Você não é a primeira nem a última pessoa a falar isso

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"Claro." falo gaguejando.

"Não senti confiança nessa resposta, você está me escondendo alguma coisa, Sophia?"fala desconfiado.

"Claro que não pai, o senhor sabe que conto tudo para o senhor." falo fingindo estar brava.

"Não sei não, como vou saber se não me esconde nada?" diz.

"A pai por favor, parou né? Eu não estou escondendo nada." digo brava.

"Tem certeza?" diz.

Paro e penso por alguns segundos, não gosto de esconder nada do meu pai, mas também não posso contar, ele não entenderia.

"Sim, eu juro." Falo fingindo ser sincera, mas na verdade não estava, não gosto de mentir pro meu pai, mas é por uma boa causa, se conta-se ele ficaria preocupado.

"Tudo bem meu amor, desculpa ser assim esse pai tão chato, mas eu amo você, e só quero seu bem." diz mais alegre.

"O senhor nunca foi e nunca será um pai chato, eu te amo, você é o melhor pai do mundo." falo com os olhos cheios de água, estou morta de saudade do meu pai.

"Também te amo filha, eu preciso ir agora, tchau, papai te amo muito, beijos." diz parecendo emocionado.

"Tchau pai, beijos." falo e desligo, fico tão feliz e ao mesmo tempo triste em falar com meu pai, sinto falta dele, por mim falava o dia inteiro com ele, mas também fico triste em saber que estou longe, e nem sei quando vou poder visitar ele, e nem ele vir me ver. Fico mais algum tempo assistindo TV, e depois vou comer alguma coisa na cozinha, quando estou terminando de fazer um sanduiche o interfone toca, o posteiro dizendo que Nicolas estava subindo. Abro a porta, e ele com o maior sorriso do mundo me beija.

-Já estava com saudade.- diz beijando minha bochecha.

-Nossa quanto drama, nos vimos hoje de manhã.- falo sorrindo.

-Mas não é a mesma coisa, lá tenho que te chamar de professora, e não posso dizer o quanto você é linda, aliais você é linda, não posso te beijar.- fala e me beija.

-Nossa, não tinha pensado nisso, é verdade.- falo séria, nós rimos.

-O que você está fazendo?- pergunta me soltando e olhando em direção a cozinha.

-Sanduiche, quer um?- pergunto indo na direção da cozinha, e ele me segue.

-Não estou com muita fome.- diz me olhando quando chegamos a cozinha.

-Quer a metade do meu?- pergunto o olhando e apontando para o pão.

-Quero.- diz e pega o pão e sai correndo em direção a sala.

-Ei é metade e não o pão todo.- falo e corro atrás dele.

-Só dou se você me der um beijo.- fala com as mão pra cima com o pão, e não consigo pegar, não sou muito alta.

-Tá bom, por que não disse logo?- digo e beijo ele.

Paramos por falta de folego, ele olha pra mim e diz.

A professora e o aluno (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora