Lizzie deposita sua mala sobre a cama, suspirando profundamente enquanto analisava o quarto da mansão Austen que foi designado para ser seu temporariamente. O general se ofereceu para abrigar toda a equipe, alegando ter muitos quartos sobrando, mas se Elisabeth bem o conhece, isso era apenas uma maneira de vigiar a equipe e estar por dentro das descobertas.
Por sorte, aquela não era a mesma mansão que Becker viveu anos atrás, reviver cada lembrança do seu passado não estava lhe fazendo bem.
Depois de tomar um banho e trocar de roupa para algo mais confortável, ela decidiu não acomodar seus trajes no closet, até porquê não pretendia ficar muito tempo naquele lugar. Desceu as escadarias de forma lenta, mesmo sabendo que estava atrasada para o café que já não tomaria mais.-Agente Becker!
Elisabeth franze a testa, esperando que Moore se aproximasse e continuasse o que pretendia dizer. O homem terminou de descer as escadas e cumprimentou.
-Bom dia...
-Nos vimos à menos de meia hora. - murmura ela.
-É, mais ainda não te disse bom dia.
-Ok... queria falar comigo?
-Não vai me dar bom dia?
Lizzie revira os olhos.
-Bom dia.
-Isso não foi sincero...
-Queria falar comigo? - questiona ela, mais seca.
-Quero saber o que vamos fazer agora? Justine reconheceu o porto. E então? Como procedemos?
-Por que está perguntando isso pra mim?
-Porque você mesma admitiu ter contatos nesse país. Quando vamos nos comunicar com eles?
-Sabe onde fica a cozinha? - indaga ela.
Ele franze a testa pela mudança repentina de assunto.
-Sim...acabei de ir lá...
-Vai me dizer onde é ou não?
-Não vai responder minha pergunta?
-Não funciono bem de barriga vazia. - explica ela.
O capitão guiou a mulher até a cozinha, vendo ela abrir a geladeira sem rodeios algum e retirar um pão francês da dispensa, com queijo e requeijão.
Lizzie estava com saudade de comer o legítimo pão do seu país. Ela mordeu o canto, e só então ergueu uma sobrancelha para Moore, permitindo que ele continuasse a falar.-Está mesmo atacando a geladeira do general sem permissão? Isso não é ético!
Tecnicamente é a minha geladeira... - pensou ela.
-Você está me fazendo perder a paciência...- murmura ela.
Ele suspira, retomando o assunto.
-Quando vamos encontra-los?
-Vocês não vão. Eu vou.
-Nem pensar! Estamos nessa juntos!
-Meu contato não vai querer um bando de agentes do governo perto dele.
-E você é o que?!
-Uma velha conhecida...
-Sendo assim, não vamos nos identificar. Não sou burro, estamos em outro país! Tenho certeza que não seria reconhecido!
-Você está gastando meu precioso tempo, e estragando meu café da manhã com essa ladainha.
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Agent Becker
AçãoElisabeth, uma moça independente numa época totalmente machista que luta pelo reconhecimento do seu valor dentro de uma das mais secretas organizações do governo, a OSCU. Afastada da família após fugir aos Estados Unidos em busca da liberdade, aos p...