Capítulo 4
|Francisco|
Com que então o nome da rapariga era Mariana... Mas eu continuava sem saber onde a tinha visto. Fui fuzilado pelo seu olhar assim que coloquei o meu braço sobre o seu ombro e tive a certeza de que não se tratava de uma fã — qualquer fã quereria que eu, Francisco Ramos, colocasse o meu braço por cima do seu ombro, sejamos sinceros.
O Dalot estava, pelos vistos, a ter mais sorte do que eu visto estar agarrado à amiga morena da Mariana.
Até pensei em dizer mais alguma coisa mas já tinha levado uma barra maior do que a Torre Eiffel e não me pareceu viável continuar a provocar a rapariga até porque eu provavelmente acabaria por levar um soco ou algo do género se prosseguisse. Pelo contrário, a amiga dela — Raquel — parecia muito mais disposta a dialogar e por isso decidi chatear a Marianita falando com a sua amiga.
— Então, Raquel, não é? — Questionei, aproximando-me mais da nova amiga do Diogo.
— Uhum. Olá Francisco! — Ergueu o seu braço e fez um curto aceno, continuando a ser abraçada pelo braço do meu colega de equipa que rodeava a sua cintura. — Tudo bem?
— Tudo e contigo? — Inquiri, aproximando-me outra vez. Até ponderei piscar-lhe o olho mas caso o fizesse, estaria a correr risco de morte sob ameaça do menino Diogo Dalot que parecia um cão quando lhe oferecem um osso novo. — É, escusas responder, claro que na nossa companhia terias que estar ótima!
— Este gajo é um bocado convencido, não é? — Foi a vez de a Mariana falar e eu franzi o cenho, fingindo não estar a perceber a quem ela se dirigia. — Não percebo o quê que tu tens de tão especial.
— Eu? Eu tenho muita coisa. Como por exemplo o meu sorriso encantador... — Pisquei-lhe o olho e aproveitei para exibir os meus dentes. Era impossível que ela não me achasse bonito, afinal, estamos a falar de mim e não do Héctor Herrera!
— O Chiquinho é um pouco convencido, Mariana, mas ignora... Isto é da idade.— O Diogo afirmou, dando-me um leve encontrão. — Embora eu quisesse ficar a falar convosco durante mais tempo, vou ter que sair. Raquel, dá-me o teu número, está bem? Depois mando-te mensagem. — Deu o seu telemóvel à morena que digitou o seu número e o voltou a entregar ao meu colega
— Mariana, não queres dar-me também o teu número? Podemos trocar umas mensagens, não tenho nada para fazer hoje... — Provoquei novamente a jovem, voltando a colocar o meu braço sobre os seus ombros. — Anda lá, boneca, eu sei que tu queres!
— Tu és tão chato! — Bufou e cruzou os seus braços, revirando também os seus belos olhos castanhos. Retirou o meu braço dos seus ombros e agarrou na mão da amiga, puxando-a na direção oposta. — Foi um prazer conhecer-te, Diogo. Depois manda mensagem à Raquel e podemos combinar alguma coisa os três, ok?
— Tu vais mesmo aceitar ser a vela destes dois só para não sair comigo? Uau, eu devo ser realmente muito horrível. — Ironizei, revirando também os olhos. — Enfim, anda lá Diogo.
Tinha ficado combinado irmos para casa do Rui Pedro — tanto eu como o Diogo, o Pires e o Bruno Costa — jogar Fifa e fazer porcaria como de costume, por isso eu fui recrutado como taxista e ofereci-me para levar o Diogo até lá.
Entrámos no meu carro e eu liguei o rádio, colocando-o num volume relativamente baixo — tendo em conta que costumava estar aos berros — porque eu ainda não estava totalmente recuperado da noite anterior e a minha cabeça não estava pronta para ouvir ruídos muito altos.
— Então, vais comer a amiga da Mariana, é isso? — Inquiri, rodando a chave do carro e ligando o motor. — A rapariga quase que te pedia em casamento, nunca vi coisa igual!
— Ela é simpática e também é bem bonita. Só estás assim porque levaste uma tampa da Mariana! — Afirmou, gozando com a minha cara. — Tens que ser brazuca como o Inácio! Só faltou pedir-lhe para lhe fazer um filho.
— O Inácio é feio, não tem piada nenhuma. — Resmunguei, começando a dirigir o meu carro para fora do estacionamento. Passámos pelas raparigas que ainda lá estavam a observar-nos e o Dalot acenou para ambas. — Meh, essa Mariana também não é nada de especial.
— Ai ai, parece que o Chico não sabe ouvir um não... — O Diogo voltou a gozar com a minha cara.
— Olha, ou tu te calas ou eu atiro-te para fora do carro com ele em andamento!
Capitulo escrito por @notchromatic
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Mil e uma desculpas por a demora, tenho andado extremamente ocupada entre estudar para os exames, apoiar as minhas amigas e em saídas, desculpem mesmo! Tanto eu como a Mariana esperemos que gostem! Até breve
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Shut Up |FR| ✔️
Roman pour AdolescentsShut up and come kiss me. História escrita em conjunto com @notchromatic Capa feita por @-asantossilva