A partir de agora nada e nem ninguém vai nos separar.

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-Vim falar com você já que você não quis falar comigo ontem.- diz entrando.

-Como você sabia que eu estava aqui?- pergunto fechando a porta.

-Segui seu táxi quando você saiu.- diz como se fosse uma coisa normal.

-Você é maluco, sai daqui Nicolas, se sua mulher descobre que você está aqui, vai ser pior.- passo as mãos nos cabelos e falo em um tom alterado.

-Já te falei que não tô nem ai pra Ashley, não saiu daqui sem conversar com você.- diz se sentando na cama e me olhando como se esperasse algo.

-Tudo bem, mas depois disso vá embora e me esquece.- digo brava e me sento na cadeira a sua frente.

-Não amo a Ashley, nunca amei, só me casei com ela pra agradar minha mãe, e pra tentar te esquecer.- diz me olhando nos olhos.

-Você veio aqui me dizer isso? Não me interessa.- falo pra tentar parecer que não me importei com isso, mas eu me importei sim, mais do que devia.

-Eu imaginei isso, mas eu queria muito te dizer isso, todos esses anos que passei sem você foram os piores da minha vida, achei que minha dor diminuiria me casando com a Ashley, mas piorou, acordar todos os dias e olhar pro lado e ver que não era você, foi dificil, cada capricho dela só me fazia perceber que eu não a amava, e que eu queria você.- ele dizia isso olhando nos meus olhos, tudo que eu queria era dizer que aquilo não mecheu comigo, mas mecheu muito, tentei parecer forte, foi em vão, as lágrimas cairam.

-Você é casado.- foi o que consegui dizer.

-Eu sei, mas e dai? Eu te amo!- diz.

-Eu...- não saia as palavras.

-Desculpa, eu não consigo mais guardar isso.- uma lágrima cai dos seus olhos, ele a enchuga e se levanta pra ir até a porta.

-Espera!- me levanto e viro em sua direção.

Ele larga a porta e vem até mim e me beija.

Um beijo calmo, e sem pressa, como se o mundo tivesse parado e só havia nós dois.

-Eu te amo!- sussurro em seu ouvido quando paramos o beijo e ele vai embora.

Quando ele fecha a porta eu desabo a chorar.

Por que isso tem que acontecer de novo?

Vou pra cama e me sento abraçando os joelhos e colocando a cabeça entre as pernas e chorando.

A semana passa como uma lesma, acho que só porque eu queria sair logo daquela cidade.

Pego o voo pra Nova Iorque e quando chego em casa meu pai me recebe com alegria.

-Oi meu amor!- diz alegre me abraçando.

-Oi pai!- falo e dou um beijo em seu rosto.

-Tudo bem?- pergunta.

-Tudo sim!- minto.

-Oi amiga!- diz Suellen me abraçando.

A professora e o aluno (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora