|Capitulo 49|

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Capítulo 49

|Mariana|

Observava o Francisco a jogar com um enorme sorriso no rosto. Para além de estar a apoiar o meu clube, estava também a apoiar o meu namorado.

Depois de termos falado naquele dia, resolvemos as coisas e tomámos a decisão de fazer terapia... Confesso que desde então as coisas estão melhor que nunca.

Sempre que temos um problema, falamos calmamente sobre isso e resolvemos as coisas sem qualquer tipo de stress. Estou mais feliz que nunca e acho que o Francisco também, o que é bom. No entanto... O que não é nada bom é o facto do Francisco se mudar para Guimarães em Julho. A proposta era real e os contratos estavam prestes a ser assinados. Isso deixava-me frustrada embora eu saiba que a culpa não é dele e... Que ele está igualmente frustrado — afinal o seu sonho era subir à equipa principal.

O jogo terminou com a vitória do Futebol Clube do Porto B por 3-2. O Francisco estava radiante com a vitória e principalmente por ter sido escolhido como o melhor jogador em campo. Ele merecia mais do que ninguém, afinal, foi autor de um dos golos e fez a assistência para os outros dois.

Depois de dar a "entrevista rápida", o jovem moreno veio até ao local onde eu estava e puxou-me para dentro do campo. Sorri ao vê-lo acariciar a minha barriga e beijei levemente os seus lábios.

— Obrigada por nunca teres desistido de mim ou de nós, eu amo-te. — Proferi com um sorriso nos lábios.

— Seria ainda mais burro do que já sou se tivesse desistido da mulher da minha vida. — Constatou, piscando-me o olho.

— És um amor. — Disse, sorrindo e apertei as suas bochechas, ouvindo-o a reclamar.

— Eu não gosto quando fazes isso. — Resmungou, fazendo uma cara de chateado.

— E eu não gosto do facto de estares a ter muita atenção feminina. — Rispostei, cruzando os braços.

— Não tenho culpa de ser encantador. — Observou, voltando a piscar-me o olho.

— És encantador mas és meu! — Resmunguei ainda de braços cruzados e virei-lhe a cara.

— Todo teu, não precisas de te preocupar. — Proferiu, envolvendo o meu corpo com os seus braços.

— Vai mas é tomar banho, seu porco. — Ordenei, afastando-me dele e fazendo com que o jovem moreno me olhasse com cara de chateado.

— Porco?! — Inquiriu, cruzando os braços.

— Hmhm.

— Está bem então. — Virou-se de costas para mim e começou a caminhar em direção aos balneários, nitidamente amuado.

— Amo-te, bebé. — Proferi depois de o alcançar e rodei os meus braços à volta do seu corpo. — O que achas de irmos para casa e tomarmos banho juntos?

— Tu conheces-me demasiado bem... — Constatou, fitando-me com atenção. Colocou ambas as mãos no fundo das minhas costas, puxando-me na sua direção com firmeza. — Sabes que seria incapaz de recusar uma proposta dessas.

— Então estamos à espera de quê? — Questionei, arranhando levemente a sua nuca.

— Também não sei. — Murmurou próximo ao meu ouvido, baixando a sua mão para apalpar o meu rabo.

Em seguida, beijou os meus lábios de forma rápida e feroz, mordiscando o meu lábio inferior. Depois, como se se tivesse apercebido do local onde estávamos, entrelaçou os nossos dedos e começou a caminhar rapidamente em direção ao parque de estacionamento, como se não conseguisse esperar mais.

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