Capítulo 18

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Gabriel

Ao entrar em casa explodindo de raiva, não falo com ninguém e nem me importo se tem alguém ali e vou para meu quarto. A cena se repete na minha cabeça, repete, repete e repete. Não avisei ao Henrique. Mas ele estava tão entretido com a amiga de Zailane, que nem deve ter se importado comigo.

Mas que ódio, vê-los juntos de mãos dadas. É sério que eles possam estar tendo um relacionamento? Não. Eu não sou de me incomodar com isso, por que estou dando tanto importância? A garota-Nirvana, é bonita, sensual, com um jeito angelical óbvio, chamaria a atenção de qualquer um. Portanto que chamou e logo daquele mané.

Ouço batidas na porta e rosno, a pessoa continua e jogo o travesseiro contra a porta, mas tem insistência.

- Entra! - grito furioso.

A porta se abre e vejo Laila passar por ela cautelosa.  Até me arrependo de ter agido desse jeito. Me sento na cama e olho para as minhas mãos e ela puxa um banco para se sentar a minha frente. Ela bagunça meu cabelo o que ela ama fazer, já que sabe que eu odeio isso e começa a rir.

- Gabriel, vim ver o que está acontecendo. Tem semanas que você anda...diferente do que de costume. - diz ela.

- Como?

- É. Não se aproxima mais da gente, sempre estar por aí. Não brinca como brincava antes, o sorriso que era sua marca registrada se perdeu - diz ela com uma sobrancelha arqueada. - no seu rosto, está sempre distante...o que está acontecendo?

- Laila...

- Confie em mim. Eu não conto a ninguém.

Ela sorri me encorajando.

- Eu também não sei, deve ter começado quando conheci Sabrina...

- Ah, então é esse o nome dela?

- Sim...

Ela assente e ri.

- Não é isso, é que...ela está se envolvendo com uma pessoa não muito legal...

- E você está preocupado, certo?

- Sim e não. Eu sou advogado dela...

- Advogado?

- Sim, ela está sendo acusada de roubo injustamente.

- Entendi. Já procurou ela para conversar?

- Não.

Ela se levanta e senta ao meu lado. Sinto confiança nela, sei o que eu contar aqui não sairá daqui. Mas eu também me recuso a acreditar no que isso pode se tornar. Seria como eu cavar minha própria cova.

- Gabriel, posso ser sincera?

- Sim...

- Com o pouco que você me contou, já percebi que ela é especial para você...

- Eu não sei porquê...

Me levanto sentindo a onda de fúria retornar para meu corpo e me encosto no batente da janela que, dá acesso ao imenso jardim verde e brilhante da mansão dos meus pais. Cruzo os braços, enquanto vejo alguns empregados agitando seu trabalho.

Advogado Sedutor - Livro 2 (Repostagem)Onde histórias criam vida. Descubra agora