-Senhorita Becker, que bom que atendeu ao meu pedido. - diz Austen.
O general, por algum motivo que Elisabeth ainda não sabia, fez questão de acorda-la às seis da madrugada para discutir assuntos que ele julgava de extrema importância. Mas conhecendo bem aquele homem, essa enrolação toda era para provavelmente dar uma notícia.
Assim que adentrou a sala, Lizzie franziu a testa ao ver que eles não estavam sozinhos. Havia um homem sentando de costas pra porta e de frente para o general.
Ela avançou pela sala de vagar, sentou na cadeira, e somente então olhou para o homem ao seu lado. Julie engoliu em seco, escondendo a surpresa de encontrar aquele ser desprezível ao seu lado. Suas mãos tremeram levemente, e seu coração acelerou três vezes mais com a raiva crescente no seu interior, mas mesmo assim, conseguiu manter as feições amenas e apertou bem o punho para disfarçar o nervosismo.
Aquele era Franklin McAlister, seu ex noivo.-Queria que conhecesse o soldado McAlister.
Franklin sorri educadamente para Elisabeth.
-E por que deveria conhece-lo?
-Ele faz parte da lista de homens que pretendo escalar para ajuda-los. Se lembra? Franklin vai liderar a minha equipe, e claro, seguir as ordens da sua equipe.
-Me acordou pra isso? - murmura cruzando os braços.
Lizzie sentiu algo errado no ar, ela sabia que Aneurin Austen nunca a considerou parte do grupo, quem dirá uma lider. Chama-la ali para falar à respeito da missão e não chamar Peterson ou Moore, era mais do que suspeito.
-General, se tem algo à dizer, sugiro que seja direto.
-Não confio em você.- diz de imediato.
-Awnn que amor, obrigada.- diz sarcástica.
-Então pedi para McAlister investigar mais sobre você... -continua, ignorando a provocação.
-Por que todo esse interresse? - questiona ela.
-Não sei... talvez porque alguma coisa em você sempre me incomodou.
-E encontrou essa coisa?
-Você tem um histórico limpo. - diz Franklin, se manifestando pela primeira vez. - Mas algo nos seus arquivos está incorreto.
-Sua tia Morgana. - Intervém Austen. - Aparentemente ela não existe.
Ambos os homens ficaram em silêncio analisando a reação de Elisabeth, mas a mulher era impossível de ser lida, pelo menos até ela estalar numa leve gargalhada.
-É sério? De onde vocês tiraram isso?
-Tenho contatos nos Estados Unidos. - responde McAlister. - Pedi à ele que investigasse, e não existe nenhuma Morgana Becker. A única, morreu à cinco anos por tuberculose.
-Em algum momento, disse que ela estava viva? -Indaga sarcástica, tentando se sair da situação.
-Ouvi Campbell comentando que você tinha uma tia doente...- murmura Austen.
-E isso prova alguma coisa? Essa foi apenas uma disculpa para dispensar as cantadas dele!
O general franze a testa, tentando encontrar a verdade nas palavras ditas pela mulher à sua frente, todavia, era realmente impossível ler o que se passava na mente dela, nem mesmo a emoção que estava sentindo. E isso só fez a sua curiosidade ser atiçada.
-Era só isso? - indaga Lizzie.
-Não e...
-Ok, tenho coisas mais importantes à tratar. Com licença.

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Agent Becker
ActionElisabeth, uma moça independente numa época totalmente machista que luta pelo reconhecimento do seu valor dentro de uma das mais secretas organizações do governo, a OSCU. Afastada da família após fugir aos Estados Unidos em busca da liberdade, aos p...