Capítulo 57

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-Começou uma reunião sem mim, general? -questiona Elisabeth, entrando no escritório da mansão.

-Julie, você deveria estar descansando. -mumura Austen.

-Benn também, no entanto, ele está aqui. -Mordeu a maça na mão direita, e sentou ao lado de Carnegie. -Sobre o que falavam?

-Sobre as pastas que vocês trouxeram.-responde Campbell, ganhando um olhar atravessado do general.

-E o que descobriram? -indaga.

-A três primeiras, sobre os Membros, é totalmente inútil. Os agentes e colaboradores são tratados por apelidos, então é quase impossível saber quem eles são. Os únicos documentos que realmente revelaram alguma coisa, foram os papeis sobre os negócios da Maré. -Allan sorriu. -Descobri muita coisa! Como na outra pasta, eles usam codigos, mas esses códigos por se tratarem de localizações, são muito mais fáceis de decifrar!

-Já decifrou todos? -questiona Carnegie, sem acreditar.

-São três pastas, cada uma com sete folhas decodificadas! Só uma maquina faria isso em menos de cinco horas! -sorriu de lado. -Mas sim, consegui decifrar todas. Sou um gênio!

Carnegie revirou os olhos.

-E descobriu...? -incentiva Moore.

-Ah! Claro! -ele levantou. -Vamos às novidades!

Matte pausou por alguns instantes, dando um drama maior no que diria:

-Descobri os fornecedores, os pontos de entrega aqui nos Estados Unidos e...o local onde eles guardam os carregamentos mais importantes!

-Com isso já podemos derrubar à maré, não é? -fala Benn.

-Não tão rápido. Nós temos um problema...-murmura Allan. -Dos grandes...

-Desembucha Matte! -diz Rostova, cansada de tanta enrolação.

-Quais são as chances do governo emprestar uma base militar para um grupo de criminosos? Bom...a questão é que a localização das armas bate com uma base militar que supostamente foi destruída antes da segunda guerra começar.

-Se ela foi destruída, mas está ativa, o governo saberia, não é? -diz Campbell.

-Oh...mas que cocô...-sussurra Benn.

-Essa história é bem maior do que parece...-assovia Carnegie.

-É um furmigueiro. -acrescenta Austen. -Mexemos aí, e a bomba pode muito bem estourar nas nossas mãos.

-Se alguém do governo participa da Maré, então só uma pessoa de alto escalão vai poder nos ajudar. E Clarke já tirou o dele da jogada... -diz Lizzie. -Porque tudo indica que o nosso inimigo também tem um posto auto.

-"Nosso inimigo"?-repete Moore.

-Ah, sim! Esqueci de contar! -intervém Benn. -Quando estavamos infiltrados, um dos agentes se referiu ao Conselho como inferiores ao "chefe". Parece que uma pessoa só comanda tudo isso.

-O que torna tudo mais fácil...-diz Austen.

-Alguém já pensou na possibilidade deles virem atrás das pastas? De nós? Não somos mais agentes do governo! E se o chefe ainda é, tenho certeza que pode arrumar um jeitinho de incriminar todo mundo nessa mesa! -diz Allan, um pouco desesperado.

-É por isso que precisamos ser rápidos. -diz Lizzie. -Tomar uma decisão antes que eles pensem nessa possibilidade.

-De qualquer forma, a primeira opção seria tentar resgatar as pastas. -intervém Austen. -Incriminar ex agentes do governo é um pouco extremo e demanda muito trabalho. Se eles realmente são inteligentes, vão vir atrás de nós primeiro, e tentar no modo mais fácil!

Agent BeckerOnde histórias criam vida. Descubra agora