Aviso 1: Vou postar o próximo capítulo rapidinho, pq prometi devido a minha demora. Não deu para postar agora pq falta uma cena do James e outra da Branca, mas está bem adiantado, com sete páginas.
Aviso 2: A conta de uma escritora/leitora AnaClara_S2 havia sido hackeada, mas agora está tudo certo e ela voltou a postar o livro Nascida para ser rainha. É leitura teen, com capítulos curtos.
Capítulo 11 - Protetores a seu modo
A alegria de Felipe por não ser mais lua cheia não foi o suficiente para cobrir seu desespero ao saber pela rainha Solange que Aurora havia desaparecido de manhã cedo. E isso porque ele estava determinado a ter um dia romântico com sua noiva, com direito a muitos beijos.
Solange estava com uma expressão tão culpada que Felipe presumiu que ambas tivessem discutido outra vez. Ela até colocou a mão no ombro dele, num gesto de apoio e desespero, sentimental demais para a rainha dos fadens. O mais estranho era que ela parecia estar se desculpando com ele, como se o tivesse prejudicado. E por isso, ele deduziu o pior.
- Você a convenceu a desistir de se casar comigo?
- Que? Não!
- É por causa do meu pai? A opinião dele sobre ela pouco me interessa.
- Felipe, ela partiu com o seu cavalo. Você irá encontrá-la facilmente. Ela precisa conversar com você.
- Nós vamos nos casar...
- Sim, vocês vão, mas...
- Não tem mais nada, não faça isso comigo, de novo não.
O príncipe risonho de outrora havia sumido. O coração do conversador estava triturado em agonia, graças à precipitação de sempre. A passos firmes e rápidos, retirou-se do palácio em direção ao estábulo, em busca de um cavalo bem alimentado e forte. Invadindo a mente de Trovão numa rapidez frenética que o teria assustado em condições emocionais normais, ele a localizou com precisão em segundos. Ela estava no rio deles, ao lado do castelo do bosque, perto do Reino dos Conversadores, o que poderia ser um ótimo sinal ou um péssimo! Seu alazão estava distante, bebericando água.
Ele não queria chorar. Não queria que ela o deixasse. Não queria implorar. Viver sem Aurora seria impensável. O nome dela era sua palavra favorita. Adorava como as letras saíam de sua boca com naturalidade, num emaranhado de vogais. Ele devia dizer Aurora umas cinquenta vezes por dia. Era o nome predominante em suas conversas e em seus silêncios. Não podia imaginar que era o único ansioso por aquele casamento. Acordar com ela, dormir ao seu lado, vivenciando beijos irrestritos e ilimitados, emaranhados de carinho e uma fome eterna. Ela parecia tão alegre com Cindia e as rainhas, planejando o casamento, vendo os vestidos. Talvez essa confusão fosse algo típico de noivas. Teodoro saberia dizer.
A viagem foi rápida, com o vento bagunçando seu cabelo. Quando a avistou agarrada à capa vermelha, imaginou que estivesse com frio, apesar do dia quente. Jogou sobre ela seu colete, a assustando um pouco. A guardiã o encarou com olhos marejados e amedrontados.
- Apesar das lembranças desagradáveis, eu particularmente gosto desse rio - ele disse.
Aurora assentiu com a cabeça e continuou agachada sobre a beira. Felipe virou-se para a árvore em que um dia deram seu primeiro beijo.
- Não sou ligado a plantas como você, mas aquela árvore é especial.
Aurora acompanhou o olhar de Felipe e sorriu. Então seus lábios tremeram.
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O Conto dos Contos 2 - A Lenda do Era Uma Vez
FantasyAurora já teve que lidar com falsas acusações, esconder-se no Reino dos Humanos, ser humilhada diante de um povo e mortalmente ferida. Tudo o que quer agora é viver em paz ao lado de Felipe, encontrar Eli, e escrever seu nome na pedra para se tornar...