O que você acha que ela vai fazer?

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-O que você acha que ela vai fazer?- pergunto a Nicolas que parece nervoso.

-Não sei, mas ela não vai ficar calada, disso tenho certeza.- fala passando a mão entre os cabelos.

-Você acha que ela contaria pra sua mãe? - pergunto ainda assustada.

-Com certeza, do jeito que ela é com a minha mãe, agora como ela vai fazer isso é o que me dá medo.-

-Como assim?- pergunto sem entender.

-Das duas uma, ou ela vai contar pra minha mãe e pra Amanda, pra que elas separem a gente, ou...-

-Ou?- pergunto aflita.

-Ou ela vai me chantagear, me fazendo posar de namoradinho dela, fica tranquila, eu não vou fazer isso.-

-E que outra opção nós temos?- falo e uma lágrima desce sobre meu rosto.

-Não sei, mas tem que ter outro jeito, fica calma, eu vou dar um jeito.- diz e me abraça, eu o abraço forte, como se fosse a última vez. Sinto uma dor enorme no peito, como se meu mundo estivesse prestes a cair.

-Nicolas?- falo entre soluços e olho nos olhos dele.- Se o pior acontecer, e tivermos que nos separar...- sou interrompida.

-Isso não vai acontecer.- fala enxugando minhas lágrimas.

-E se acontecer? Temos que pensar nessa possibilidade, olha a situação que estamos, nas mãos de uma pessoa que sabemos que não vai nos livrar dessa vez, e nem nos apoiar.- respiro fundo, e continuo.- Se isso acontecer, me promete que não vai sair por ai feito um maluco fazendo as besteiras que fazia antes?- pergunto e ele solta um suspiro.

-Sabe que não vou mas fazer isso.-

-Mesmo assim, quero que me prometa.- olho no fundo de seus olhos, preciso que ele me prometa que mesmo se eu não estiver mais por perto, ele vai continuar essa pessoa da qual ele se transformou.

-Prometo, eu prometo a você, assim como eu te prometo, que mesmo que se passe 100 anos, eu nunca vou deixar de amar você.- diz e beija a minha testa.

-Eu também te prometo, prometo que vou te amar mesmo que demore 100 anos, sempre vou amar e esperar por você.-

Ele coloca as mãos em meu rosto, e aproxima nossos rostos. E encostando nossos lábios em um beijo, não um beijo quente ou com desejo, e sim apenas um selinho, um selinho demorado, sem pressa e apaixonante.

-Eu preciso ir, Suellen saiu com o delegado e preciso estar em casa quando ela voltar.- falo parando o beijo.

-Tudo bem, fica bem tá?- diz dando um beijo em minha testa.

-Tá, vou tentar.- falando isso saiu em direção ao meu carro que estava parado em frente a casa de Cristina.

Assim que chego em casa só jogo a bolsa no sofá e me sento colocando a cabeça entre os joelhos e chorando.

Depois de mais ou menos uns 30 minutos Suellen chega batendo a porta. Me levanto enxugando o rosto e vou abrir.

-Oi amiga!- ela diz entrando.

A professora e o aluno (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora