Capítulo 45

819 102 17
                                        

-E ai? Alguém tem alguma idéia de como entrar? - questiona Benn.

-Fala mais baixo! Alguém pode escutar! - repreende Rostova.

-E ai, capitão? O que fazemos?- indaga Lizzie, cruzando os braços, afinal era ele quem estava no comando.

O capitão agacha um pouco mais, usando o tronco da árvore mais próxima como apoio para conseguir desenhar no chão de barro com a outra mão, redeada pelo montante de folhas que Campbell afastara.
Ele começou desenhando um quadradro bem grande no meio, e quatro circulos pequenos ao redor da forma geométrica, logo depois de uma linha enquanto explicava.

-Vamos ter quatro equipes. -inicia. - As três primeiras atacaram o lado de fora da base, e a última se encarregará de invadir o interior da base para eliminar os soldados que ainda estiverem lá dentro. Depois de diminuido o número de inimigos, a equipe 1 deixará o seu posto, e irá em busca dos reféns. Caso a equipe quatro consiga eliminar todos os soldados do interior, ajudem na extração com a equipe um.

-E quais são as equipes? -indaga Campbell.

-Cada agente vai liderar um grupo de pessoas. Equipe 1: Campbell, equipe 3: Becker, e a equipe 4 é com o Benn, vou cuidar da equipe 2.

Lizzie franziu levemente o cenho, ela não saiu numa equipe muito boa e não estava nem um pouco interessada em liderar um grupo de pessoas sabendo que precisava priorizar outras coisas.

-Alguém tem uma duvida? - questiona Moore, e todos permanecem em silêncio. - Então separem-se. Vocês tem dez minutos, ao final desse tempo, vamos invadir.

Elisabeth se levantou rapidamente, chamando Carnegie e alguns soldados que conseguia lembrar o nome graças à curta conversa que tiveram no meio do caminho. Ao todo, cada equipe tinha cinco pessoas, que não formavam um grupo grande, mas que ainda assim tinham o fator surpresa ao seu favor.

-Preciso que assuma o meu posto. - diz Becker, um pouco baixo para que somente Carnegie ouvisse.

-Seu posto? - pergunta confusa.

-Sim. Lidere a equipe nessa invasão.

-Quê?! Eu? E você?

-Tenho outras coisas pra fazer.

-E se alguém perceber?

-Você sabe o que fazer. Vai ser uma confusão, só precisa mentir que estou ali entre eles. Ninguém vai desconfiar.

-Ok...

Becker e o seu grupo caminharam em meio as folhagens até o outro lado da enorme base, e se esconderam à espera de algum sinal. Lizzie tomou o binóculos das mãos de Carnegie, e observou o lado oeste na mata, onde o capitão Moore estaria com sua equipe, pronto para dar o sinal.
O dia começava a clarear, e os vários soldados que caminhavam pelo campo fazendo a guarda do local pareciam ainda sonolentos, e muito pouco atentos ao que acontecia ao seu redor. O sol despontava seus primeiros raios entre as árvores da floresta, aparecendo logo atrás de uma das quadro montanhas que cercavam o vale. A floresta verde estava num tom meio alaranjado por conta da luz, deixando o ambiente nem muito claro, mas também nem muito escuro.
Elisabeth viu um pequeno reflexo de algo que provavelmente era vidro, vindo do oeste. Esse era o sinal. Retirando uma faca da bota, ela levantou e lançou o objeto cortante em direção à um dos soldados, ouvindo o som do objeto cortante perfurar o ar e se alojar bem no peito do homem, dando início a luta da equipe 3, que invadiu o campo sem pertanejar.
O silêncio do amanhecer imediatamente foi substituído por sons de tiros e gritos de homens feridos. Em meio a guerra que acontecia ali, Elisabeth olhou para Rostova, que movimentou a cabeça concordando, e saiu em busca da entrada mais próxima.
Elisabeth esquiva com facilidade dos homens que tentavam para-la, acertando socos e chutes naqueles que já não tinham mais balas. A luta mal havia começado e alguns não tinham mais armas, eles estavam totalmente despreparados para o ataque.

Agent BeckerOnde histórias criam vida. Descubra agora