Capítulo 7

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Gabriel

Estou dirigindo a todo vapor, quero contar logo a novidade a Sabrina. Eu não sei que diabos deu em mim. Quero desesperadamente ajudá-la mas não sei exatamente porquê. Eu não sei o que deu em mim, parece que vou infartar de tanta felicidade. Os carros na minha frente buzinam furiosos porque passo raspando ao seu lado. Isso é motivo de riso histérico que costumo dar, quando estou...assim.


Eu não sei porque estou assim, normalmente isso seria algo de se ignorar. Não seria algo de tal importância que mexesse com meu psicológico. Só há duas alternativas: ou eu estou louco ou eu estou severamente louco. Mesmo que eu não entenda isso, sinto-me bem por ajudar, espero encontra-la no hospital, estou louco para ver sua reação. Mas que porra está acontecendo comigo?

Meu celular toca e o pego no mesmo instante sem ver o número.

- Alô?

- Gabriel, como anda? - pergunta uma voz grossa e grave, sinto que sua voz está oscilando entre a raiva e a calma.

- Sr. Dantas. Em que posso ajudar?

- Soube que você maltratou a minha filha e seu irmão ameaçou prendê-la. Acho que você sabe que posso ferrar com você quando...

- Eu sei, mas se eu cair você vem junto. Você sabe que quem roubou a fortuna dos Bittencourt foi você. Posso desarquivar se você preferir.

- Ameaças sr. Farcoland?

- Não. Só disse o que acontecerá. Afinal, sua filha não foi convidado e ofendeu meu irmão. Acho que ela bem que pediu para isso acontecer.

- Cuidado, Farcoland, vocês estão brincando com fogo...

- Ah é? Que medinho.

Desligo sem ouvir sua resposta e contorno uma curva fechada com cuidado. Em pouco tempo chego ao hospital e tive a sorte de encontrar Orlando na recepção conversando com a recepcionista, ela está com o rosto vermelho e tinha um sorriso tímido nos lábios. Me aproximo em passos largos e ele sorri ao me ver.

- Sr. Farcoland!

- Sabrina ainda está aqui?

- Não, faz tempo que foi para casa, por quê?

- Preciso falar com ela, obrigado.

- De nada.

Me viro para ir embora e logo ele me chama de volta.

- Hey, você sabe se...sabe...se ela tem namorado?

- Bom, não, mas por quê?

- É...estou...bem...diga a ela que preciso vê-la, falar com ela.

Sorri.

- Claro.

Ele assente e entra para os fundos do hospital e me direciono para o meu carro. O que é que ele queria falar com ela? E por que diabos estou preocupado com isso? É o que foi que ele viu na garota do Nirvana?
Enfim, não é da minha conta e desejo toda felicidade para os dois. Primeiro vou cuidar do que vim cuidar e depois ir para o meu cantinho relaxar.

Chego na casa de Sabrina e toco a campainha duas vezes. Uma garota de pijama e descabelada surge e o dourado seus cabelos meio apagados. Ela coçou os olhos e se aproximou de mim.

- Ainda dormindo?

- Não é você que está sofrendo e dormindo mal não é?

Sorri e ela abre o portão para mim. Entro.

- Orlando quer falar com você. - disparo.

- Sobre o quê?

- E eu que sei? Ele só disse isso.

Advogado Sedutor - Livro 2 (Repostagem)Onde histórias criam vida. Descubra agora