|Capitulo 22|

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Capítulo 22

|Mariana|

Sorri fraco observando o jovem jogador a cantarolar. Ele tinha uma expressão chateada no rosto e não o podia julgar de todo — talvez tivesse sido demasiado bruta para ele. Mas porra como é que é suposto eu agir ao receber uma mensagem da curte/ficante dele a dizer que eles ainda esta noite tinham estados juntos e que o Francisco disse que gostava dela ?! Não quero nem vou ser um brinquedo nas mãos dele, por muito que goste dele recuso-me a ser mais uma para a sua enorme lista de conquistas.

Senti o meu telemóvel a vibrar e vi que era uma mensagem do Inácio, sorri com a mesma e decidi ligar-lhe, afinal tinha de lhe dar os parabéns por a notícia. Desbloqueei o telemóvel e fui até aos contactos ligando ao Inácio.

—Parabéns titio! Estou tão feliz por ti meu amor! — um enorme sorriso encontrava-se no meu rosto.— Espero que o bebé saia ao pai porque se sair a ti, sem ofensa Inácio, vai ser horrível.— provoquei.

— Se cale mina, ele vai sair aqui ao titio, todo gatxinho.-afirmou fazendo-me rir. — Então você e o moleque do Francisco já se resolveram?— perguntou e eu deixei um suspiro escapar por entre os meus lábios.

— Sim, mais ou menos.— disse começando a ouvir berros do outro lado, berros de felicidade.

— Eu vou ver o meu moleque, juizo Mariana.— disse Inácio e desligou a chamada.

Bloqueei o telemóvel e coloquei-o em cima das minhas pernas, olhei Francisco que me olhava com uma cara de desilusão, o que é que foi agora? Não posso chamar meu amor ao Inácio agora queres ver? Ele é como um irmão para mim.

— O que é que foi Francisco?— perguntei olhando-o seriamente e o jovem jogador nada disse, pegou no seu telemóvel e marcou o número da Marisa começando assim a falar com ela, os meus olhos encheram-se de lágrimas mal ele disse as seguintes palavras "temos de repetir a noite de ontem, tenho saudades de te ter em cima de mim." e depois disse mais umas quantas barbaridades sobre a vida sexual deles, suspirei e peguei na minha carteira saindo do carro que se encontrava estacionado num local completamente desconhecido para mim. Olhei o Francisco seriamente e quando ele viu os meus olhos preenchidos por lágrimas é que percebeu a asneira que tinha cometido, não proferi mais uma única palavra e saí do carro começando a caminhar por aquelas enormes ruas desconhecidas.

— Mari, espera! — Ouvi-o gritar mas não parei, na verdade, comecei a caminhar mais rápido. Conseguia ouvir os seus passos cada vez mais perto e alguns segundos depois o jovem jogador agarrou-me, impedindo-me de continuar a andar. Virei-me para ele com uma expressão séria e passei a minha outra mão debaixo dos meus olhos, não permitindo que ele visse que eu estava a chorar por sua causa. — Não chores, está bem? Desculpa, desculpa-me. Eu não queria dizer aquilo e tu sabes disso! Eu estava chateado porque tu estavas chateada e eu não sei o porquê de estares assim comigo. Para além disso, ainda ligas ao Inácio e chamas o brazuca de "meu amor", a sério Mariana?

— Eu e o Inácio não temos nada! Somos como irmãos.—disse irritada.— Agora tu e a Marisa têm algo, inclusive foram ontem para a cama? Como é que eu sei? Ela mandou-me mensagens a contar a vossa experiência inesquecível, e aproveitou para me contar que também disseste que gostavas dela. — disse pouco me importando se me iria ou não desfazer em lágrimas naquele momento.— Burra fui eu por seguir os conselhos do Inácio, sabes, aquele rapaz que tu detestas? Bem foi esse mesmo rapaz que disse para falar contigo e para continuar a lutar por ti, mas isso não valeu de nada, tu não vales nada.- disse bruta e virei costas parando de controlar as lágrimas, deixando-as ser livres e deslizarem por a minha cara.

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