|Capitulo 30|

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Capitulo 30

|Mariana|

Tinha ficado realmente chateada com a atitude do Francisco. Ele não percebeu mesmo que eu disse o que disse para o irritar. Eu só queria irritá-lo e, de certa forma, provocar-lhe ciúmes mas o máximo que consegui foi o seu silêncio.

Sim, é verdade que o Guga veio falar comigo mas eu simplesmente dei-lhe para trás quando ele se tentava fazer a mim. Afinal para que é que eu preciso de um Guga quando tenho um Francisco? Tudo o que sempre pedi num rapaz o Francisco tem.  Para além de ter todas as características físicas que eu gosto, sabe lidar comigo e com o meu mau feitio e, acima de tudo, tem o meu coração. Eu sou completamente louca por aquele rapaz e ele não entende isso.. Não entende o enorme amor e carinho que sinto por ele.

   Francisco estacionou o seu carro no parque de estacionamento. Olhei-o à espera que dissesse alguma coisa mas o mesmo saiu do carro sem proferir uma única palavra. Suspirei e peguei na minha carteira, saindo também do seu carro sem nada dizer.

Comecei a caminhar à sua frente pouco me importando se o deixava ou não para trás e, quando ao fim de alguns metros avistei o Inácio, sorri e caminhei até ele. Olhei para trás e vi o Francisco a falar com uma loira falsificada, típico.

— O que se passa entre você e o moleque? — Perguntou Inácio e eu dei de ombros.

— O mesmo de sempre. — Admiti, dando de ombros.— Quem é aquela rapariga que está com ele?

Observei o meu namorado com a barbie falsificada.

— Tem calma, Mari, é apenas a namorada do Cláudio. — Proferiu e eu assenti, suspirando de alívio. — Agora vá até ele, peça desculpa e beije os seus lábios. Eu sei que vocês se amam, garota.

O Inácio sorriu e eu assenti, beijando-lhe a bochecha.

Caminhei até ao jovem médio português, vi a namorada do Cláudio a ir ter com o mesmo e o Francisco olhou-me com um olhar desiludido o que me fez suspirar.

— Desculpa-me, eu apenas gosto de te provocar. — Confessei, olhando o jovem moreno. — Eu amo-te, amo-te mesmo.

Iniciei um beijo perfeito com o jogador, pouco me importando se iria ou não borrar o batom.

— Ei, vais ficar com a batom borrado. — Constatou assim que separámos os nossos lábios para recuperarmos o fôlego.

— Eu trouxe o batom para retocar, e, para além disso, eu sou incapaz de estar à tua beira e não te beijar.— Admiti, corando e escondi o rosto no seu peito.

— Gostava de dizer que ninguém consegue realizar essa proeza mas não vou arriscar a ter-te chateada comigo novamente. — Proferiu em tom de brincadeira, acariciando o meu cabelo.

— Cala-te, Francisco Augusto, ou eu sou obrigada a calar-te. — Ameacei.

— Eu, pessoalmente, prefiro a segunda opção. — Provocou com um sorriso idiota nos lábios.

— Só por essa logo há noite não vai haver festa para ninguém. — Afirmei cruzando os braços.

— Não, amor, não faças isso... — Implorou, fazendo beicinho. — Vá lá, eu só estava a dizer que queria que me beijasses...

— Não quero saber! Não vai rolar nada logo e, já agora, eu vou para a minha casa dormir e tu vais para a tua.— Disse, piscando o olho ao jovem jogador.

— "Rolar"... Andas a passar demasiado tempo com o Inácio.— Cruzou os braços, observando-me atentamente.

— Está calado Francisco, ele é o meu brasileiro favorito! Já olhaste bem para aquela carinha e para aqueles lábios? São uns amores.— Disse com um sorriso no rosto.

Shut Up |FR| ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora