguma celebridade se hospeda lá, o que não acontece com tanta frequência. — Dou de ombros e coloco a massa na forma. — Liga o forno para mim. Duzentos graus, por favor.

— Claro. — Ele faz o que eu peço e vai até o forno. — E sobre o seu casamento? — Ele senta-se na cadeira.

— O que quer saber, afinal? — Limpo as mãos no pano de pratos.

— Quando vai ser?

— Bom... — Sento-me a frente dele. — Vai ser em seis meses. Não sei muita coisa.

— Como não sabe?

— Digamos que o papai querido arranjou esse casamento para mim. Eu só aceitei essa baboseira porque ele vai me ajudar a pagar o tratamento da mamãe, já que se depender do meu salário no hotel eu ia levar a minha vida inteira para arrecadar todo o dinheiro... — Ele abriu a boca.

— O papai está te obrigando, mas o que ele fez? — Noto que papai está vindo em direção de Jack e me levanto rapidamente.

— Ele não está fazendo nada disso.

— Me explica isso direito, Clary.

— Explicar o quê? — meu pai pede.

— Nada. — Vou verificar o bolo no forno.

— Clary, será que você pode levar eu e a Myllena para dar uma olhada em alguns apartamentos para a gente comprar? — Ele troca de assunto e eu assinto.

— A Clary vai trabalhar agora, pode deixar que eu levo vocês — meu pai intervém.

— Não, eu peguei a tarde de folga, vou com eles. — Sorrio. — Você pode cuidar do bolo caso a gente não chega a tempo?

— Claro, amorzinho.

Para todos os efeitos eu aviso a Lori sobre o bolo no forno, ela diz que vai cuidar para mim. Então vou para o quarto e me troco para sair com eles. Coloco uma calça preta, meio moletom, coloco uma blusa de lã vermelha e uma botinha preta. Solto o cabelo, que está cacheado por causa do coque. Então nós vamos com o carro do Jack.

Vamos para vários lugares, tanto pontos caros quanto pontos baratos da cidade. A Myllena gosta de muitos, mas Jack não é muito flexível. Vejo que ele não consegue se concentrar direito.

Chegamos em casa lá pelas cinco horas da tarde, mas o Céu está pálido e o Sol está escondido atrás de algumas nuvens, só é possível ver alguns borrões amarelos no céu. Às vezes o Céu parece se esconder atrás das nuvens e não querer sair. Sou como uma nuvem carregada: a qualquer momento posso despejar, parar em um lugar e despejar toda a água que tem dentro de mim. Como se eu fosse um pano molhado que está prestes a ser torcido porque está muito pesado.

— Que bom que você chegou, filha — meu pai diz, enquanto estou tirando o casaco e pendurando ao lado da porta. Para quê? penso. Então me viro para o sofá.

Os pais de Mike, Mônica e Joey, estão sentados em nosso sofá. O meu pai e a Lori estão sentados à frente deles. Myllena e Jack já se aproximam, enquanto eu dou passos lentos.

— Jack... Myllena, esses são Joey e Mônica. Os futuros sogros da nossa Clary — ele diz, em um tom ameaçador, mas com um cinismo no final. Todos nos cumprimentamos e eu me sento ao lado da Lori.

— Oi, Clary — Mônica diz e Joey repete.

— Oi — digo.

— Está uma delícia, você que fez? — Mônica pergunta, mostrando o bolo, que está em cima da mesa de centro.

— Sim. Mil desculpas pela grosseria, mas por que estão aqui à essa hora? — peço.

— Bom... — Joey começa. — Viemos porque estávamos vendo, como falamos ao seu pai, o casamento seria dia doze de Setembro. Em seis meses, certo?

— Isso. — Faço com que seja o mais convincente possível.

— Mas ficamos sabendo que a sua mãe não está melhorando e não tem porquê ficar adiando, sabemos como essa doença é complicada, queríamos adiantar esse casamento, para que a situação não fique pior. O que você acha?

Hum... — murmuro, mas com um tom de dúvida, eu não quero adiantar tudo, quero esperar, esperar para que algo aconteça entre a gente, ou ao menos não fique um clima tão estranho. — Eu aceito, mas o casamento do meu irmão é em menos de um mês, podemos esperar o casamento deles? Enquanto isso só organizamos as coisas, mas o casamento pode ser depois do casamento do Jack?

Todos se entreolham, eu estou na esperança de que meu pai não dê algum motivo para adiar o casamento do Jack. Eu não quero estragar o casamento de quem realmente quer isso.

Contratada Para Amar | concluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora