Perdendo a Razão (Não o Razão Contábil) - Parte 01

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— Eu quero. — Minha boca só repete o que meu corpo já lhe diz.

Olhamo-nos por segundos de forma calma e apaixonada, para depois iniciarmos nosso beijo, o qual me imploro para não terminar. Estamos nus, um perante o outro, eu sentado sobre o vidro de uma mesa de escritório em pleno horário de trabalho com as pernas afastadas e Braz entre minhas coxas fazendo caricias nelas com as costas de seus dedos, muito lentamente do meu joelho até minha virilha, subindo e descendo torturando-me. Minhas mãos afundadas em seus cabelos o puxam mais e mais perto, para devorá-lo com minha boca onde ele enfia sua língua grossa.

- Braz... – Consigo gemer baixinho quando ele me priva de seu beijo para atacar mais uma vez meu pescoço e descer pelo meu peito onde acha um mamilo já aguardando por um toque de sua boca quente, sua língua fazendo círculos como uma espiral até a pontinha onde forma um biquinho duro. Ele é um tanto mau, por não me dar mais dessa carícia e descer lentamente do meu peito ao meu abdome firme com beijos doces olhando-me dentro dos olhos querendo ver como reajo, parecendo satisfeito com minhas reações.

- Olhos verdes... O que faço com você? – Braz diz erguendo-se, me levando montado em seu quadril até o imenso sofá preto, onde me deito para aguardá-lo sentindo arrepios deliciosos. – Seu pau é bonito, grande, gosto de macho que não se raspa todo.

Dizendo isso ele acaricia os pelos de meu púbis, toca meu saco com a ponta de seu indicador subindo pelo corpo do meu pênis até o orifício onde lambuza o dedo para desliza-lo pelo freio fazendo meu pau balançar involuntariamente quando abandonado, pois seu dedo desce lentamente por meu períneo cada vez mais atrevido.

- Cuida, por favor. – Estou com medo de ser penetrado achando em minha grande ignorância que isso irá "transformar-me" em gay.

- Levanta um pouco as pernas. – Eu envergonhado obedeço, deixando meu buraco virgem a mostra. – Hum, cuzinho rosa, quanto tempo não meto num botãozinho fechado assim.

Odeio as obscenidades que saem de sua boca sedutora, que me excitam ainda mais.

- Cala essa boca e me fode. – Digo cansado de sua enrolação. – Ahh...

Ele manda ver uma cuspida e logo aquela língua grossa força minhas pregas, algo que me incomoda na nossa primeira vez, aceitando completamente o fato que estou envolvido com outro homem e deixando-o me comandar. Não tinha a menor ideia quando tomei meu banho antes de ir para o trabalho que algo assim viria a me ocorrer, que para o sexo anal devia me preparar antes e me sinto meio constrangido mesmo vendo a empolgação dele ao me dar meu primeiro cunete. Suas imensas mãos seguram forte minhas coxas erguidas as quais ele separa ao limite máximo que posso suportar somente para fazer um caminho molhado pela saliva de sua língua do meu cú ao meu saco onde circula e chupa demoradamente cada uma das minhas bolas. Voltando a trilhar com a língua agora por meu pau duro como uma rocha.

Olho-o quando ele fecha os olhos e engole minha glande onde chupa com vigor, fazendo-me sentir o tesão que jamais senti numa chupada, certamente por ver um homem grande de aparência feroz de joelhos me dando esse prazer de forma oral. Ele para quando percebe que as reações de meu corpo são obviamente as que antecedem o gozo, sacudindo a pontinha da língua em meu frênulo onde dá-me um delicado beijinho e me sorri.

- Goza... chama eu nome... – A voz de Braz está rouca e entrecortada por alguns gemidos que ele mesmo não controla, abocanha outra vez a cabeça do meu membro me causando um desespero para gozar de uma vez.

- Braz, não para... – O som irritante de seu ramal tocando me desconcentra e ele larga-me naquele estado para atender.

- Jessica. – Ele diz à recepcionista. – Não estou para ninguém, não me liga, não bate na porta e desmarque com os outros, minha reunião vai demorar, entendeu?

Dito isso ele bate o telefone e vem em minha direção com seu cacete grosso, levemente moreno, cabeça meio arroxada de onde pende um fiozinho de sua baba que balança no cadenciar da imensa rola.

- Me fode de uma vez. – Arranjo coragem e imploro.

- Vou meter sim, se doer muito me diz. – Ele se dirige ao banheiro de sua sala me permitindo olhar seu belo e firme traseiro de macho, de lá volta com um sache de lubrificante íntimo. – Ainda fica vermelho com essa idade contador. Vira!

Meu constrangimento só aumenta ao virar-me de quatro, para ele lambuzar meu rabo com aquela coisa gelada me assustando um pouco, sorrio o que dura poucos segundos, pois seu dedo entra queimando me deixando apavorado com a dor.

- Que cú apertado, absolutamente virgem... Relaxa pra mim, Túlio.

- Porra, e como que faço isso? – Me altero com ele, falando alto e com minha braveza vem uma dor pior com a invasão perversa de dois dedos, que entram até o mais profundo que é possível, saindo e entrando ritmado. Naquele momento não creio que ainda existe algo que possa doer mais e me concentro em relaxar ou no mínimo não contrair mais meu ânus já dolorido.

Então ele força algo que haveria de me fazer gritar e chorar, perder as forças e implorar para não continuar. Meu cú não foi feito para receber um cacete tão grande, na verdade não entendo ainda porque estou levando pica de quatro, afinal tudo que sinto após as preliminares deliciosas é uma dor lancinante. Porque esse cara não tira, porque continua a me penetrar?

- Entrou tudo? – Pergunto baixinho quase sem força.

- Mal passou a cabeça seu fresco. Calma que o papai sabe comer um cara bem gostoso, relaxa...

- Devagar, Braz... – Eu sinto uma lágrima, mas é pelo sofrimento, nada mais que isso.

- Relaxa, vou dar uma estocadinha de leve.

Sim, sim eu sofri muito naquela manhã até aquele cacete ser enterrado em meu buraco apertado, tanto que pensei que seria impossível sentir prazer com aquilo, muitas estocadas eram insuportavelmente dolorosas, mas aprendi que nesse momento preciso curtir outras sensações como suas mãos possessivas me segurando pela cintura enquanto me come por trás, os pelos de sua barriga e peito já um tanto suados roçando forte em minhas costas, seu cheiro, seus dentes mordiscando meu pescoço quando seu corpão debruçado sobre o meu me possui.

- Tá gostoso? – Ele sussurra e meu pau acorda ao som de sua voz. Tenho aquele arrepio gostoso que é apenas por sua causa.

- Não para... Fode, me beija...- Estou dominado, enlouquecido e sendo fodido por um macho que está me deixando louco.

Ele mete cada vez mais rápido, meu pescoço tem que fazer um contorcionismo absurdo para ganhar seus beijos que ele também usa para abafar seus gemidos.

Ele geme gostoso antes de gozar, eu o pego me olhando apaixonado fechando seus olhos muitos escuros... Suspira pesado, morde meu ombro onde sinto agora sua barba a me arranhar.

- Que macho gostoso... – Braz me sussurra em meio ao seu orgasmo, posso sentir a intensidade porque ele me aperta com força enquanto arfa, geme baixo e suspira forte no meu pescoço. – Porra...

Ele demora a se recuperar.

- Me faz gozar... – Peço quando ele sai de dentro sentando com as pernas afastadas.

- Vem. – Me pede para sentar em seu colo de frente para ele com as pernas afastadas. Olho para o pau que acabou de me desvirginar que ainda está encapado e gozado. Então ele segura meu pênis duro em seu limite e masturba bem devagar sempre me encarando. Eu mesmo fico olhando seu bonito rosto de machão relaxado agora que boceja preguiçoso antes de beliscar meu mamilo que ele quase arrancar as vezes. Eu sinto o orgasmo vindo, espalmo minhas mãos em seu peito peludo puxando aqueles cabelinhos e fazendo-o reclamar. Ele sabe que estou para gozar e acelera a punheta.

- Que tesão, Braz... Ahhh– Não consigo gemer baixo então colo minha boca em seu pescoço e gozo, gozo quase ao ponto do delírio. – Que delícia, seu filho da puta.

Ele cai na risada e de novo lambe os dedos, odeio quando ele o faz e depois vem me beijar.

- Melhor que isso só se te pegar numa cama.

Saio de seu colo e vou para o banheiro me limpar um pouco, meu cú lateja enquanto caminho. Olho-me no espelho e apenas penso: "Está feito", ou seja, não dá para voltar e alterar alguma linha escrita de minha vida ou de minha história com ele, sorrio para mim mesmo e digo uma frase que meu pai dizia quando estava numa situação complicada. "Agora que estou no inferno mesmo, porque não abraçar o capeta?"

Ativo e Passivo - No sentido não contábil - ORIGINALOnde histórias criam vida. Descubra agora