Quarenta e oito

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(Preparem os corações😦😦❤)

×Samyra×

Vera vai embora e eu fico no quarto pensativa. Será que a Alícia vai ser punida? Ou será que vão ser bonzinhos com ela?
Desperto dos meus pensamentos com Yanka entrando no quarto.

_A Salim comunicou-se com você, não foi?_Ela senta do meu lado.

_Sim. Pediu para que eu a deixasse sair._Olho pro chão._Pedido muito injusto para uma garota perdida e medrosa como eu. Não respondi quando ela falou.

_Eu sei._Ela toca na minha mão._É muita coisa pra você. O medo de não voltar é ainda mais terrível, não é?

Afirmo com a cabeça. Como meus pais ficariam? A ideia de ver minha mãe jogada numa cama novamente e meu pai recheado de diversas mordidas é perturbador.

_Salim tem apenas um desejo que é o de encontrar seu filho._Ela ergue meu queixo._Confesso que tenho medo de não ser boa o suficiente pra fazer ela adormecer novamente e encontrar seu descanso eterno. Sua alma está agoniada pois ela viu em você a chance de poder ver seu filho mesmo que seja de longe.

_E a Resistência viu em mim a chance de matar Héctor._Respondo._Eu estou com muito medo pois eles ameaçaram meus pais. Acho que o melhor que eu tenho que fazer é deixar ela acordar de vez.

_Isso. Possa ser que seja mais rápido do que você imagina.

Afirmo e saio do quarto deixando-a sozinha. Já que ela não era uma criança, pode se cuidar só. Alguns doadores voltavam do café da manhã enfileirados. Fabricia passou por mim me lançando um olhar meio esquisito. Ignorei.

_Cadê a Vera?_Pergunto ao Felipe.

_Ainda está no escritório com o Inácio e a Alícia._Ele responde triste._Tenho que ir.

Ele passa por mim e vai embora. Estou bastante triste pelo término dos dois. Pareciam tão apaixonados um pelo outro. Coisa que eu gostaria de viver com o Albert. Falando nele, onde será que ele foi?
Vi que Claire mandou alguns doadores para a sala de exercícios, mas não ousou me chamar. Até achei melhor e claro, estranhei. Não sei quanto tempo fiquei perdida em meus pensamentos, só sei que despertei quando meu celular tocou. Era uma mensagem.

Salim está agoniada, Samyra. Deixe-a despertar totalmente e terá a garantia de que vamos trazê-la bem de volta.
M&M

Apenas respondi com um ok. Não queria brigar, não queria descutir e nem nada do tipo. Se era isso que elas queriam, elas iriam ter. Não vou mais lutar contra isso. Só me dei conta de quantas horas já tinham passado quando Claire disse que eu teria que ir doar no almoço pois o Albert tinha chegado. Fui tomar banho extremamente pensativa. Cada gesto meu era pensando em algo. Depois de arrumada, vi que Vera estava pronta e sentada em sua cama. Sua cabeça estava baixa e seu semblante tão pensativo quanto o meu. Aproximei-me na intenção de saber o que de fato aconteceu.

_Você pode conversar?

_Agora não, Samy. Vamos logo doar?

_Então eles não tiraram você dela?_Perguntei ocultando a raiva.

_Graças a Deus, não.

Decidi não falar mais nada e todos fomos ao Palácio. Se eu fosse falar algo seria capaz de perder minha amiga. Ela já é grandinha e sabe o que faz. Entramos na sala de refeições onde todos estavam reunidos. Senti um clima de tensão no ar. Olhei para o Albert e desviei o olhar rapidamente. Meu coração até bateu mais forte. Ele dá a sua mordida e dessa vez foi bastante leve. Ele não parecia faminto.

Ele enfia algo na minha mão que estava fechada e eu saio juntamente com os outros. No caminho, vejo o que ele colocou. Era um pedaço de papel com um simples bilhete:

"Encontre-me no meu quarto dentro de 20min. Seja discreta."

Sorrio e rasgo o bilhete. Eu tinha que me despedir dele. Eu precisava disso. Voltamos todos pro quarto e depois do tempo estipulado, dei a desculpa de que iria respirar um pouco no jardim. Entrei sorrateiramente no Palácio e subi pro quarto do Albert. Bati na porta baixinho e ele logo abriu.

_Entra.

Entrei rapidamente e a porta é fechada atrás de mim. Olhei em volta do quarto lembrando o quanto eu senti falta daquele lugar. O cheiro dele era tão forte ali dentro que me deixava inebriada.

_Algo aconteceu?_Perguntei estranhando o silêncio.

_O castigo da Alícia foi pagar uma bela quantia a sua amiga._Viro-me e vejo ele encostado na porta de braços cruzados._A Vera pediu pra não ser mandada embora e conversou à sós com minha irmã. De resto eu já não sei.

_Hm..._Não questiono._Que ela saiba o que está fazendo.

Ele se aproxima lentamente de mim e eu quase prendo a respiração. Vejo um sorriso malandro nascer em seus lábios.

_Ainda fica assim quando chego perto?_Ele segura no meu pescoço.

_Na-Não... É... Que...._Nada coerente sai da minha boca.

_Para de falar. Faz o que teu coração e tua boca está pedindo.

Nesse momento uma coragem fora do normal tomou conta de mim e então o beijei. Enlacei meus braços em seu pescoço e ele segurou com firmeza minha cintura. Nossas bocas beijavam-se com tanto desejo que era perceptível. Ele interrompe o beijo e fecha a porta do quarto. Logo voltamos a nos beijar novamente. Sem nem ao menos esperar, ele me joga na cama e arranca minha blusa. Faço o mesmo com a dele. O desejo era tanto que estourei quase todos os botões da sua camisa. Suas mãos passeavam agilmente pelo meu corpo me fazendo gemer baixinho. Já estávamos em peças íntimas quando ele sussurra algo que me fez sorrir.

_Eu te amo.

Eu deveria ficar cheia de insegurança e parar o que eu estava fazendo. Mas eu continuei. Eu não iria deixar todos os meus medos me impedirem de ser feliz. Sorrio e repito suas palavras. Não pra não deixá-lo sem graça, mas porque era o que eu estava sentindo.

_Eu te amo.

A partir dessas palavras, nos tornamos um em um gesto delicado e cheio de desejo. Eu sendo dele e ele sendo meu. De um jeito tão intenso que eu só queria mais e mais. Repetidas vezes. Sem parar.

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Cercada por eles (POSTANDO NOVAMENTE POR TEMPO LIMITADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora