Capítulo 52

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    Elisabeth desceu as escadas da casa, suspirando audivelmente por precisar acorda aquela hora da manhã. Ainda mais sabendo que hoje era sábado, dia de descançar e se ver livre do trabalho. Infelizmente, morar naquela mansão junto com seus colegas, significava que todo dia era dia de trabalhar.
     Ela caminhou até o salão onde todos costumavam tomar o café da manhã, mas estranhamente o local estava vazio.

-Eles estão na sala de reunião, minha menina. -diz Pietra, assim que a viu sair do salão com cara perdida.

-Já tomaram café? -estranha.

-Estão fazendo isso lá. Parece que seu pai queria poupar tempo.

   Lizzie movimentou a cabeça em agradecimento, e se apressou em chegar à sala de reuniões, sem se importar em corrigir Pietra ao usar o temo "pai" naquela frase.
    A reunião ainda não tinha começado quando chegou e tomou uma das xícaras de café perto da porta de entrada. Sentou ao lado do seu amigo Allan, e se pôs à beber o conteúdo com a melhor cara de concentração que conseguia em pleno sábado. Seu corpo estava cansado, e o cérebro ainda parecia sentir os efeitos do sono.

-Parece que alguém foi literalmente, chutada da cama. -provoca Allan, vendo seu estado.

-O despertador não tocou. -explica. -Justine que lembrou de me acordar. Ela é uma garota matinal.

-Que bom, agora você tem seu despertador humano. -diz Carnegie, entrando no meio da conversa.

-Bom...acredito que todos já estamos aqui, não é?- inicia Austen. -Allan, pode tomar a frente desta reunião e dizer o que descobriu.

       O cientista cruzou os braços e recostou o tronco do corpo na cadeira antes de ditar as primeiras palavras:

-Aparentemente não tem nada de errado. Ele não tem o nome sujo, muito menos está fichado na delegacia. A única coisa suspeita é a quantidade de imóveis no nome dele e da esposa. -diz Allan.

-Ele é um diretor de cinema...deve ganhar uma boa grana no ofício. -diz Campbell.

-Sim, concordo. Mas as propriedades são extremamente exorbitantes! Ou ele é um ótimo administrador, ou ganha propina através de um outro negócio. -contesta Allan. -Ele também é dono de um bar de acompanhantes noturnas. Acho que essa é à propriedade que mais se destaca entre as outras...porque parece ser uma boa fonte de renda...

-O bar tem alguma coisa errada? -Indaga Moore. -Dívidas?

-Não. Tudo em perfeito estado.

-Por que todo mundo esquece da carreira dele? -intervém Carnegie. -Ele é um diretor! Saí do país constantemente! O que tem de mais suspeito? Com certeza a possibilidade de entrar em qualquer país com o pretexto de gravar, ou divulgar um filme!

-Verdade...-sussurra Benn, pensativo. -Os negócios dele, podem coincidir com os da Maré Vermelha. Bem pensado Tamy!

-Sem contar que filmes é algo que gera muito dinheiro, grana que a Maré Vermelha pode usufruir. -fala Lizzie.

-Tudo bem...então temos realmente motivos para desconfiar do Wilker. Mas não passam de hipóteses, como pretendem investigar tudo isso? -questiona Austen, jogando os fatos na mesa. -Não podemos simplesmente acusar uma pessoa tão importante como ele sem provas.

-Mas ele não sabe que temos...-analisa Elisabeth, pensativa.

-Lá vem bomba...-sussurra Allan.

-No que está pensando, Becker? -indaga Carnegie, curiosa.

-Podemos abordar ele e dizer que já sabemos de tudo. -murmura de modo simples, como se aquela fosse a melhor idéia do mundo.

-Está louca? E depois acontece o que? No mínimo uma guilhotina! -exclama Campbell.

Agent BeckerOnde histórias criam vida. Descubra agora