Elisabeth acordou sentindo um cheiro diferente no ar, ela espreguiçou o corpo lentamente e depois olhou na direção do final da cama ao sentir seus pés resvalarem em algo. Era uma bandeja de comida, certamente Pietra pensou que ela não gostaria de descer para o café da manhã com todo aquele clima estranho. Mas ela estava errada. Todos já sabiam a verdade, e não havia nada mais que pudesse ser feito. Lizzie pretendia seguir a vida e dar o espaço necessário que sua irmã merecia para pensar e processar no que descobriu na noite anterior, inclusive o fim do seu noivado.
Julie colocou um sobretudo longo com bostas de salto alto pretas, de um dia para o outro o clima esfriou drasticamente na região, tanto que ela desconfiava que pudesse estar nevando lá fora. Acomodou sua armas no devido lugar, e desceu as escadas da mansão Austen bem de vagar, imaginando que por conta do frio, provavelmente o café seria do lado de detro da residência.
Ela seguiu até o salão onde o almoço costumava ser servido, sem conseguir ouvir as falas altas do grupo pela manhã. Assim que adentrou salão, percebeu que todos estavam lá, mas ninguém ali parecia disposto a iniciar uma conversa, alguns por respeito ao general, e outros pela pura vontade de ficar em silêncio.
Sobre o olhar um pouco surpreso daqueles que estavam ali, Elisabeth tomou assento ao lado de Carnegie e Justine, começando a se servir do que mais gostava. Desde que chegaram, as três só se encontravam nesse horário.
Enquanto colocava uma fatia de queijo caseiro no pão, Lizzie iniciou uma conversa baixa com Carnegie, mas que devido ao silêncio do local, era perfeitamente audível para o resto do grupo.-Vamos sair agora cedo.
A russa franze a testa.
-Onde?
-Buscar informação.
-E precisa de mim pra isso?
-Não exatamente, mas sei que já deve estar cansada de ficar parada. Não é, Tamy? -se Carnegie era como ela, provavelmete deveria estar pirando nesse momento.
-Vou com você. - descide.
-Saimos assim que eu terminar de comer.
-Posso ir?- sussurra Justine.
-Não.
-Mas...
-Você é muito pequena, e não tem experiência em campo.
-Nunca vou ter se não puder ir!
-E esse é o objetivo. -murmura óbvia.
-Você vai até o Strekov? - questiona Moore.
O general encara Elisabeth, querendo saber se aquilo ela verdade.
-Está negociando com aquele sujeito? -questiona Aneurin.
-Sim.
-E como sabe onde encontra-lo?
-Ele é um velho conhecido... - explica ela, apesar de não querer.
-E um rato traiçoeiro! Você não deveri...
-Sei lidar com ele. -intervém cortante, encerrando o assunto.
-Nós também vamos. -diz Benn, depois de alguns segundos.
-Não...
-Vão sim. - Intervém Peterson.
-Não precisamos de tanta gente só pra pegar uma informação! - explica ela.
-Não importa. É uma ordem. - murmura cortante.
Lizzie quase revira os olhos. Peterson claramente estava incomodado e bravo pelo gelo que levou ontem anoite durante a conversa com Austen.
-Desde que não façam perguntas...- avisa a morena. - Não quero falar sobre o que aconteceu ontem, e tenho certeza de que algum energúmeno vai abrir a boca. - fala tranquila.

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Agent Becker
ActionElisabeth, uma moça independente numa época totalmente machista que luta pelo reconhecimento do seu valor dentro de uma das mais secretas organizações do governo, a OSCU. Afastada da família após fugir aos Estados Unidos em busca da liberdade, aos p...