No sentido não contábil - Parte 02

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— Como assim Braz? Olha deixa eu te explicar...

Ele me encara e cala apenas com um olhar. Seus olhos escuros me despem até a alma.

— Olha Túlio, esse assunto me cansa. Cansei disso, sabia? Não esquece de uma coisa: a empresa é minha, compro o que eu quiser e pago como quiser.  E não é um contador que não tem merda no cu que vai me dizer o que fazer na MINHA empresa. — Ele volta a amassar a bolinha e prossegue —  Sabe que o guri mandou eu enfiar minha empresa no cu? O que você faria no meu lugar? Dê-me um bom conselho... pelo nosso passado...

Ele sorri de novo da forma mais maldosa possível e me causa calafrios junto com um suador intenso. Merda, merda, merda! Maldito seja Camilo Júnior. Vou arrancar os bagos desse filho da puta.

— A não ser que... — Braz se levanta em todos seus 195 centímetros de altura e caminha bem lentamente fazendo a volta na mesa ficando as minhas costas. Sinto suas mãos grandes com anéis valiosíssimos a apertarem meus ombros tensos, massageando-os de forma deliciosa. — que possamos resolver tudo isso de uma forma mais rápida e simples.

Pensei em uma saída rápida.

— Vou demitir ele, claro, é uma forma de resolvermos esse problema... — Eu gaguejo. Blefe. Como vou dispensar o filho do patrão? — Na verdade dois problemas.

Ele continua a massagem em meus ombros, causando-me arrepios e despertando minha lascividade, fazendo com que eu me renda lentamente outra vez.

Braz se abaixa, mordisca minha orelha e sussurra:

— Acho que tem muito mais coisas pra me oferecer... — sua boca desce da minha orelha ao meu pescoço arranhando-me com sua barba de um dia como se fosse uma lixa.

— Meus serviços contábeis, é só que posso oferecer.

— Só? Já perdeu a família porque não tinha tempo para eles. Quer perder mais alguma coisa? Posso te dar e te tirar muitas coisas. — Ele sopra essas ameaças mansamente em meu ouvido.

— Braz, aqui não!  

Levanto-me aturdido demais e querendo me recompor, mas não tenho tempo sequer para formular um pensamento coerente, pois sou tragado num aperto feroz em seus braços muito fortes. — Me solta, ficou maluco, aqui não.

Ele não me ouve e com ferocidade tenta baixar minha calça social sem abrir minha cinta. Eu luto o que posso para não permiti-lo me dominar como já o fez em outras ocasiões. Consciente de que estou sempre em desvantagem, facilito o seu trabalho desafivelando a cinta e no mesmo milésimo de segundo ele baixa violentamente minha calça junto com a cueca até meus pés, me empurra contra sua mesa, fazendo curvar meu corpo sobre esta. 

Sinto um forte arrepio de tesão. Tesão pelo proibido, pela tensão e por Braz, o homem que atordoa meus pensamentos. De costas para ele percebo que baixou suas calças também.

De forma selvagem ele lambe uma de minhas nádegas subindo pela minha espinha até o pescoço. Lambe e morde minha nuca, esfrega sua virilha extremamente peluda em meu traseiro quando encaixa seu grande membro completamente ereto entre minhas coxas por trás fazendo movimentos de vai e vem sem penetração.

— Quanto tempo você não leva, hum? Faz um mês que a gente... — Ele sussurra em meu ouvido se masturbando e me batendo na minha bunda com seu pau pesado.

Braz beija meu pescoço chupando com força, o áspero de sua barba me enlouquece a ponto de me fazer soltar um pequeno gemido.

Minha excitação é cada vez mais desesperada, o que me faz me forçar contra seu corpo para obtê-lo mais próximo, dentro de mim. 

Ativo e Passivo - No sentido não contábil - ORIGINALOnde histórias criam vida. Descubra agora