Cercada por eles (POSTANDO NOVAMENTE POR TEMPO LIMITADO)

Sessenta e cinco

×Salim/Samyra×

Acordo com batidas insistentes na porta. Esfrego os olhos e abro a porta bocejando.

_Vamos, se arrume depressa!_Dorothy berrava nervosa._Já quer ser despedida?

_Cinco minutos e eu estarei pronta.

_Depois você sobe pro primeiro andar, corredor C e quarto 2. Comece arrumando por lá.

Ela some e eu reviro os olhos. Fiquei tentada a transformá-la numa lagartixa, mas resolvi não fazer isso. Tomo um banho rápido e me visto. Dou um jeito na aparência e subo pro tal quarto 2. Com magia nada é difícil de encontrar. Uma pena não poder usar isso pra encontrar meu filho.
Entro no quarto e começo a mexer numas gavetas em busca de algo que possa me ajudar. Não sei se o Héctor tem família, filhos... Gostaria de saber sobre isso.

_Samyra?_Ouço a voz de alguém e petrifico._Ou melhor, Salim?

Então sabem sobre mim.

Viro-me lentamente para saber quem falava comigo. Olho para seu rosto e de fato eu o conheço. Eu não, Samyra. Pelo tamanho da memoria afetiva que essa menina tem com ele, só pode ser ele o pai do bebê. Dizer ou não dizer?

_Você... Quem é?_Pergunto pra confirmar.

_Sou o Albert Mansonni. Seu mais novo aliado.

Sinto meu coração encher-se de felicidade ao escutar esse nome. De fato ele é o pai do bebê.

_O que está falando?_Faço-me de desentendida.

_Eu sei que queres vingança contra o Héctor. Mesmo eu sendo um vampiro, ele não me importa. Só quero a Samyra de volta. Posso te ajudar se deixares._Ele fecha a porta._O que me diz?

_O que você é dessa garota?

_Sinceramente, eu não sei. Primeiro ela foi minha doadora sanguínea e acabamos nos envolvendo. Mas ela mentiu pra mim. Quero ter a chance de escutar tudo da sua boca, toda a verdade._Ele se senta na cama.

_Sabe garoto, sinto sinceridade no seu jeito de falar._Sento na cama um pouco longe._Por isso vou revelar uma coisa muito importante pra você e pra Samyra._Os olhos dele ficam fixos em mim com curiosidade._Ela está grávida de você.

Ele levanta rapidamente da cama e fica abrindo e fechando a boca como se lhe faltasse ar. Se a reação dele for diferente do que eu penso, matarei ele aqui mesmo.

_Mas... Mas como?

_Você quer mesmo que eu explique?_Pergunto de sobrancelhas arqueada e ele nega._Esse bebê é um voudelis. Uma mistura de um ser descendente de sobrenaturais e um com poderes da natureza. Você tem esses poderes, não é?

_Sim, tenho. Apenas minha irmã sabe disso.

_Eu não entendo uma coisa: Só poderia existir um ser com poderes da natureza nesse mundo, o meu filho. Como você tem esses poderes? Você invocou o espírito da natureza?

Nesse momento minha cabeça dói e eu sinto como se estivessem esmagando meu crânio. Olho pro rapaz que eu estava conversando e vejo ele de braços arqueados e olhos totalmente brancos levitando no quarto. Uma forte ventania entra pela janela derrubando qualquer objeto ao chão. Espelhos são quebrados, móveis leves são arrastados...

_Não pode ser..._Sussurro conseguindo enxergar de fato quem é o Albert._Filho...

Ele estende a mão em minha direção e meu corpo é tirado do chão. Ele fecha o punho e eu sinto meu corpo começando a ser esmagado.

_Ei, Albert!_Grito o mais alto que posso._Acorda filho! Vo...cê vai me matar.

Eu já estava ficando sem ar e minha vista estava embaçando. A porta é aberta e uma jovem aparece. Sinto um certo poder emanando dela. Ouço ela fazer um feitiço de autocontrole em direção ao Albert. Ele consegue abrir a mão e assim eu caio no chão batendo forte com o corpo. Automaticamente segurei na barriga.
Ainda com a vista embaçada vejo Albert descendo aos poucos para o chão e logo depois apagando. A garota o ampara e depois vem me ver.

_Você está bem?

_Ele é o meu filho._Sussurro deixando lágrimas descerem pelo meu rosto._Não deixa ele morrer.

_Me dê sua mão e faça comigo um feitiço de cura rápida.

Estendo minha mão tocando na dela e assim fazemos um feitiço em direção ao Albert. Logo ele abre os olhos totalmente confuso.

_Eu estou exausta._Digo com muito esforço._Cuida dele.

A última coisa que vejo é o Albert correndo em minha direção. Apaguei.

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