Capítulo 21

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Sabrina

Rolo os olhos com a respectiva resposta da indigna, enquanto um estranho a ajuda se levantar. Se eu não tivesse com problemas judiciários quebraria a cara dela. O motivo de eu estar nesse inferno todo, é por causa dela. Mas ela sabe, o problema que não tenho como provar.

- Alessa, procura o que fazer do que estar enchendo o meu saco!

- O juiz saberá disso.

- Ótimo! Assim ele conhece a víbora que você é!

Ela fica boquiaberta com minha resposta é simplesmente dou as costas para ela. Continuo minha caminhada e minha preocupação vem à tona. Lágrimas se formam em meus olhos, embaçando minha visão. Abraço meu corpo fino e olho para o mar tão calmo e refrescante.

Tudo na vida tem um preço, até os atos que você jamais cometeria tem um preço a se pagar. Todas as minhas economias estão na mão de Gabriel. Eu sei que ele disse que não me cobraria o restante do serviço, mas eu não gosto disso. Eu não preciso de sua pena, eu preciso que ele faça bem o seu papel de advogado. Eu iria dar um jeito de arcar com suas despesas, mas enquanto na minha carteira constasse "justa causa" eu não arrumaria mais do que uma vaga como feirante na praça. Não era vergonha, mas eu não sei nem como ser um feirante ou como  eles agem no dia-a-dia.

Paro em frente a um bunker de pedra e me sento, a brisa havia instabilizado, o vento soprava forte por toda Orla. Abracei ainda mais meu corpo na tentativa de me aquecer, mas era praticamente inútil. Meus cabelos agitavam-se sincronizados com o vento, enquanto os pensamentos inundavam a minha cabeça. Gabriel era a melhor parte deles, então me permito lembrar mais uma vez de seu rosto, suas feições dominantes, seus olhos caramelizados que brilham ao me ver entrar pela porta de seu escritório.

Eu só quero saber o que fazer, o que falar ou pensar. Quero esquecer as incertezas que a vida lhe entrega de mão beijada. A única certeza que todos do mundo tem é que; a morte uma hora virá.

Meu celular toca inesperadamente, acordando-me de meu devaneio. Pego ele do meu bolso e vejo o número de Marcos no visor. Levo dois minutos para atendê-lo.

- Oi Marcos. - digo sem emoção.

- Oi Bina, vamos para o cinema hoje a noite?

- Acho que não é uma boa idéia...

- Por que? Vamos, é bom que se distrai.

- Está bem, que horas devo te encontrar?

- Daqui a meia hora...

- Tudo bem, onde?

- Onde você está?

- Na praia, em frente ao hotel Sheldon.

- Me espere aí...

- Tá bom.

Desligo o celular e suspiro bem fundo. Fecho meus olhos esperando ser a coisa certa. Porque eu não estou mais conseguindo controlar este sentimento doido que sinto por Gabriel.

▪▪▪

O filme está quase no final, não senti nada mais do que sono durante todo o filme. É bonito e tudo mais, só não esperava sentir tanto sono e juro que acabei cochilando no ombro de Marcos, que deve estar decepcionado com minha atitude.

Advogado Sedutor - Livro 2 (Repostagem)Onde histórias criam vida. Descubra agora