Capítulo 4

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-Você se lembra dá sua conversa com o Agente Campbell?

-Perai, você...?!

-Sim, "vizinha com tuberculose". Acho que nem você acreditou! E ele tem toda razão, você fica tempo demais enfurnada nessa casa!

-Não tenho porque falar da minha vida pessoal com você Matte. O que descobriu?

-Você já sabe.

Lizzie revira os olhos.

-Sem rodeios. Estou sem paciência.

-Um dos defeitos mais odiaveis de Kemil era sua mania por arrumação.

-E isso é um defeito?

-Pense bem Lizzie, Campbell lhe disse que Kemil era desorganizado!

-Tem razão... Então, isso quer dizer que ele não foi sequestrado na rua, como muitos pensam, mas sim em casa! - raciocina.

-Eureca!

-Mas Campbell também pensou nessa possibilidade, o homem pode ter entrado pela janela! E por que a casa estaria desorganizada? Kemil é um cientista! não é capaz de dificultar um sequestro a ponto de desarrumar a casa toda!

-Talvez eles quisessem atrasar as investigações...

-É... Pode ser...- concorda, apesar de saber que aquela hipótese era ridícula. -Allan, acha que consegue um registro de atividades dos países atacados? Quero saber se mais alguém sumiu.

-Poder até posso, mas são informações difíceis de conseguir. Por sorte, tenho meus contatos.

-Quanto tempo?

-Talvez um, ou dois dias.

(...)

A OSCU parecia mais movimentados a cada dia. Elisabeth estava se acostumando a isso, mas a bagunça aumentava gradualmente, tornando quase impossível não perceber o desespero de Peterson em resolver logo esse caso.
No entanto, naquela manhã, as pessoas pareciam mais agitadas do que o normal. Elisabeth se aproxima de Campbell e Benn, transparecendo sua curiosidade.

-Aconteceu alguma coisa? - indaga.

-Mais um cientista sequestrado. - murmura Benn, estranhamente respondendo a sua pergunta.

-A que horas?

-Acabou de acontecer. - responde Campbell. - Estou reunindo uma esquipe para vistoriar o local.

-Se permitir, gostaria de acompanha-los... - sorri de lado.

Era sujo demais brincar com os sentimentos do seu colega de trabalho, mas se isso ajudaria na sua investigação... Lizzie estava disposta a jogar.

-Não acho que seja necessário... - intervém Benn.

-Será um prazer, partiremos em meia hora. - diz Campbell.

-A equipe já está formada, Campbell. - murmura Benn.

-Peterson me deu a permissão de levar quantos agentes fossem necessários. E ir até lá não desempenha nenhum perigo na vida da Agente Becker, é apenas um cena de crime.

-Pois então você ficará responsável por ela, se algo lhe acontecer... Já sabe... não vou me responsabilizar pela vida dela.

-Podem ficar tranquilo! sei muito bem me defender, não preciso dá ajuda de nenhum dos dois.

Benn arqueia a sobrancelha, duvidando claramente das palavras de Elisabeth, e deixando explícito o deboche no olhar.
Minutos depois, já na casa do segundo cientista sequestrado só naquela semana, Becker descidiu acabar com o silêncio que pairava entre o trio desde a saida do correio, fazendo as perguntas que ela queria saber.

Agent BeckerOnde histórias criam vida. Descubra agora