Capítulo 13

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Sabrina

Marcos e eu estamos sentados à beira do mar vendo o cair do pôr do sol. Ele confessou que é um cara fechado e me contou a história do irmão do meio dele. Me disse também, como ficara chateado e Anna Luiza também, ficaram muito abalados com tudo o que aconteceu.

Ele não pôde estar no tribunal por estar longe de casa, Anna Luiza também estava de viagem a casa de uma amiga em Angra dos Reis. Mas, por alguma razão, Orlando não dissera muito sobre o ocorrido. Apenas que daria um jeito. Por mais que Marcos, persuadisse ele sempre mudava de assunto.    Ou procurava dispensá-lo. Mas que o pai tinha muita raiva das pessoas que colocaram ele lá.

No entanto, ele alega que tudo acontecerá no devido tempo, e Marcos sabe que esse ódio dele iria acabar mal.

Mais uma vez em silêncio, enquanto admirávamos o nascer do luar. O mar está mais calmo e a brisa soprava em nossos rostos, massageando-os e nos relaxando. Marcos abraçou os joelhos e apenas fico sentada com as pernas cruzadas e as mãos brincando com a areia fofa e morna. O cheiro salobro do mar me tranquilizou. Até eu me tocar que está ficando tarde.

Olho para Marcos e sinto um arrepio na espinha, mas me sinto bem na sua presença.  Ele é um cara bonito, mas eu não consigo vê-lo mais do que um amigo.

- Então - digo e ele me olha. - Está na minha hora.

- Já está tão tarde? - pergunta ele.

- Sim, já anoiteceu e moro um pouco longe.

Ele sorri e se levanta, estende sua mão e a aceito a ajuda para levantar.

- Eu te levo sem problemas!

- Sério, não precisa...

- Faço questão...

Sorrio em agradecimento e saímos da praia de mãos dadas. Me sinto tão estranha referente a esse toque quente e possessivo que mal penso em alguma coisa. Não acho uma desculpa coerente para separar nossas mãos. Estou ficando paranóica. Deixo que ele me guie para longe da calmaria da praia.

Em pouco tempo, chegamos ao prédio do seu pai e caminhamos para a garagem e franzo as sobrancelhas.

- Não devíamos falar com sua família? - pergunto.

- Ah, meu pai vai entender - Ele diz, rindo. - , vamos marcar outro dia para conversar com mais calma?

- Tudo bem...

Ele destrava um civic preto com vidro fumê e abre a porta para mim, como um verdadeiro galanteador.

- As damas primeiro...

Começo a rir e entro. Ele dá a volta e começa a sua manobra para retirar seu carro da garagem.

▪▪▪

Chegando na minha humilde residência vi Clara e suas amigas no portão da casa ao lado, e bufo. Elas olham para o veículo e cochicham entre si. Marcos segura meus dedos e olho para elas juntas e entrelaçadas.  Volto meu olhar para ele e vejo ele sorrir maliciosamente.

- Acho que dessa vez, o plano do meu pai vai dar certo...

-Acho melhor a gente não se precipitar! Vamos com calma...

Advogado Sedutor - Livro 2 (Repostagem)Onde histórias criam vida. Descubra agora