EUA- três semanas depois.
-Nós não podemos simplesmente cruzar os braços e esquecer tudo isso!- murmura Elisabeth.
-Já resgatamos todos os desaparecidos! - diz Benn.
Sim, afinal de contas eles encontraram todos os cientistas e soldados sequestrados na mesma base, o que descartou totalmente a teoria de que haveria mais uma base no Reino Unido.
-Temos que achar os responsáveis!- contesta ela.
-Já sabemos que os responsáveis são os russos. - argumenta Campbell. -Não podemos fazer nada à respeito! Atacar um país e provocar uma terceira guerra mundial?! Nenhum país aguentaria!
-Nos já explicamos que talvez a Maré Vermelha tenha algo haver! - diz Carnegie.
-A Maré Vermelha é só um mito! Historinhas para crianças dormir! - argumenta o general Austen.
Depois de semanas desde a invasão à base do vale, as equipes foram obrigadas a retornar aos Estados Unidos, pois tudo o que poderiam fazer naquele país já estava feito. Sabendo que a filha se afastaria novamente dele, o general Austen descidiu acompanhar o grupo junto de sua filha mais nova, alengando precisar resolver alguns assuntos com os americanos, o que Elisabeth sabia que certamente era mentira. Ela entendia que o pai queria se aproximar dela, mas não estava nem um pouco disposta em colaborar. Só aceitou essa desculpa esfarrapada, porque viu essa situação como uma oportunidade de passar mais alguns dias ao lado da sua irmã.
-Não é não. -defende Allan. -Estive investigando durante meses. Não digo que encontrei uma prova concreta que eles existem, mas percebi movimentos muito estranhos do grupo. Eles até me atacaram!
Elisabeth tosse com uma mão na boca, chamando a atenção do cientista.
-Sobre isso...- ela sorri de lado, olhando para o general Clarke, que até o momento não tinha se manifestado.
-Quê? - indaga o cientista, confuso.
Ele alternou o olha de Elisabeth para o general, sem entender o que sua amiga queria dizer. As peças demoraram a se encaixar na sua cabeça.
-Que filho de uma ramera. - sussurra.
Lizzie ri, ela conseguiu ouvir o que ele disse.
-O general Austen tem razão. - apoia Clarke. - Não existe nada que prove a existência desse grupo. O melhor seria encerrar o caso por aqui!
-Nada que prove?! Os soldados que atacamos nas bases, não eram russos! Bom... pelo menos não todos!
-Isso é verdade. - diz Moore.
-Isso só prova que temos traidores entre nós. - diz Peterson.
Elisabeth bufa.
-É melhor encerrar o caso por aqui, Becker. - aconselha Clarke. - Você tem uma pessima mania de desobedecer ordens.
-E por que teria medo de algo que não existe?
Clarke franze a testa, não foi exatamente isso que ele quis dizer com aquelas palavras, mas era isso que estava pensando no seu interior. Não havia provas contra a Maré, isso era fato, mas ele mesmo já viu varios soldados sumirem por tentar investigar isso à fundo. É perigoso. E queria Elisabeth bem longe de confusão, todavia, estava surpreso por ela ter descoberto suas intenções de protegê-la.
O general sorriu minimamente, num misto de orgulho e surpresa que somente Lizzie conseguiu distinguir.-Por que a surpresa, general? - debocha Lizzie. - Você me treinou, lembra?
-Sim, é por isso que te quero longe disso.
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Agent Becker
ActionElisabeth, uma moça independente numa época totalmente machista que luta pelo reconhecimento do seu valor dentro de uma das mais secretas organizações do governo, a OSCU. Afastada da família após fugir aos Estados Unidos em busca da liberdade, aos p...