Capítulo Quarenta e Dois

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.Então fomos para o Desfile, chegando no local havia muitos carros e muita gente, Henry estacionou o carro, peguei minha bolsa e guardei o celular, olhei Henry e dei um selinho rápido antes de sair do carro, ele logo sai colocando o carro no alarme, vem ao meu encontro e entrelaça nossos dedos e eu sorriu, entramos direto e sentamos em nossos lugares, fiquei acariciando a mão de Henry por alguns instantes enquanto ele olhava o movimento. Depois de longa meia hora o desfile começou, foi maravilhoso, muitas modelos bonitas e modelos também, simplesmente perfeito e quando já era mais de onze horas terminou.

-Finalmente... - falo indo para o carro com Henry.

.Ele não responde nada enquanto andamos, Henry estava estranho desde que pedi para buscar algo para comermos, o que será que aconteceu?

-Você está calado. - afirmo.

-Desculpe... - fala depois de abrir a porta do carro para mim. - Apenas pensando.

.Entro no carro e fito seus olhos, ele estava distante e quais seriam esses tais pensamentos, ele permanece perto sem fechar a porta olhando para o nada, coloco minhas mãos que estavam geladas em seu rosto o virando para me encarar.

-O que aconteceu? Sabe que pode me conta qualquer coisa certo? - suspiro tentando entender seus olhos.

-Relaxa, não é nada de mais... - sorri torto. Ah esse sorriso! - Quer fazer algo para comemorarmos o resto do seu aniversário?

-Quero só ficar contigo. - sorriu.

-Você quem manda meu amor. - me da um selinho demorado e eu sorriu ao parar. - Eu amo você. - solto.

-Eu te amo mais que tudo. - sorri e fecha a porta.

.Ele caminha até o outro lado e entra, coloco o cinto e Henry faz o mesmo em seguida de colocar a chave no contato, me olha rápido e sorri, aquele sorriso me acalmava, sorri de volta e ele começou a dirigir, fomos devagar e quando já era quase meia noite chegamos ao hotel, estacionamos o carro e tiramos o cinto.

-Eu nunca vou me esquecer dessa vaga neste estacionamento. - sorriu me lembrando de mais cedo.

-Pode ter certeza que nem eu. - sorri e sai do carro.

.Saio também e vamos para o elevador sem passar pela recepção, ao chegar no andar do meu quarto pego o cartão e caminho com Henry até o quarto, ao chegar na porta destranco e entramos, coloco a bolsa na poltrona e tiro meu tênis, Henry vai para o banheiro e eu vou para o closet, pego um shorts levinho branco e a camisa que Henry estava usando quando chegou, prendo meu cabelo em um coque e fico descalça, volto para o quarto e me sento na cama, pego o telefone para ligar para o restaurante, peço lanches, batatas fritas e refrigerantes, Henry logo volta com uma calça moletom, sem camisa e ainda com os cabelos soltos, sorriu e pego o controle da TV, coloco um filme qualquer e Henry se deita no meu colo, acaricio os seus cabelos loiros enquanto ele me olha.

-Tem certeza de que está tudo bem? - pergunto preocupada.

-Não.

-Me diz o que está te afetando, eu posso tentar te ajudar. - sorriu fraco e ele se senta na minha frente.

-Mariah, eu acordei cada dia dessa horrível semana com a certeza de que eu não ouviria sua risada, de que eu não te abraçaria, de que eu não sentiria seu cheiro, eu acordei todos os dias sem você, foi como se faltasse uma parte de mim, na verdade estava realmente faltando uma parte em mim, estava faltando você. Me doí tanto saber que por minha culpa você teve que se afastar, eu não tenho mais você por deslize meu, se eu tivesse te amado em silêncio... - começo a chorar. - ...tudo seria diferente, você estaria bem, não estaria aqui hoje, estaria bem com qualquer outra pessoa, e não estaríamos passando por isso.

-Mas... - paro de chorar e fito os olhos dele. - Então se arrepende?

-O quê? - arqueia as sobrancelhas. - Não é isso... Droga! - me abraça.

-É sério Henry. - não retribuo o abraço. - Se você se arrepende peço que pegue suas coisas e se vá. - falo de uma vez.

-Eu não me arrependo Mariah Collins. - fala baixo.

.Reviro os olhos e volto a chorar o abraçando forte, a culpa não era dele, na verdade nós dois temos parcelas de culpa, ambos sabíamos que isso iria acontecer, para falar a verdade nem foi tão sério, meu pai só me mandou para outro país, o que poderia ter sido pior.
.Fico naquele abraço por um longo tempo até que ouço alguém bater na porta, saio do abraço e vou até a porta, abro e era o pessoal da recepção trazendo a comigo, o garçom coloca a mesa e eu lhe dou uma gorjeta, agradeço e ele sai. Volto para a cama e me sento do lado de Henry, estava com bastante fome,minha última refeição foi o bolo da mãe de Henrique, e que bolo bom. Pego um dos meus lanches e começo a comer, Henry faz o mesmo e ele me conta como foi a semana na empresa, conto a ele como foi a minha semana e depois disso assistimos um filme.

Três Horas Depois

.Henry adormece e eu fico observando ele dormir, era tão lindo, sorriu e ouço meu celular tocar, dou um beijo no rosto dele e me levanto pego o celular e por incrível que pareça era Benjamin, o que será que ele queria? Atendo mesmo sabendo que coisa boa não era.

-Bom dia. - fala seco.

-Bom dia, eu acho. - me sento na poltrona perto da janela. - Posso perguntar o que quer? Estava indo dormir. - falo direta.

-Quero te ver, suba até o terraço em dez minutos. - exige.

-Querer não é poder! - afirmo.

-Eu preciso... - altera a voz.

-O que quer? - pergunto outra vez.

-Eu não vou te matar, fique tranquila. - fala irônico.

-Não duvido.

-Aí, machucou. - fala com voz de quem está com dor.

-Então falei a coisa certa! - dou uma risada baixa.

-Anda logo Mariah, agora você tem nove minutos. - fala. - Tic Tac. - imita relógio e desliga.

O Melhor Amigo Do Meu Pai  [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora