×Albert×
Quando chegamos da ida até aquele lugar, era quase a hora do almoço. Fomos até o escritório do Inácio e lá estavam Alícia e Vera à sós. Esperei a conversa terminar e a Bruna foi para seu quarto. Acompanhei Alícia até o seu quarto tentando saber o que de fato aconteceu. Tio Inácio obrigou Alícia a pagar dez vezes o valor do que ela já pagava a Vera e a fez prometer ter mais autocontrole. Soube que Alícia só não perdeu a doadora porque a própria Vera não quis deixar o emprego. A parte que conversaram a sós ela não contou nada em detalhes. Prometi a mim mesmo falar rapidamente com tio Inácio depois do almoço. Guardei todas aquelas anotações que encontrei na casa abandonada e fui tomar um banho. Esse tempo todo sem ter contato com a Samyra só me fez ter mais saudade dela. Depois de devidamente arrumado, peguei um pedaço de papel qualquer e escrevi um simples bilhete marcando um encontro em meu quarto. Deixei entre meus dedos e desci pro almoço. Logo na escada, Bryan está me esperando.
_Ora ora se não é o sumido..._Ele sorri debochado._Pensei que não nos daria o ar da sua presença tão cedo.
_Pois é. Mas você acha que eu perderia a chance de te incomodar?_Passo por ele sorrindo._Nunca!
Vou em direção a mesa e a maioria já está presente. Logo Bryan senta-se e Soraya também.
_Você tem estado um pouco ausente e perdeu um certo aviso que eu dei, meu querido sobrinho._Inácio atrai minha atenção._Irei fazer o ritual de passagem de poderes para os transformados. Marquei para depois de amanhã.
_Certo. Estarei presente com toda a certeza.
Alícia apenas assentiu. Imagino o quanto ela deve estar envergonhada. O estranho é que ela nunca foi assim. Nunca abaixou a cabeça em momento nenhum mesmo quando ela estava errada. Algo está mexendo com minha irmã de verdade.
Logo os doadores aparecem e eu fico feliz por isso. O olhar de Samyra cai rapidamente sobre mim, mas logo ela desvia. Cada um toma seus lugares e estende seus braços. Mordo levemente seu braço pois não queria machucá-la e nem estava com tanta fome assim. No momento em que seu braço estava estendido, tratei de enfiar o papel entre seus dedos. Ela recompõe-se e vai embora junto com os outros.
Logo somos servidos por comida normal._Tio Inácio, podemos falar à sós depois? Tenho um assunto importante pra tratar com o senhor.
_Tudo bem, Albert. Procure-me no meu escritório depois.
Belisquei qualquer coisa e subi pro meu quarto. Eu realmente tinha fome de outra coisa. Entrei no meu quarto e fiquei aguardando-a. Poucos minutos depois alguém bate na porta. Abro-a rapidamente.
_Entra.
Ela entra rapidamente e então eu fecho a porta. Observo-a admirando meu quarto encostado na porta. Como eu tive saudade de tê-la aqui dentro...
_Algo aconteceu?_Pergunta ela de costas pra mim.
_O castigo da Alícia foi pagar uma bela quantia a sua amiga._Ela vira-se para me olhar._A Vera pediu pra não ser mandada embora e conversou à sós com minha irmã. De resto eu já não sei.
_Hm... Que ela saiba o que está fazendo.
Aproximo-me lentamente dela e percebo sua dificuldade pra respirar. Sorrio pelo simples fato dela sempre ficar assim quando chego perto.
_Ainda fica assim quando chego perto?_Seguro no seu pescoço.
_Na-Não... É... Que...._Ela tenta, mas nada sai.
_Para de falar. Faz o que teu coração e tua boca está pedindo.
Nesse momento ela me beija deixando-me totalmente surpreso. Sinto seus braços em volta do meu pescoço e então seguro com firmeza sua cintura. Nossas bocas beijavam-se com tanto desejo que era perceptível. Interrompo o beijo e fecho a porta do quarto. Logo voltamos a nos beijar novamente. Jogo ela na cama e arranco sua blusa. Eu estava cheio de desejo por ela. Ela faz o mesmo com a minha só que estourando quase todos os botões da camisa. Minhas mãos passeavam agilmente pelo seu corpo fazendo-a gemer baixinho. Já estávamos em peças íntimas quando sussurro algo que até eu me surpreendi.
_Eu te amo.
Eu não podia ter falado isso pois está indo contra a minha sociedade. Mas eu falei. Eu não iria deixar isso me impedir de ser feliz. Vi que ela sorriu de um jeito apaixonadamente lindo. Logo ouvi três palavrinhas que fez meu coração de vampiro aquecer de felicidade.
_Eu te amo.
A partir dessas palavras, nos tornamos um em um gesto delicado e cheio de desejo. Eu sendo dela e ela sendo minha. Várias e várias vezes.
Depois de passarmos quase uma hora juntos na cama, paramos já extremamente ofegantes. Aproximo seu corpo do meu e faço carinho em seu cabelo._Não sabia que o tão calado Albert fosse tão carinhoso na cama com suas parceiras._Ouço sua ironia e sorrio.
_Você é uma privilegiada, acredite._Respondo sorrindo._Tudo bem com você?
_Não, nada está muito bem._Ela senta na cama puxando o lençol pra cobrir-se._Quero que me prometa uma coisa.
_Prometo. Apenas diga-me o que é._Coloco os braços atrás da cabeça.
_Quando eu for doar sangue a você durante o jantar, podemos conversar?_Ela levanta-se e começa a se vestir.
_Sério que eu vou ter que esperar?_Levanto e chego perto dela.
_Sim._Ela sorri colocando a blusa._Tenho que ir. Espero que ninguém me veja.
Dou um selinho em seus lábios e ela se direciona até a porta. Puxo ela novamente e beijo seus lábios outra vez. Ela sai correndo antes que eu a puxe de novo.
Fico sorrindo que nem bobo ao me jogar na cama. Eu realmente estou apaixonado por ela. Mas o que eu posso fazer? Nosso caso não pode se tornar mais sério pois seria um grande problema. Os vampiros iriam obrigar-me a matá-la, a abandonar a sociedade e viver com ela ou até me matariam por envergonhá-los. Eu jamais arriscaria a vida dela. O ruim é que agora que tudo está fluindo é a hora em que eu mais tenho que cair na real. Viver esse amor e assumir os riscos ou deixá-la viver e sumir?--------------------------∆--------------------------
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Cercada por eles (POSTANDO NOVAMENTE POR TEMPO LIMITADO)
VampireESSE LIVRO ENCONTRA-SE COMPLETO NO APP BUENOVELA ❤ A cidade de Neshville foi tomada pelos vampiros. Eles tem a ambição de ter o mundo em seu poder. Vendo a situação atual dos seus pais, Samyra toma a decisão de se tornar doadora sanguínea. Não sabe...