Conto de Resultados - Parte 01

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Braz tem toda razão de reclmamar sobre ser cansativo dar conta de me "acalmar" sexualmente. Ficou meio desconfortável em transar deitado de lado sobre a minha mesa de jantar com esse braço incomodando, nem sei como não desmontou com nosso peso. Não consigo entender como a penetração anal, sendo dolorosa e muitas vezes desconfortável pode me dar tanto tesão. Porque anseio tanto por aquele pênis grosso entrando e saindo, atritando arduamente em minhas paredes anais, como consigo gozar deliciosamente quando estou com ele totalmente dentro? Como posso ter um homem tão gostoso?

Depois do banho, nós nos secamos e saímos com a toalha na cintura até o quarto.

- Braz, comigo você não usa preservativo. É porque você confia em mim ou porque não costumava a usar com ninguém?

Acho que esse tipo de assunto é sério demais, mas necessário. 

- De uns anos pra cá tenho usado com os caras com quem saí. Nem sei porquê com você parei de cuidar. Acho que por confiança cega. Porque essa pergunta?

- Em dezembro eu fiz aquela geral e está tudo ok, só que nunca falamos sobre esse assunto.

- Acho que com o grau de intimidade que nós dois temos, não tem porque ficar constrangido Túlio, esse negócio é coisa séria. Eu me cuido muito, pelo menos sempre cuidei até te conhecer. Mas nós dois podemos fazer esse exame por mim e por você, sem crise nenhuma, entendeu?

Eu sorrio e abraço ele.

- E o braço? Ainda dói, quando vai tirar essa coisa?

- Ei não encosta no meu braço. Está meio inchado.

- Fresco... Túlio eu sempre quis perguntar uma coisa. Eu fui o único cara?

Nossa, vou socar esse cara.

- Claro. Eu... já...disse que, claro que sim. Porra.

- Entendi tudo. É que foi muito fácil levar você para a cama, sendo que fui o primeiro homem. Lembra que no segundo dia que conversamos, bati uma para você?

Fico ali de boca aberta e totalmente incrédulo no que ouço.

- Fácil? – Meu sangue ferve naquele cruzamento da minha vergonha e o descaramento dele.

- Eu me senti atraído desde que te vi pela primeira vez... cara de moleque com esse nariz empinado, cabeça raspada, parecendo um cabo do exército...E esses olhos verdes que nem uma folha de alface.

- Alface? Mas alface é tão sem graça. – Falo rindo.

- Enfim, foi só uma curiosidade que tive. Se caso você já teve outras pessoas além da Iraci, não é da minha conta. O que importa é que adoro você e não vou perder, especialmente para aquele seu vizinho irritante. O Teseu.

- Eliseu.

- É a mesma coisa. Se aquela galinha ciscar perto de você... arranho a cara dele.

Me seguro para não rir de Braz, ele com ciúmes é hilário. Não queria ser o espírito de porco e acabar com a delícia do momento em seus braços, mas preciso tocar no assunto na versão do seu Camilo. Depois que conto ele comenta:

- Sinceramente, eu não fazia ideia de nada disso. Carlinho e eu fizemos sexo, não tive outros interesses no rapaz.

- Será que ele te seduziu porque soube que você teve caso com o Valentin? Por ciúmes meio que quis se vingar?

- Deixa isso pra lá. Merda, quanto mais mexe mais fede. Não estou entendendo mais nada. Vamos deixar acontecer daqui para frente. Já encaminhei a cópia da filmagem da câmera que registrou o seu atropelamento e logo vão identificar o condutor, você processa e pede proteção. Sabe como é a nossa justiça? Se ele for réu primário, se apresentar espontaneamente e ter residência fixa, o cidadão fica livre. Ou seja, não há como garantir nossa integridade, Túlio.E nem tem como viver com medo. Não adianta procurar a cabeça da cobra se você não tem coragem de mata-la.

Ativo e Passivo - No sentido não contábil - ORIGINALOnde histórias criam vida. Descubra agora