12. Mês Que Vem.

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1.008 palavras

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VOLTO PARA CASA com a Lori. Ela está toda sorridente, gostaria muito de saber o que se passa na cabeça inconsequente dela, quais são os seus pensamentos e desejos e vontades, seus sonhos e seus objetivos. Gostaria de saber no que ela pensou quando me disse nada que você não queira, maninha. Gostaria de saber das suas fantasias, na verdade, não, mas tudo bem.

Chegamos no portão de casa, enquanto ela entra eu sinto o meu celular vibrar, ainda não é nem meio dia. O meu celular vibra mais uma vez e eu me dou conta de que são mensagens de um número não salvo.

      Oi, Clary. É a Myllena, esse número é o meu novo. Desculpa o incômodo, eu e o Jack estamos na cidade, ele queria encontrar vocês. Quando pode?

Oi, Myllena, posso sair agora.

      Estamos hospedados no Top Tower Atlanta. Tem um restaurante aqui há duas quadras. Pode ser agora? Vamos almoçar?

Tá bom, vou pegar um táxi e já estou aí.

Está bem, já vamos para lá também. Até.

Até.

Coloco o meu celular na bolsa, olho pela porta e a Lori está andando pelo corredor. Grito para ela:

— Lori!

— Oi. — Ela se aproxima do portão.

— Eu vou me encontrar com o Jack. Você toma conta da mamãe? Eu vou almoçar com ele e com a Myllena.

— Ah, claro que eu cuido dela, Clary. Eles vem hoje?

— Não sei. Eu vou falar com eles e te mando mensagem. — Ela pisca o olho direito e entra em casa.

Como o restaurante que a Myllena me falou não é tão perto eu ando uma quadra e pego um táxi. Normalmente eu não foco muitos nas coisas que passam através das janelas, mas hoje o dia está tão lindo. Eu não sei o que está diferente nele, não sei se é o Sol, a posição de alguma estrela — que não aparece de dia — ou se eu estou diferente, por algo que eu também não sei. Normalmente eu não ligo muito para os detalhes à minha volta, para as torres, os prédio ou até mesmo as pessoas. Tantas vidas diferentes, pessoas indo felizes ou tristes para casa ou para o trabalho.

O taxista me deixa na frente do restaurante, ando alguns passos e é extremamente lindo, todo de madeira, mesas envernizadas em meio há várias flores e árvores. Já que não vejo nem o Jack nem a Myllena eu resolvo escolher o lugar. Uma mesa na parte lateral, que tem uma vista para uma ponte onde em baixo tem um lago cheio de peixes de várias espécies. Uns cinco minutos depois que eu me sento eles vêm na minha direção.

Myllena está um pouco mais diferente desde a última vez que eu a vi. Os cabelos loiros agora estão em um tom de ruivo. Bem bonito, e eu particularmente acho que combina mais com o seu tom de pele. Ela emagreceu bem, não que antes ela não fosse magra, porque ela sempre foi extremamente magra. Acho que pode ser aquelas dietas que as noivas fazem antes do casamento.

Jack está o mesmo, como uma pequena diferença no corte do cabelo, mas nada que mude a sua personalidade, eu acho. Um sorriso largo como sempre. O porte de um atleta de futebol americano do último ano do Ensino Médio. Nunca mudou.

— Jack, ela está ali — Myllena diz, então ela vem na minha direção, de mãos dadas com o noivo.

— Mana! — Jack me abraça. Por um instante eu só quero sentar e conversar. Me livrar de Jack. Porque ele nunca ligou para mim. Em um passado distante eu até quis ser igual a ele, mas quando ele descobriu a doença da mamãe: saiu de casa na hora.

Concordo com o afeto dele, então sentamos à mesa que eu escolhi. Pedimos os nossos almoços e começamos a conversa.

— Eu não vou mentir — Myllena começa. — Nós viemos aqui para entregar o convite do casamento. — Ela tira o convite da bolsa. A data é daqui um mês. Olho no verso e vejo: Sr. Norman Clouseau Highgate e família.

— Você sabe que o papai sumiu, não sabe? Você estava lá, ele foi embora um mês antes de você. E também sabe que a mamãe está com câncer, não é? Jack, a mamãe não tem forças nem para andar da cama para a cozinha. Você não se importa, não é mesmo? — Eu estou vendo que a Myllena está chateada, mas eu não posso deixar de falar tudo o que eu preciso para o Jack. Ela insistiu em vir. — Jack, pelo amor de Deus, a mamãe não pode ir. O papai não está com a gente.

— Está sim — Jack murmura. — Eu sei que o papai está aí. Ele me ligou. Disse que está tudo bem e que ele está feliz pelo meu casamento. Pelo menos alguém está feliz com isso. — Ele soa extremamente frio.

— Jack, eu estou feliz pelo seu casamento. Sempre vou estar feliz pelas suas conquistas, mas não acredite no que o papai te disser. Ele é mentiroso, você deveria saber disso, por tudo que ele já nos fez passar.

      — Parece que não é só você que vai se casar aqui — murmuro tão baixo que eles não me escutam.

      Os dois parecem perplexos, Jack baixa a guarda e ameniza o que me dissera. Não tivemos uma conversa muito longa depois disso. Ele apenas me deixa em casa e eu disse que amanhã cedo ele pode vir visitar a mamãe. Nos despedimos e eu entro em casa. Passo pelo corredor e olho o quarto da Lori, ela está dormindo. A minha mãe também dorme. Então vou fazer algumas coisas e logo vou para o quarto.

Ligo a banheira para encher e tiro a roupa. Me olho nos espelho e vejo que o meu corpo não é nada demais. Tenho cintura, é a única coisa com que eu me animo um pouco. Tiro o pensamento da noite de núpcias — que não aconteceu e provavelmente não irá acontecer — da minha cabeça e entro na banheira. Como sempre, abro uma garrafa de vinho seco e encho uma taça.

Contratada Para Amar | concluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora