Capítulo 39

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Fernanda

Acordo meio atordoada, sinto um cheiro de álcool muito forte, olho em volta e vejo que estou num hospital, intuitivamente ponho a mão na barriga, mas não ah mais barriga... cadê meu filho?

-- Alex. ..cadê meu Alex. ... - tento me mexer mais a dor no pe da barriga me impede.

-- Calma seu bebê está bem. O médico já está vindo - uma enfermeira tenta me acalmar. A porta se abre e reconheço Luiz meu médico por de trás das roupas verdes....

-- Olá como esta minha paciente mais especial.

-- Eu estou com dor, mas isso não importa quero saber do meu filho.

-- Seu filho vai ficar bem, ele só precisará ficar na encubadora  por algumas horas...

-- Mas por que? Porque que ele tem? Não minta pra mim....

-- Ele nasceu um pouquinho cansado... E precisa de oxigênio... mas logo você poderá ve-lo. ..

-- Quero ver ele agora, e quero meu marido... - Dani deve estar desesperado, e vai ficar ainda mais quando souber o que  aconteceu.

-- Seu marido está nesse momento conhecendo o filho de vocês...

Meu coração se aperta, meu pequeno precisa de mim e eu não posso estar com ele, o Dani precisa de mim, eu preciso deles. .. fecho os olhos e oro mentalmente para que tudo acabe bem porque se não eu mesma vou matar o Marcos .

Sou levada para o quarto e mitos tempo depois a porta e abre, Daniel aparece com uma cara de choro.
Mas com um sorriso que me indica que meu bebê está bem... ele tenta me acalmar... O problema é que agora ele quer saber o que aconteceu, e pressinto que quando eu contar ele vai querer ir atrás do Marcos....

-- Eu estava cansada de ficar e resolvi levar algumas maçãs para o ventania e a tempestade.... Quando eu estava lá. .. ele chegou e tentou me agarrar, ele me jogou no chão e ... - coloco a mão por cima da mordida...

-- Quem chegou,  quem tentou te agarrar? Fernanda quem era o que fez com você me diz logo.

-- Ele não fez nada por que o ventania não deixou .. Quando ele tentou bem... você,  ele mordeu meu pescoço ao o ventania bateu as patas nas costas dele e ele caiu em cima de mim.

-- Mordeu seu pescoço deixa eu ver .-  pela cara dele deve ter ficado marca.- Mas quem foi que fez isso você não me disse ainda. Eu não vou fazer nada só sairei daqui quando vocês saírem mas preciso saber quem foi esse filha da puta que tocou em você.

-- Marcos - digo de uma vez já esperando pelo sua reação.

-- Filho da Puta aquele desgraçado vai me pagar

-- Amor. .. não faz nada por favor.. A gente vai na polícia mais não faz nada.

-- Amor não me peça isso ele vai ter o que merece mas não agora. Pode fica sossegada não vou sair correndo atrás dele

-- Eu não quero que vá,  nem agora nem depois. .. vamos a polícia e eles vão resolver... faça isso por mim e pelo Alex.

-- Depois penso no que vou fazer com aquele desgraçado, mas agora quero que fique calma e descanse. Não vou sair daqui prometo. Descanse. Mas ele vai pagar

-- Por favor Dani - quando eu ia continuar minha apelação meu sogro abre a porta do quarto

-- Vim ver como você está Nanda. E avisar que a um policial lá fora aguardando para falar com você.

-- Estou bem, não como gostaria mas bem. . E o que um policial quer comigo?

-- Ele vai pegar aquele desgraçado antes que eu coloque as mãos nele. Pai pede parra ele esperar um pouco.

-- Você não fará nada Daniel. O Aras tem sistema de segurança, quando sua mãe me contou o que aconteceu levei as imagens pra polícia,  como tenho bons amigos lá dentro eles cuidaram de tudo

-- Eles já sabem que foi o Marcos?

-- Falar e fácil a minha vontade e de ir lá e acabar com a raça dele, ele pensa que é quem para fazer isso. Melhor ele ficar longe de mim caso contrario eu mato aquele desgraçado.

-- E vai pra cadeia? Não pensa não que será de mim e dou seu filho? - digo chorando

-- Filho eu vou cuidar para que ele permaneça preso. Quero que sua única preocupação seja somente sua família

-- Pelo bem dele melhor fica lá por muito tempo. Amor eu penso em vocês se tivesse acontecido algo eu não saberia o que fazer da minha vida. Prometo que não vou vou atrás dele mas caso um dia ele vim até a mim ele terá que merece

-- Ele não vai, já pedi uma ordem para que ele não  se aproxime de vocês caso saia da cadeia, o que acho pouco provável já que o juiz é o sogro da Renata.

-- Sr. Osmar chame o policial por favor vamos acabar com isso de uma vez.

-- Você não acha melhor descansar amor acabou de sair de uma cirurgia ele pode voltar mais tarde descanse irei falar com ele para voltar mais tarde e aproveito e vejo nosso menino.

-- Não.... quero garantir que ele apodreça na cadeia.

Meu sogro sai e volta acompanhado de um policial mal encarado. Fui obrigada  contar toda a história pra ele, só que com detalhes que eu não havia contado ao meu marido....  Depois de meia hora ele me garantiu que com as imagens e o meu depoimento Marcos não conseguiria sair da cadeia... Ainda mais com o fato de eu ter tido um parto prematuro por conta da agressão, ele explicou que uma carta será feita pelo meu médico indicando os riscos que eu e Alex que corremos.  Assim que ele sai chega uma moça com uma bandeja acompanhada de uma enfermeira, que é me avisa que após o jantar poderei ver meu filho. .. Dani pega a bandeja e senta ao meu lado

-- Posso saber porque não me contou tudo de uma vez.? Não vou mentir que quero matar ele mas sei que meus atos reflete em vocês. - ele me ajuda a comer -- Ele não conseguiu fazer alguma coisa com você?

-- Por que eu queria evitar que você fosse atrás dele - que comida horrível -- Não, não conseguiu, nosso amigo ventania me protegeu.

-- Acho que Ventania merece muitas maçãs afinal ele defendeu você direitinho com unhas e dentes. O certo era eu esta lá para proteger vocês se tivesse acontecido algo pior não me perdoaria

-- Você não tem culpa, ninguém tem Marcos está louco, precisa de tratamento médico. E acho que vou plantar uma macieira pro ventania

-- Ele vai gosta... come mais um pouco você comeu pouco sei que não é as melhores mas tem que come.

-- É horrível amor prova

-- Realmente não é boa mas tem que comer depois vejo com médico se pode melhorar um pouco isso.

-- Pode melhorar com você pedindo pra Maria fazer e trazer pra mim - faço bico.

-- Vou falar com médico se posso fazer isso.  Termine para irmos ver nosso menino.

-- Ele se parece com você, não se parece?

-- Não sei você terá que ver mas sei que ele já faz sucesso com as enfermeiras.

-- Ai meu Deus deve ser a sua cara então. .. - a enfermeira aparece com uma cadeira de rodas.

-- Vim busca - lá sra Albuquerque. - dou risada é a primeira vez que alguém me chama assim.

-- Sra Albuquerque, vamos ver nosso garotão afinal ele pode paquerar.

-- Nem brinca. Ele não vai paquerar até os 16 no mínimo.

Ela nos leva pelo corredor, quando para na frente da u.t.i neonatal meu coração de aperta, já imagino ele cheio de aparelhos tubos aquelas coisas todas... ela abre a porta pra eu passar e avisa que Daniel ainda não pode entrar.... Quando ela me mostra a encubadora  com meu pequeno meu coração dispara. Ele é tão pequeno, tão lindo, a cara do Paí... ela o tira da encubadora e coloca sobre meu peito . Naquele momento eu descobri o significado da palavra amor...

-- Ei sou eu a mamãe... E o moço bonito chorando ali fora é o papai, vamos dar tchau pra ele.  - seguro sua mãozinha e a aceno para o Daniel que chora..
Meus amores... Os homens da minha vida.          

Puro Sangue (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora