AMORES DE MINHA VIDA, CUIDADO COM OS SPOILERS DOS COMENTÁRIOS!
Bjux!
Capítulo final – O retorno
A garotinha de cabelos enormes foi deixada por Edgar diante da entrada do Reino dos Conversadores. Suas vestes lilás estavam imundas, e como perdera os sapatinhos durante a fuga, usava botinhas pretas bem largas, fornecidas pela bisa do mal. Isso a fazia andar como um patinho, mesmo sendo uma menina loba.
Rapunzel caminhou devagar e adentrou no reino, não conseguindo esconder o quanto estava assustada. Ela reconheceu suas terras, mas não sabia como chegar em casa, sentindo-se perdida e sozinha.
Devido à recente coroação, ainda havia muita movimentação nas ruelas do Reino dos Conversadores, ainda que de noite. Os outros Mogliani encontravam-se jantando e discutindo no salão, posto que o tempo se passava e não havia sequer um sinal da criança. Além de que toda a família se encontrava reunida no palácio, aguardando as consequências catastróficas do ato de César.
Rapunzel tentou invadir a mente dos animais para se localizar, mas não conseguiu distinguir o caminho. Tudo era tão parecido; as ruas, as cores, as casas. Apavorada e suja, tal qual uma pedinte, ela puxou a saia de uma vendedora que estava por perto:
- Senhora, onde está o meu avô?
A mulher nem perdeu tempo em olhar a criança.
- Não tenho dinheiro, com licença, que tenho que trabalhar. Faça o mesmo.
- Que? Dinheiro? Meu avô pode te dar dinheiro. Ele tem moedas.
- Ah, claro que tem!
A conversadora saiu andando, e riu-se da conversa fiada da garota.
Rapunzel continuou perdida, e se viu ignorada pelos transeuntes, como nunca antes em sua vida. A princesa não conseguiu entender o motivo de as pessoas não se prontificarem a ajudá-la como sempre fizeram. Parecia que não a enxergavam, e quando a viam, exibiam ares de desaprovação. Ela até reconhecia que estava com a poeira colada ao suor do corpo, com os bracinhos sujos, mas já havia brincado na lama por diversas vezes e ninguém a havia negligenciado antes.
Sem querer pedir ajuda a qualquer um, a criança fechou os olhos e pensou com seus botões, seguindo seu instinto de loba. Foi quando teve uma ideia que parecia a mais segura dentre as opções que tinha. Dessa vez, tentaria a ajuda de um guarda da cavalaria.
- Senhor oficial! Pode me levar até o meu avô?
- Que? Menina, como vou saber onde está o seu avô?
O homem abanou o nariz, franzindo o cenho. A menina estava suada e encardida.
- Todo mundo sabe onde fica o meu avô! Ele fica no palácio!
- Uhum, só se for no curral.
- Ah! Se o senhor conhece o curral do palácio, então já me servirá de ajuda. Leve-me no seu cavalo.
- Não posso aparecer com uma mendiga no palácio.
- Mendiga? O que é isso? - a garota franziu o cenho.
- Oras, você não é muito esperta.
Rapunzel colocou a mão na cintura, furiosa.
- E você não é educado! Eu sou muito esperta! Já sei até ler a maioria das palavras! Exijo que me leve até o meu avô!
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O Conto dos Contos 2 - A Lenda do Era Uma Vez
FantasyAurora já teve que lidar com falsas acusações, esconder-se no Reino dos Humanos, ser humilhada diante de um povo e mortalmente ferida. Tudo o que quer agora é viver em paz ao lado de Felipe, encontrar Eli, e escrever seu nome na pedra para se tornar...