Capítulo 24

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Alessa

Ver Sabrina antes de acontecer o julgamento, me deixou a flor da pele. Porque eu não vou imaginar que depois de tudo ela teria cara de aparecer nas ruas. Ao contrário, mas esbarrar com ela foi algo significante. Fica até difícil para mim, Mascarenhas iria ficar furioso e inventar mais alguma coisa.

Flashback on:

Eu cheguei no trabalho pela manhã, tinha acabado de brigar com meu pai de novo. Apesar de ter 23 anos, sou apaixonada pelo meu chefe. Acredito que também é por mim, mas como é nossa área de trabalho, ele me respeita. Mas vivo a sonhar com o momento em que ele vai pedir meu número de celular e me convidar para sairmos. Encontro apenas uma garota insignificante no balcão e nem me dou o trabalho de cumprimentá-la. Passo direto para a área de funcionários e ouço risos vindo dos fundos onde a sala do Mascarenhas fica.

Caminho pé ante pé e vejo que a porta está entreaberta e tento ver alguma coisa daquela fresta. Tinha uma mulher de cabelos dourados sentada na mesa dele. As pernas cruzadas, então aguço minha visão e vejo que ele acaricia a perna da mesma. Saiu furiosa dali, jogo com toda força minha bolsa no meu armário. Só pode ser a Sabrina, mas aquela não me escapa não.

Ela quer brincar com fogo ela vai ter.

***

Após alguns dias depois de tanto arquitetar a minha doce vingança, eu me preparei pro grande dia que seria hoje. Eu ainda estava com ódio daquela vaca, ela não perdia por esperar. Cheguei na loja e não olhei nem em sua cara. Me dirigi ao armário dos funcionários e esperei. Mascarenhas apareceu nessa hora.

- Alessa, faz um favor, retira essa quantia do banco, que é a transferência do dono da loja. E depois traz para mim.

- Sim, senhor.

Ele sorriu inocentemente, mal sabia ele que eu estava com tudo planejado e com isso só facilitou meu trabalho. Sai rapidamente da loja e vi que ela estava atendendo a um cliente e fui ao banco.

Quando voltei, com o dinheiro dentro de um envelope corri para a sala de Mascarenhas e lhe entreguei. Então ele deixou em cima de sua mesa, quando houve uma pequena confusão com Sabrina. Meu sorriso de ponta a orelha me fez crer como pode haver gente burra no mundo. Peguei o envelope novamente e levei para meu armário e tranquei com cadeado.

Quando tudo parecia normal, Mascarenhas voltou tranquilo.

-O que houve?

- Nada, apenas um cliente querendo algo que está em falta. Vem cá, você não me entregou um envelope ainda a pouco?

- Sim, mas você não sabe o que aconteceu!

- O que?

-Sabrina entrou aqui furiosa e pegou o envelope.

- Não, ela estava até agora comigo e pedi que ela comprasse o material que está faltando. - diz Mascarenhas confuso. - Eu devo ter guardado em algum lugar...

- Tudo bem...

Saiu da sala dele, sentindo que meu plano ia por água abaixo. Então tive outra idéia.  Retirei o envelope do meu armário e chamei a garota esquisita.

- Você sabe qual é o armário da Sabrina?

Ela aponta para o último armário no centro e percebo que tem cadeado.

- Merda!

A garota se vai e tento pensar numa maneira de soltar esse cadeado. No fim da rua havia uma chaveiro e pedi a mesma garota ir lá chamar. Volto a sala de Mascarenhas.

- Fala Alessa...

- Chamei um chaveiro porque esqueci a chave do meu armário, tudo bem?

- Tudo.

- Ainda procurando?

- Tenho certeza que deixei em cima da mesa.

Sorrio e volto ao meu posto.

Flashback off.

Massaters nunca me acusaria de algo assim, a primeira seria Sabrina. Ainda mais por ela ter um caso com Mascarenhas, apesar de ser 7 anos mais velho que eu, era um homem bonito e gostoso. E perder para aquela verme não estava dentro de cogitação. E agora vê-la assim, me deixou um pouco preocupada com que vai acontecer daqui a três meses.

Eu ensaiei várias e várias vezes a minha defesa e reafirmar o que vi. Mas Mascarenhas pretende fazer sua defesa sem consultar à mim. O que pode me ferrar.

Flashback on:

Quando o chaveiro voltou pedi que ele abrisse o armário de Sabrina. Ele o fez e paguei por seus serviços a insignificante estava lá do meu lado, peguei o envelope e coloquei em cima de sua bolsa e fechei, como o cadeado estava aberto e intacto, o tranquei de novo e me esqueci de tudo. Estava triunfante, ela seria demitida daqui.

Mascarenhas passa como furacão por mim e vai para frente da loja e depois me chama.

- Você viu a Sabrina entrar na minha sala?

- Sim, senhor.

- Mas não é possível, eu mandei...

- Sim, mas lá tem uma porta que dá acesso a rua de trás, certo?

- Sim...

- Eu estava lá, ela até me ameaçou se eu gritasse. Estava louca.

- Vou chamar a polícia.

Eu só queria que ela fosse demitida, ela era a única que podia me desmentir. Fui no banheiro e respirei fundo. E fui a sala de Massaters novamente.

- Não é mais fácil só demiti-la?

- Não. Ela cometeu um roubo, isso é grave.

Após alguns minutos, a polícia chegou e averiguou a história. Eu estava com medo. Massaters foi até a porta e conversou com eles, no momento em que Sabrina chegou, ela parecia assustada e incrédula. Comecei a me arrepender. Mas agora não há outra alternativa.

A polícia ouviu os dois e vieram para a área dos armários e Mascarenhas perguntou e abri o meu. Não havia nada.

Pediram para abrir o dela e também nada.
Mas eu coloquei dentro da bolsa dela. Como pode ter sumido?

Flashback off.

Eu me lembro de ter colocado na bolsa dela e fechado o armário. E mesmo assim, ela levou a culpa e estamos na luta. Se Massaters descobrir que eu fui a culpada de tudo, me rejeitaria e tudo o que eu quero é ficar com meu homem.

Eeeeeeh pediram e saiu....

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Gente vou fazer indicações de leituras. Quem quiser é só pedir.

Advogado Sedutor - Livro 2 (Repostagem)Onde histórias criam vida. Descubra agora